Razões para se Alegrar

Razões para se Alegrar

“Razões para se Alegrar”

(Romanos 5:1-11)

Série: Sem Culpa! (Romanos)

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista , KY

(14-06-09) (Manhã)

 

. Peguem a Palavra de Deus e abram em Romanos, capítulo 5.

 

Se você está nos visitando, nós pregamos sobre os livros da Bíblia, sempre que possível versículo por versículo, porque nós cremos que é a melhor maneira de aprendermos a Palavra de Deus. De uma perspectiva pastoral, eu não conheço uma maneira melhor para ajudar crentes do que pregar versículo por versículo os livros da Bíblia. Estudando juntos, essa maneira assegura que nós tratemos todos os tópicos e temas que Deus quer que nós estudemos. Livros como Romanos nos fornecem a teologia que nós tanto precisamos para vivermos nossas vidas para Deus, vidas saudáveis, casamentos saudáveis, sucesso verdadeiro, e assim por diante, e por isso nós estamos pregando sobre o livro de Romanos e estamos no capítulo 5.

 

O capítulo começa com a palavra “pois” e nós notamos muitas vezes que quando nós vemos a palavra “pois” nós devemos perguntar o que é leva ao “pois”? Há quatro “pois” que são chave em Romanos. Talvez vocês queiram anotar quais são e ler mais tarde: 3:20, aqui no 5:1; 8:1 e 12:1 são todos “pois” críticos. O “pois” dessa manhã dá continuidade à importância do ensino de Paulo no capítulo 4 sobre a justificação pela fé. Lembrem que Paulo concluiu no capítulo 3: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei” (3:20), e então ele fala no capítulo 4 sobre ser justificado pela fé. Agora ele escreve no início do capítulo 5: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” e assim por diante.

 

E nós iremos ler esta manhã sobre algumas das bênçãos relacionadas à pessoa que foi justificada pela fé, bênçãos que são ligadas ao verdadeiro crente em Jesus Cristo.

 

. Fiquem de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

 

1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;

2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,

4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.

5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.

. Orar.

 

Introdução:

 

Meu devocional desta manhã com Charles Spurgeon: “Manhãs e Noites” foi uma meditação no Salmo 37:4: “Deleite-se no Senhor”. E foi um lembrete de que muitos Crentes professos, pessoas que se dizem crentes, mas que podem não ser na verdade, consideram a vida cristã uma mera escravidão, ou uma obediência à lei sem alegria, uma obrigação guiada pelo dever. Mas Deus diz: “Deleite-se em Mim. Compreenda que você vai encontrar sua maior alegria em Mim. Eu te criei para isso.”

 

O Catecismo Batista começa dessa maneira. A primeira pergunta: “Qual é o propósito  final do homem?” Resposta: “O propósito principal do homem  – ou propósito na vida – é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.” Pense nisso – alegrar-se Nele! O que quer que signifique glorificar está relacionado com se alegrar em Deus. Nosso propósito principal na vida não é constituir uma família, construir um negócio, ganhar muito dinheiro, se aposentar na praia, viver no luxo, mas se alegrar em Deus. Nunca nos sentiremos preenchidos, nunca nos sentiremos verdadeiramente bem sucedidos até que vivamos nosso propósito de nos alegrarmos no Senhor, nos alegrando Nele falando da Sua fama, falando da Sua glória em nossos lares, pelas ruas e pelos mares.

 

Então eu quero essa manhã nos ajudar a nos conectarmos, ou conectarmos novamente com Deus e nos mantermos assim enquanto nós compreendemos juntos algumas razões pelas quais podemos nos alegrar no Senhor – razões para regozijar.

 

I.  Regozijem-se na Justificação (1-2)

 

Lembrem que a palavra “justificação” significa “declarado justo”. Se nós recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor, Deus nos justifica, Deus nos declara justos. Essa condição de estar justificado não é algo que nós obtemos por sermos bons ou por guardarmos os 10 Mandamentos. A condição de justificado vem como um presente gratuito que é nosso pela fé. E nós aprendemos que justificado é mais do que Deus nos considerando “como se nós nunca tivéssemos pecado.” Isso não diz tudo. Deus também nos considera “como se nós tivéssemos vivido a vida que Cristo viveu por nós”. Como Paulo escreve em 2 Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Portanto, ser declarado justo significa que Deus para sempre me vê “em Cristo Jesus”. Justificado significa “declarado justo”.

 

Agora esse primeiro argumento: “Regozijar na Justificação” poderia servir como título para toda a passagem, porque Paulo está escrevendo tudo sobre como nós podemos nos alegrar no Senhor porque nós fomos justificados – declarados justos. Mas ele cuida nesses primeiros dois versículos de separar três bênçãos em particular pelas quais nós podemos nos alegrar se fomos justificados.

