“Por que Deus permite que Coisas Ruins aconteçam a Pessoas Boas?”
(2 Coríntios 12:7-10)
Série: Respostas (4ª de 5)
Equipe de Pregadores com Revs. Todd A. Linn e Rich Stratton
(22-03-2009) (Manhã)
Palavras em Preto: Rev. Todd A. Linn
Palavras em Vermelho: Rich Stratton
. Peguem a Palavra de Deus e abram em 2 Coríntios, capítulo 12.
Nós continuamos nossa série chamada “Respostas”, fazendo perguntas populares sobre a fé Cristã. Rich e eu estamos gostando dessa “Pregação em Equipe” e também gostamos de poder sugerir bons livros para seu estudo posterior. Esta semana, estamos promovendo o livro: Deus está realmente no controle? Este livro de Jerry Bridges ensina como “confiar em Deus em um mundo de dor.” Eu fui abençoado por conhecer Jerry Bridges ano passado quando eu fui à igreja de Alistair Begg em Cleveland, Ohio, para a conferência anual de pastores. Ele é um homem de Deus e um escritor talentoso. Esse livro tem capítulos com o título: “Você pode confiar em Deus?” “Deus realmente está no controle?” E “Crescendo na Adversidade.” Este livro está em nossa biblioteca da igreja e está disponível para venda por $ ___.
Quantos acharam 2 Coríntios? Olhem lá no capítulo 12. Nós vamos estudar os versículos 7-10, mas vejamos o contexto. Os primeiros versículos têm a ver com “uma experiência no topo do monte” que o Apóstolo Paulo teve. Ele fala sobre ter tido o privilégio de ver um lampejo do que é o céu. Ele humildemente refere-se a si mesmo na terceira pessoa nesses versículos e diz: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos… foi arrebatado ao terceiro céu.” O terceiro céu é o céu acima do céu e do espaço. É o céu não visto, o lar de Deus e dos anjos celestiais. Paulo foi abençoado em receber uma série de visões e revelações de Deus. Então, ele diz no versículo 7 que algo aconteceu a ele que foi como se “o tirasse lá do topo do monte”, se você preferir. Vamos ler sobre isso nos versículos 7-10.
. Fiquem de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.
7 E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
. Orar.
Introdução:
A pergunta de hoje é: “Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam a pessoas boas?” Havia um livro popular publicado há mais de 25 anos com um título parecido. O título era: Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boas. Foi escrito por um Rabino judeu, um homem chamado Harold Kushner. O livro se tornou muito popular porque as pessoas queriam saber a resposta para aquela pergunta. Mas o problema com o livro é que ele apresenta uma visão não bíblica de Deus. Uma das afirmações do rabino Kushner é que coisas ruins acontecem a pessoas boas porque Deus não tem o controle de tudo. Deus não tem poder sobre todas as coisas ruins que acontecem no nosso mundo. Bem, nós sabemos que a Bíblia ensina diferente. Deus é realmente soberano. Ele realmente está no controle de todos os eventos. Como Deus disse através do Profeta Isaías em Isaías 46:9-10: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.”
Ou como Jesus diz em Mateus 10:29 que “nenhum passarinho cai no chão sem a vontade do vosso Pai.” Ou seja, “nenhum passarinho morre sem que isso esteja sob controle e permissão divina do Pai Celestial.”
Deus controla todos os eventos. Paulo escreve em Colossenses 1:17: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” Ele está no controle.
Na nossa sala de escola bíblica, nós vamos aprofundar com mais detalhes o por que Deus permite que coisas ruins aconteçam de uma forma geral. Ou seja: “Por que coisas ruins acontecem com todo mundo?” E, por falar nisso, coisas ruins acontecem com todo mundo, não acontecem? Nós vivemos num mundo caído, um mundo que cambaleia desequilibrado desde que Adão e Eva trouxeram o pecado para o mundo. Esse acontecimento em Gênesis 3 é conhecido como “A Queda”. É porque nós vivemos num mundo caído que nós temos tragédias, tornados e tsunamis. É porque nós vivemos num mundo caído que terroristas arremessam aviões contra prédios e matam pessoas inocentes. É porque nós vivemos em um mundo caído que a humanidade sofre com câncer, malária e AIDS.
Sem dúvida, há um mistério com relação ao que Deus permite. De alguma forma, Deus permite que sejamos livres e façamos escolhas, mas ao mesmo tempo, ele controla todas as coisas ao final e pode intervir quando Ele escolher. Algumas vezes Ele escolhe intervir e algumas vezes ele escolhe não intervir. Somente um tolo diria conhecer a mente de Deus. Moisés escreveu em Deuteronômio 29:29: “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus.” Somente Deus sabe qual é Seu plano perfeito e por que Ele algumas vezes permite que coisas ruins aconteçam e por que algumas vezes Ele intervém para evitar que coisas ruins aconteçam. É por isso que nós “andamos por fé e não por vista” (2 Coríntios 5:7). Nós confiamos que Deus está executando Seu plano perfeito muitas vezes de forma que nós não podemos compreender.
