Silenciados na Presença de Deus

Silenciados na Presença de Deus

“Silenciados na Presença de Deus”

(Romanos 3:1-20)

Série: Sem Culpa!

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, KY

(24-05-09) (Manhã)

 

. Peguem a Palavra de Deus e abram em Romanos, capítulo3.

 

Nós estamos pregando sobre o livro de Romanos, versículo por versículo, como nós cremos ser a melhor maneira para aprendermos a Palavra de Deus. E nós chegamos a um ponto esta manhã no capítulo 3 onde Paulo está concluindo um dos seus argumentos. Lembrem que Paulo está escrevendo no ano 57 d.C. para as igrejas em Roma, congregações compostas de ambos, Judeus e Gentios. Os Gentios são algumas vezes mencionados como “Gregos”, pessoas de alto cultura para os padrões romanos. Paulo abre a carta com esses incríveis versículos no capítulo 1, versículos 16-17, onde ele diz: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.”

 

Então, começando no versículo 18 do capítulo 1 e indo até o capítulo 2 e capítulo 3, até o nosso texto desta manhã no versículo 20, Paulo nos mostra a nossa necessidade do Evangelho. Você vê isso no 1:18 até o 3:20. O capítulo 1 trata da não justificação de todas as pessoas, incluindo os Gentios lá em Roma, e capítulo 2 se refere à não justificação de todos os Judeus. Seu argumento é que esse incrível Evangelho apresentado no início da carta – a justiça de Deus – é necessário por causa da não justificação do homem. E Paulo escreve sobre isso e então retorna para a justiça de Deus no capítulo 3, versículo 21. De fato, vejam suas Bíblias no 1:17. Paulo diz: “Porque nele (o Evangelho) se descobre a justiça de Deus”. Vejam isso: “a justiça de Deus”. Paulo retorna a esse assunto no capítulo 3:21. Vejam lá no 3:21: “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus,” Eu mal posso esperar para falar disso semana que vem!

 

Mas, primeiro, lembrem que Paulo está ensinando que todos os homens em todos os lugares não são justos, o Gentio do capítulo 1 e o Judeu do capítulo 2. Ambos, Judeu e Gentio continuam precisando de ajuda, se for para escaparem do julgamento de Deus. Eles precisam de uma justiça que não vem deles mesmos. E agora Paulo antecipa que um colega Judeu pode ouvir isso e concluir: “Bem, se os Judeus permanecem necessitando de ajuda como os Gentios, então qual é a vantagem em ser um Judeu?” E Paulo responde essa pergunta no começo do capítulo 3. Vamos ouvir a resposta dele:

. Fiquem de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

 

1 Qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?

2 Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.

. Orar.

 

Introdução:

 

A mensagem dessa manhã tem o título: “Silenciados na Presença de Deus”. Esse é o nosso título porque o Apóstolo Paulo está sustentando o argumento de que a nossa incapacidade para manter a lei moral, os 10 Mandamentos e tudo mais, tem o efeito de fechar as nossas bocas, evitando que nos gabemos, nos gloriemos ou argumentemos com Deus. Vocês podem ver isso ao final do nosso texto desta manhã. Vejam lá no versículo 19. Diz: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que – (o quê?) –  toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.” Silenciada na presença de Deus.

 

Nossa tendência caída é nos gabarmos diante de Deus, nos gabarmos das nossas conquistas, é argumentar com Ele sobre por que nós merecemos certas coisas. Nós dizemos coisas como: “Bom, eu sou uma boa pessoa. Eu não sou tão ruim como tal pessoa.” Ou, “Por que fizeste isso comigo se estou me esforçando tanto para ser bom? A Bíblia nos mostra que nós não somos tão bons quanto imaginamos, e se nós ouvirmos os seus ensinamentos, nós nos veremos silenciados na presença de Deus. Como Provérbios 30:32 diz: “Se procedeste loucamente, exaltando-te, leva a mão à boca.”