 

1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;

 

Vejam que é “paz com Deus”, não “paz de Deus”. Sublinhe o “com”. Há uma enorme diferença. Paulo escreve em Filipenses 4:7 sobre a paz de Deus, uma paz de Deus que excede todo entendimento. Mas a paz de Deus só é possível quando nós temos paz com Deus. Por causa do nosso pecado nós estamos em inimizade com Deus. Estamos separados de Deus. Por isso precisamos ser reconciliados com Deus. Quando nós somos justificados – declarados justos por Deus – nós temos paz com Deus. Nós não vivemos mais ansiosos quanto ao julgamento e à ira de Deus. Nós temos paz. Por que outro motivo nos regozijamos na justificação?

 

2 Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

 

Através de Jesus Cristo nós temos “entrada a esta graça”. A palavra “entrada” aqui descreve o privilégio de ser introduzido à presença de uma pessoa de grande honra, como um rei. Jesus Cristo é aquele que nos introduz, que providencia o acesso ao Pai. Foi isso que Jesus fez morrendo na cruz. Ele tornou possível que nós fossemos introduzidos na presença de Deus. Isso não vem pelas obras, mas pela graça. E esse é um estado ou situação permanente. Paulo escreve que essa é uma graça “na qual estamos firmes”. É para sempre. Nós não temos medo de perder esse privilégio. Jesus Cristo realizou isso por nós de uma vez por todas. Trata-se de uma graça na qual permanecemos firmes e continuamos firmes.

 

e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

 

Por causa da justificação, podemos nos regozijar na esperança da glória de Deus. Lembrem que a palavra “esperança” no Novo Testamento é diferente do significado comum em inglês da palavra. Não quer dizer: “Estou cruzando os dedos e desejando que seja verdade.” A esperança do Novo Testamento é uma expectativa de que algo vai acontecer, uma certeza absoluta, firme como uma rocha, de que algo vai se realizar. Nós estamos aguardando o cumprimento determinado de alguma coisa. É algo certo.

 

E a que Paulo está se referindo como sendo uma coisa certa? Ele diz: “a glória de Deus.”, E então nós estamos vendo que os capítulos 5 e os capítulos 6,7 e 8 são basicamente sobre a segurança da nossa salvação. Nós podemos confiar totalmente que essa justificação – sermos declarados justos por Deus – é uma verdade que vai perdurar para todo o sempre. Paulo está dizendo que nós podemos nos regozijar nesta esperança, nesta certeza que se cumprirá no futuro, de que nós veremos a glória de Deus.

 

Pedro, Tiago e João vislumbraram a glória de Deus no Monte da Transfiguração. Um dia estaremos na presença do Senhor Jesus Cristo com toda a glória de Deus restaurada a Ele e nós vamos compartilhar daquela glória. E assim, uma verdadeira reviravolta de Romanos 3:23 vai acontecer. Todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus, mas naquele dia, aquele dia futuro, nós ficaremos com Cristo na glória de Deus. Nós sabemos que isso vai acontecer. Podemos nos regozijar nisso! Em segundo lugar:

 

II.  Regozijem na Tribulação (3-4)

 

3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,

4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.

 

Basicamente o que a Bíblia diz ali é: “Nos regozijamos nas tribulações”. O Novo Testamento ensina que tribulações, problemas, sofrimento e assim por diante é a experiência comum, normal para o Crente. Como eu gostaria que tivéssemos isso nas nossa mentes e nos nossos corações! Não se esqueçam disso! Se você está passando por momentos difíceis esta semana não é porque você é uma pessoa estranha. O sofrimento é normal, comum, de certa forma uma experiência diária, do Crente. E você pode estar vivendo exatamente como deveria, fazendo as coisas certas. Mas mesmo assim você vai sofrer porque sofrimento é a experiência normal comum para o crente.

 

Jesus disse aos Seus discípulos em João 16:33: “No mundo tereis aflições”. Paulo e Barnabé disseram aos novos crentes em Atos 14:22: “pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.” Paulo escreve em 2 Timóteo 3:12: “Todos que desejam viver piamente sofrerão perseguição.”

 

E novamente, que diferença faz uma preposição! Sublinhem a palavra “nas” Nos regozijamos nas tribulações, não pelas tribulações. Em outras palavras, não saímos por aí dizendo: “Oh, eu espero que Deus me mande mais problemas hoje!” Não é isso, de jeito nenhum. Paulo diz que nós crentes podemos nos regozijar em nossas tribulações. Ou seja, quando elas vierem, nós podemos realmente ter alegria. Por quê? Ele diz que é porque nós podemos saber de uma coisa. Vejam novamente no versículo 3: Nos regozijamos nas tribulações, sabendo. Nós sabemos de algo. O que nós sabemos? Nós sabemos para onde essa aflições conduzem. Vejam a ordem.