 

Nós precisamos reconhecer que somos todos culpados por pecar e que estamos todos presos sob o poder do pecado, antes que possamos apreciar e receber os efeitos libertadores do Evangelho. Nós precisamos atingir o ponto em que nós não tenhamos nada para dizer diante de Deus a não ser: “Eu sou culpado. Eu não mereço nada.”

 

Então Paulo nos dá algumas coisas para pensarmos cuidadosamente. Ele nos dá algumas coisas para considerarmos, e eu quero que pensemos nessas coisas com uma visão voltada para correção. Primeiro:

 

I.  Considerem nosso Raciocínio Pecaminoso diante de Deus (1-8)

 

Os versículos 1-8 apresentam alguns argumentos defeituosos por parte de um tipo de “questionador imaginário” de Paulo. Paulo é uma espécie de advogado especialista em julgamento.Você pode imaginá-lo se movendo lentamente pelo tribunal, habilidosamente usando o melhor da argumentação lógica, da persuasão e da retórica. E ao apresentar seu caso, ele levanta várias perguntas. A primeira está no versículo 1:

 

 

1 Qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?

2 Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.

 

Paulo está dizendo que embora o Judeu e o Gentio tenham a mesma necessidade de ajuda para salvação, o Judeu tem algumas vantagens, a principal delas é Deus ter confiado a eles os oráculos de Deus, as Escrituras. Isso realmente foi uma benção! Os Judeus eram um povo privilegiado, que recebeu a Palavra de Deus, primeiro falada e depois escrita. Nós vamos pensar mais profundamente a respeito da significância disso esta noite quando nós nos aprofundarmos neste texto.

 

Agora, essa discussão sobre os Judeus leva Paulo a apresentar outras possíveis questões. O que se segue nos versículos 3-8 são perguntas que podem ser um pouco complicadas, mas lembrem que Paulo está apresentando raciocínios defeituosos com relação ao pecado e ao comportamento. Versículo 3:

 

3 Pois quê? Se alguns (alguns Judeus) foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?

 

Uma forma mais útil de traduzir o versículo 3 é: “Se alguns judeus foram infiéis a Deus, Deus vai ser infiel a eles?”A resposta de Paulo no versículo 4:

 

4 De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado.

 

Em outras palavras: “Vejam, os judeus podem ter falhado com Deus, mas Deus nunca falhou com eles.” Esse é o ponto. “Nós podemos falhar com Deus, mas Ele nunca vai falhar conosco.” Ainda que todo homem mentisse, Deus ainda seria verdadeiro. E Paulo cita uma confissão de Davi no Salmo 51: “Deus, Tu estás correto em Tuas palavras. Tu és justo. Tu sempre serás justo.” Essa é a idéia. E novamente a questão é que embora o homem seja infiel e injusto, Deus permanecerá fiel e justo. Assim, nossa falta de justificação realmente demonstra a justiça de Deus. Nossa falta de justificação é como um pano de fundo contra o qual se vê a fiel justiça de Deus. Então Paulo imagina alguém perguntando novamente no versículo 5:

 

5 E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.)

 

Paulo fala: “Eu estou apenas usando um argumento humano aqui.” Ele antecipa que alguém erradamente argumente: “Bem, se nossa injustiça – nossa maldade – meramente revela a justiça de Deus – a Sua bondade – mais claramente, então por que Deus veria uma falha em mim? Minha maldade na verdade destaca a bondade Dele! Deus deveria ficar feliz com meu erro porque faz com que Ele pareça muito bom!” A resposta:

 

6 De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?

 

Paulo diz: “Isso é loucura! De que forma Deus seria então o Supremo Juiz do mundo? Que tipo de juiz seria Deus se Ele quisesse que nós fizéssemos o mal para que Ele pareça bom? Isso é um raciocínio louco e pecaminoso! Mas Paulo imagina que seu questionador prossiga. Versículo 7:

 

7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?

 

Esse questionador imaginário erroneamente raciocina: “Se de fato minha maldade – como mentir – na verdade promove ou faz propaganda da bondade de Deus, então por que Deus me julga afinal de contas? Por que deveria Deus me considerar um pecador?” Paulo já respondeu isso, então ele ajuda seu questionador imaginário enxergar o final do seu raciocínio falho. Versículo 8:

 

8 E por que não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.

 

Paulo diz: “Vejam, se você vai usar esse tipo de raciocínio falho, deixe-me ajudá-lo a formular seu caso. Você pode também dizer: “Vamos viver como o diabo a fim de promover a bondade de Deus! Já que nossa maldade glorifica a bondade de Deus, então vamos simplesmente pecar.”” E foi isso que na verdade alguns falaram que Paulo estava ensinando.

 

Talvez isso soe um pouco louco para você, mas esse raciocínio falho é do mesmo tipo do argumento pecaminoso usado por muitos Batistas do Sul. Alguém diz: “Vejam: nós somos salvos pela graça, através da fé e não podemos perder nossa salvação porque Deus em sua bondade vai nos manter eternamente seguros. Nós podemos então viver do jeito que quisermos, não vai importar. Uma vez salvo, salvo para sempre!” Você já ouviu isso? “Uma vez salvo, salvo para sempre.” E a idéia é que realmente não importa o quanto você peque. Deus em Sua bondade prometeu nos salvar do nosso pecado, então não se preocupe com isso. É usado como uma promoção para nossa maldade. Agora deixe-me dizer que eu creio que Deus vê que o verdadeiro crente persevera até o fim. Eu creio na segurança da salvação. Mas se essa grande doutrina da segurança não produz em nós um ódio pelo pecado e um desejo por santidade, então não somos salvos. Se nós nascemos de novo, temos novos corações com novos desejos. A doutrina da segurança nos conforta quando nós pecamos, nós ainda estamos usando a vestimenta da justiça de Cristo. Mas Crentes verdadeiros não advogam tendo por base a graça e a fidelidade de Deus.

 

Agora precisamos passar para nossa segunda consideração. Nós examinamos nosso raciocínio pecaminoso diante de Deus. Próximo:

 

II.  Considerem nosso Viver Pecaminoso diante de Deus (9-18)

 

O que Paulo faz nos versículos 9-18 é acrescentar apoio da Escritura ao seu argumento de que todos são culpados pelo pecado. Lembrem que isso é o que ele vem fazendo: Capítulo 1 – os Gentios são não justificados; Capítulo 2 – Os Judeus são não justificados. Paulo agora cita as Escrituras para corroborar seu argumento de que todos são culpados pelo pecado. Esse é o cerne desta passagem, a universalidade do pecado. Paulo cita várias vezes os Salmos e uma vez Isaías, para mostrar que todos são pecadores. Versículo 9:

 

9 Pois quê? Somos nós mais excelentes ( ou seja, melhores do que aqueles no versículo 8 que caluniaram Paulo)? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;

10 Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.

 

Lembrem que a intenção aqui é calar nossas bocas para jamais dizerem algo como: “Bem, Fulano e Beltrano são boas pessoas” Talvez sim, do nosso ponto de vista, mas não do ponto de vista de Deus. Ser justo significa viver em perfeita conformidade com a lei de Deus. Então vejam que não faz diferença quão boa seja uma pessoa quando o assunto é salvação. Não há um justo aos olhos de Deus. Somos todos pecadores.

 

11 Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

 

Isso significa que longe de Deus, não há ninguém que seja espiritualmente sábio. Ninguém naturalmente compreende quem ele é e quem Deus é. Essa realmente é uma descrição adequada do homem contemporâneo. O homem natural menospreza as verdades da Bíblia e as verdades do Cristianismo e troca essas verdades por mentiras.