 

Tribulação, primeiro, produz “perseverança”. Perseverança é a habilidade de permanecer firme quando vem a pressão. É isso que significa “estar sob pressão”. Ouçam: perseverança é uma prova de que somos um crente. Se você conhece uma pessoa que diz ser um crente e que deixou de ir ao culto ou parou de ir à EBD e seu único motivo é: “Ninguém tem noção do que eu tenho passado” ou “Ah, é terrível! Estou com raiva de Deus. A Tristeza, o desespero e a agonia têm me acompanhado!” Então nós precisamos amorosamente corrigir a teologia dessa pessoa. Porque aparentemente alguém ensinou a ela que ela não tem que sofrer. Digam a essa pessoa que os crentes sofrem. Digam a ela que a perseverança é a marca de que uma pessoa é um crente verdadeiro. Com amor encoraje-a a refletir se ela verdadeiramente é de Cristo.

 

Portanto, tribulação produz perseverança e perseverança produz experiência. A palavra experiência é usada para provar ou testar metais. É o processo pelo fogo que remove as impurezas a fim de refinar o metal para torná-lo uma mercadoria valiosa. É isso que Deus faz conosco através da tribulação.

 

Vocês estão vendo por que podemos nos regozijar na tribulação? Nós sabemos de algo. Nós sabemos como somos propensos a pararmos de pensar em Deus, a parar de orarmos a Ele, a pararmos de testemunhar acerca Dele, e simplesmente nos tornamos preguiçosos e indolentes. Então Deus permite uma pequena tribulação e nossa tribulação nos leva de volta para Jesus Cristo! Graças a Deus pela tribulação! A tribulação nos leva de volta para Cristo. Ela conduz o homem de fé para o próprio Cristo. Ela conduz o homem do mundo para longe de Cristo, mas conduz o verdadeiro crente para Cristo A Tribulação nos lembra de não nos apaixonarmos por esse mundo, pelas nossas aplicações financeiras, nossas casas, nossos bens, ou mesmo nossas famílias. A tribulação nos lembra de que não há um relacionamento mais importante do que nosso relacionamento com Deus.

 

A tribulação produz perseverança, a perseverança produz a experiência e a experiência produz a esperança, a alegre certeza de um cumprimento futuro, o descanso no fato de que tudo vai ficar bem, de que Deus vai nos dar a graça necessária para continuarmos perseverando até o dia final, quando nos apresentarmos diante do nosso Senhor Jesus. É por isso que Paulo vai dizer no versículo 5: “a esperança não traz confusão”. E aqui está a terceira razão pela qual podemos nos regozijar:

 

III.  Regozijar na Adoração (5-8)

 

Os versículos de 5-8 falam sobre o amor de Deus por nós e direcionado a nós; Sua adoração. Esse é o amor de Deus por nós; não é o nosso amor por Deus. Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Se nós perguntarmos: “Deus, quanto o Senhor nos ama?” A resposta é: “Versículos 5-8”:

 

5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

 

Paulo diz: “Eu vou te contar o quanto Deus te ama. Eu vou te contar por que “essa esperança não traz confusão””. Essa frase simplesmente significa: Essa esperança futura de que você estará para sempre justificado, de que sua salvação está eternamente segura, é uma esperança que não vai te desapontar. Ela não vai falhar. Não vai te deixar na mão. Você pode apostar nela.” Por quê? Por causa do amor de Deus. Ele te ama. Ele não vai te declarar justo e depois te tirar isso. Ele te ama. Ele derramou o amor Dele no seu coração. Estão vendo isso? “o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” O Espírito Santo é o Agente desse amor. Se você recebeu a Cristo como seu Senhor e Salvador, você recebeu o Espírito Santo. A Bíblia diz em 1 Coríntios 6:19 que o Espírito Santo habita em você, no seu corpo. Então através do Espírito Santo dentro de você Deus derramou o amor Dele no seu coração. Dê mais uma olhada nesse amor:

 

6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.