 

Martyn Lloyd-Jones, um eminente pregador de Londres há algumas décadas, coloca da seguinte forma:

 

O homem debaixo do pecado não tem compreensão acera de si mesmo, da sua própria natureza, e do seu caráter espiritual. Ele se contenta em se considerar um animal, e, às vezes, até mesmo se gaba disso. Ele menospreza esse relato bíblico sobre si mesmo como uma alma viva. Ele se coloca entre os animais. Ele diz que evoluiu deles, que ele fazia parte deles, e que esse era seu estado. Ele não tem concepção do ensinamento bíblico acerca do homem, que diz que o homem é essencialmente um ser espiritual feito por Deus, e feito para viver um tipo de vida espiritual em relacionamento com Deus.

 

E vejam que isso continua sendo evidenciado nos nossos dias, 50 anos depois que Lloyd Jones disse essas palavras. Nós não mudamos. Terça passada, a mídia explodiu em coro com sua reportagem acerca da descoberta de um fóssil para futura defesa da teoria da evolução Darwiniana. O fóssil é considerado o chamado “elo perdido” entre os primatas e os humanos, supostamente datando de alguns 47 milhões de anos. Foi revelado terça passada (19-05-09) no Museu Americano de História Natural em Nova Iorque.

 

O fóssil é de um animal do tamanho aproximado de um gato com 4 pernas e uma longa cauda. É uma combinação das características de um lêmure e de um macaco. É um fóssil grande e pode nos ensinar muito acerca dos primeiros primatas, mas não nos diz nada acerca da origem do homem. É um animal com características de ambos, lêmure e macaco, assim como o ornitorrinco tem características tanto do castor como do pato. É isso que ele é.

 

Foi encontrado na Alemanha em 1983. 1983! Esse foi o ano em que eu me formei no ensino médio, mas vejam que agora isso é tão importante. Agora virou parte de uma campanha de marketing. O History Channel está promovendo um programa especial para aproveitar o Memorial Day (feriado em que eles homenageiam os americanos que morreram em combate, N.T.) amanhã”. ___ O History Channel está promovendo um programa bem na hora do Dia Memorial amanhã. Sim, você pode visitar o endereço eletrônico deles e adquirir o livro e o DVD e ler tudo sobre esse chamado “fóssil de 47 milhões de anos de um ancestral humano.” O pobre coitado não passava de um pequeno animal com uma cauda, que provavelmente escalava árvores criadas no sexto dia da criação há milhares de anos e agora está extinto. Mas vejam que o homem quer tanto não crer em Deus que ele vai “mudar a verdade em mentira e servir as coisas criadas mais que o Criador (1:25).”

 

11 Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.

 

Esta frase “Não há ninguém que busque a Deus” quer dizer que não há ninguém que naturalmente deseje Deus, tenha uma sede de realmente conhecer Deus e adorar a Deus e viver de acordo com a vontade de Deus. Há muitos que dizem estar buscando Deus, mas eles estão na verdade buscando um Deus que eles mesmos escolhem. O que Paulo ensina aqui é que não há ninguém que naturalmente deseje o Deus da Bíblia assim como a ofegante corsa anseia por água do riacho. Não há ninguém que anseie viver para Deus e adorar a Deus e ser governado por Deus. Não há ninguém que naturalmente deseje amar o Senhor Deus com todo coração, alma, entendimento e força.

 

Talvez, o crente, na verdade, pense que ele buscou Deus por sua própria conta e recebeu Cristo como Senhor e Salvador sem nenhum agir do Espírito Santo. Talvez ele tenha pensado que fosse esse o caso, do seu ponto de vista. Mas ele passa a compreender que ele não teve nada a ver com isso, porque não há ninguém que busque Deus. Assim o crente confirma a verdade do poeta anônimo:

 

Eu busquei o Senhor e depois descobri

Que Ele moveu minha alma a buscá-lo, me buscando;

Não fui quem encontrou, oh, Senhor, a verdade;

Não, eu por Ti fui encontrado.

 

Tu esticaste tuas mãos e as minhas seguraste;

Sobre o mar eu andei e não afundei;

não somente porque eu tenha em Ti me segurado,

tanto quanto  o Senhor me seguraste.

 

Paulo continua a enfatizar a universalidade do pecado. Ele continua no versículo 12:

 

12 Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

 

E, então, Paulo é muito claro com relação ao nosso pecado no versículo 13 e seguintes. Talvez nós vamos explorar esses versículos mais profundamente hoje à noite, mas eles realmente são auto explicativos:

 

13 A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;

14 Cuja boca está cheia de maldição e amargura.

15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

16 Em seus caminhos há destruição e miséria;

17 E não conheceram o caminho da paz.

 

E qual é a causa de todo esse pecado? Versículo 18:

 

18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

 

Aqui está em última análise a razão pelo nosso pecado: “Não há temor de Deus diante de nossos olhos.” Em outras palavras, não há Deus em nossas vidas. Nós não enxergamos Deus e não refletimos sobre Deus. Nós vivemos para nós mesmos ao invés de vivermos para nosso Deus.

 

Nós precisamos aceitar a verdade desses versículos ou nunca seremos salvos. Nós precisamos crer que somos pecadores até o extremo, que separados da graça de Deus nós estamos em apuros. Isso conduz ao número três:

 

III.  Considerem nossa Apresentação Pecaminosa diante de Deus (19-20)

 

O que é nossa apresentação diante de Deus? A resposta é: nós nos apresentamos diante de Deus culpados. Vejam o versículo 19:

 

19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.

 

 

Vejam que o efeito da lei sobre nós é que ela aponta nossa culpa. Nós lemos como nós deveríamos viver – os 10 Mandamentos, por exemplo – nós lemos e concluímos: “Eu odeio admitir, mas eu me vejo violando esses mandamentos com freqüência.” E Paulo diz: “Sim, essa é uma das principais razões pelas quais Deus nos deu a lei: para apontar nossa incapacidade de segui-la fielmente e vive-la perfeitamente.

 

Assim, a lei foi dada para “fechar nossas bocas”, para não permitir que nos gloriemos de quão bons e maravilhosos nós somos. Não! Diz Paulo. Parem de falar dessa maneira! Fechem sua boca! “Mas, eu sou uma boa pessoa. Eu não sou tão ruim como aquela pessoa.” Não! Feche sua boca!

 

Seja como Jó que, depois de abrir um bocado sua boca diante de Deus, se arrependeu e admitiu em Jó 42:3: “Por isso relatei o que não entendia!” Essa é a atitude correta diante de um Criador sábio e soberano. Nós precisamos fechar nossas bocas.

 

Você tem questionado Deus? É natural, não é? Mas ao final do dia você pára de falar? Você realmente confia Nele? Você pode fazer como Deus diz através do Salmista: “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus (Salmo 46:10)?”

 

E agora esse versículo conclusivo, versículo 20:

 

20 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

 

O propósito da lei nunca foi nos salvar. Não pode nos salvar. Não podemos ser salvos obedecendo-a. Nós não podemos obedecer os 10 Mandamentos, por exemplo, e esperar que tendo obedecido nós iremos para o céu quando morrermos. Paulo diz: “pelas obras da lei nenhuma carne – nenhuma pessoa – será justificada  (será declarada “Sem culpa”).

 

Ao contrário, diz Paulo: “pela lei vem o conhecimento do pecado”. Isso é, a lei me mostra o quanto sou pecador. A lei serve como um espelho. Nós vemos nossa imundície. Nós vemos o que precisa ser corrigido. A lei nos direciona para Jesus.

 

Paulo se refere em outro lugar – em Gálatas 3:24 –à lei como um aio, ou tutor, para nos trazer para Cristo para que sejamos justificados pela fé.” Assim como um tutor andava com um garoto Judeu para levá-lo à escola, assim a lei anda conosco para nos trazer para Cristo, para que sejamos justificados pela fé.

. Fiquem de pé para oração.

 

N.T.: Nota da Tradutora