8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

 

Vocês entendem isso? A adoração de Deus por nós é tão grande que Ele enviou o Filho Dele para morrer por nossos pecados. Bem, só falar isso não parece muita coisa. O que torna isso importante é o que Paulo nos recorda nesses versículos. Cristo morreu por nós, versículo 6: “estando nós ainda fracos”. Isso quer dizer: “Quando estávamos fracos, doentes e incapazes de fazer qualquer coisa para melhorar nossa condição.” Não podíamos fazer nada para ganhar o favor de Deus, para merecer o amor Dele. Nós não merecíamos. E há outra palavra ali para nos lembrar de quem éramos nós: “ímpios”. Ímpios! Você ainda está apegado à sua justiça? Você ainda acha que é uma boa pessoa? Paulo diz que você é um ímpio. Aos olhos de Deus você está sem força e é um ímpio.

 

Por isso a Bíblia diz que Jesus morreu por nós, versículo 6: “a seu tempo”. Isso é, no tempo devido, exatamente quando nós mais precisávamos Dele, nós pobres, fracos, sem força, ímpios pecadores. Cristo morreu por nós.

 

E Cristo morreu por nós apesar do fato de nós sermos pecadores. Paulo escreve: “Nós podemos imaginar que alguém morra por uma pessoa boa.” Um soldado pode saltar numa linha de fogo para proteger um homem que ele estima muito, mas quem morreria por um salafrário? Bem, Deus demonstra Seu próprio amor por nós porque quando éramos salafrários, fracos, pobres, pecadores, ímpios, conquanto nós fossemos assim, Cristo morreu por nós.

 

Regozije-se na adoração de Deus por você. Muita da reflexão sobre o amor de Deus me parece tão focada no homem e tão doentia. Com freqüência as pessoas falam do amor de Deus por elas como se houvesse algo de bom nelas digno de amor. Mas esse é exatamente o argumento aqui: Não há nada de bom em nós, mas mesmo assim Deus nos ama: “Maravilhoso amor, como pode ser que Tu, meu Senhor, morrerias por mim?”

  • E Deus continua a nos amar apesar do nosso pecado. A gramática no Grego aqui nessa passagem é: “O amor de Deus tem sido e continua sendo derramado em nossos corações.” Ele continua a encher nossos corações com transbordantes torrentes de amor! Assim Paulo vai concluir no final do capítulo 8: “O que nos separará do amor de Deus? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, a espada…nem morte, nem vida…nem a altura nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (8:35-39)

 

Regozijem-se na justificação, tribulação e adoração. Em quarto lugar:

 

IV.  Regozijem-se na Reconciliação (9-11)

 

9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

 

Novamente, o principal argumento de Paulo nos capítulos 5-8 é ensinar a doutrina da segurança. No versículo 9 ele está ensinando que essa justificação, esse fato de ser declarado justo por Deus, de ser reconciliado com Deus, é algo que dura para sempre. Em essência, o que Paulo diz aqui no versículo 9 é que se Deu realizou a maior coisa que foi morrer por nós para que fossemos salvos, então podemos estar certos de que Ele vai fazer o menor que é nos manter salvos até o fim. Ele diz: “Vocês podem ficar certos de que vão continuar em condição adequada diante de Deus mesmo no dia do julgamento final. Vocês serão, através de Cristo, salvos da ira.”

 

E então, no versículo 10, Paulo diz a mesma coisa de uma maneira diferente:

 

10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.

 

Ele está ensinando que nós podemos estar certos de que essa reconciliação permanecerá para sempre. Se quando éramos inimigos fomos reconciliados com Deus através da morte de Cristo, então nós podemos ter certeza absoluta de que Ele manterá essa justificação, e então nós permaneceremos seguros no Cristo ressurreto.

 

Assim, podemos de forma adequada dizer: “Eu fui salvo, eu sou salvo, e eu serei salvo.”. É uma salvação passada, presente e futura. Eu fui salvo da punição do pecado. Eu estou sendo salvo do poder do pecado. Eu serei salvo da presença do pecado. É isso que Paulo diz duas vezes, uma no versículo 9 e novamente no versículo 10. Ele está simplesmente dizendo, como Ele coloca em Filipenses 1:6: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”

 

11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.

 

 

E então aqui está a conclusão de toda a questão. Paulo está de volta onde ele começou. Ele está falando do fundamento da nossa alegria. Nós temos todas essas razões para nos regozijarmos no Senhor. Mas a razão final é a questão da reconciliação.

 

Nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.” Nos gloriamos em Deus porque justificação significa mais do que “Você está perdoado. Você pode ir.” Justificação significa reconciliação com nosso Criador. Não significa apenas: “Você foi perdoado. Você pode ir.” Justificação significa: “Você foi perdoado. Você pode vir.” Você pode vir! Você pode ter comunhão com o Criador do universo! Você pode conhecer a Deus e conhece-lO intimamente – e conhecer a verdadeira alegria.

 

. Fiquem de pé para oração.