Nós também devemos nos lembrar que muito do sofrimento humano é resultado daquilo que o homem faz consigo mesmo. O cara que fuma três maços de cigarro num dia, por exemplo, não pode culpar Deus quando é diagnosticado com câncer de pulmão. A mulher que bebe o tempo todo, não pode culpar Deus quando é diagnosticada com problemas no fígado. E não faz sentido que um criminoso culpe Deus quando sua ação criminosa o coloca na prisão. Muito do sofrimento humano é resultado do nosso próprio pecado.
Mas e quanto aqueles momentos em que você sabe que não está sofrendo por causa de um pecado seu? Quero dizer, todos somos pecadores. Romanos 3:23: “Todos pecaram e estão separados da glória de Deus.” Nós sabemos disso. Na verdade, ao invés de fazer a pergunta: “Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas?” nós deveríamos perguntar: “por que coisas boas acontecem com pessoas ruins?” Nós somos todos pecadores. Não merecemos nada. Essa é uma outra maneira de enxergar isso, não é? E talvez nós precisemos pensar profundamente sobre isso antes de nós corrermos para julgar a soberania de Deus quando as coisas dão errado.
Mas partindo do fato de que nós somos todos pecadores, que não merecemos nada, o que nós fazemos quando coisas ruins acontecem conosco e nós sabemos que não é por causa de um pecado em especial? O que fazemos quando nos vemos numa situação como Jó? Lembram-se de Jó? Os amigos dele tinham certeza de que ele tinha pecado e era por essa razão que ele estava sofrendo.Alguns amigos! Mas Jó não tinha pecado. Deus permitiu que Jó sofresse e enfrentasse um caminho de aflição para demonstrar a soberania de Deus e a fidelidade de Jó.
A história de Jó é semelhante à história de Paulo aqui em 2 Coríntios 12. O que nós queremos fazer é examinar esses versículos revelando o significado do texto e a seguir extrair algumas implicações práticas para crentes. Nós queremos fornecer alguns princípios úteis para aplicar quando nós virmos coisas ruins acontecendo conosco. Vejam novamente no versículo 7:
7 E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Paulo teve uma “experiência no topo do monte” quando lhe foi permitido ter um lampejo do terceiro céu, do paraíso do céu. E o que ele diz aqui é que Deus lhe deu um “espinho na carne” a fim de que ele não se exaltasse. Ou seja, Deus deu a Paulo um “espinho na carne” para mantê-lo humilde.
O que é esse “espinho na carne”? Bem, ninguém sabe ao certo. Eu sempre imaginei o que poderia ser e eu já li comentários que sugerem uma coisa ou outra. Alguns dizem que é uma doença crônica, como perda da visão ou dores de cabeça freqüentes. Outros sugerem que sejam os incessantes ataques de falsos mestres. Nós realmente não sabemos e eu acho bom que não saibamos. Isso é o que eu gosto de chamar de “omissão divina” na Bíblia. Ou seja, eu acho que Deus propositalmente não nos conta qual é o problema de Paulo para que nós possamos mais facilmente encontrar aplicação nas nossas vidas.
Qualquer que fosse o espinho de Paulo, doía! A palavra “espinho” se refere a uma estaca afiada usada para torturar alguém. Paulo diz que sentiu algo como parecido com um pedaço de madeira sendo enfiado na sua carne. Ele também se refere a isso como “um mensageiro de Satanás” para me esbofetear (ou me bater).”
Isso levanta uma questão importante: Satanás quer nos prejudicar, mas Deus controla Satanás. Satanás não pode fazer nada conosco sem a permissão divina de Deus. Satanás quer nos prejudicar, mas Deus está lá pra nos ajudar. Satanás não pode fazer nada sem a aprovação de Deus. É a mesma coisa com Jó. Lembram que Satanás não pode fazer nada com Jó sem primeiro ter a permissão de Deus (Jó 2). Deus é soberano. Ele usa aquilo que Satanás intenciona fazer para o mal e Ele usa para o bem. Vejam o versículo 8:
8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
Ou seja, Paulo clamou a Deus: Por favor, tire este espinho da minha carne!” Houve três ocasiões memoráveis em que Paulo fez deste pedido específico uma oração intensa. Ele nos dá a resposta de Deus na primeira parte do versículo 9:
9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Ao invés de remover o espinho, Deus diz: “Eu vou te ajudar a suportá-lo, Paulo. Eu vou te ajudar a agüentar o sofrimento. Minha graça é suficiente para você. Minha força é aperfeiçoada na sua fraqueza.” Isto é, Eu vou te dar cada milésimo de força que você precisa para enfrentar o sofrimento que você está passando. Na verdade, você vai conhecer a perfeição da minha força divina se você simplesmente recebê-la. Então Paulo diz na segunda parte do versículo 9:
De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
É como se Paulo dissesse: “Eu quero isso! Eu quero o “poder de Cristo habitando em mim. Eu quero que o poder de Cristo habite em mim e em meu ministério. Portanto, de boa vontade, me gloriarei em minhas enfermidades – em minhas fraquezas – para que o poder de Cristo possa ser conhecido e visto.” Ele continua no versículo 10:
10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias – isso é, quando as pessoas me insultam – nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo – então, pode mandar ver! Porque quando estou fraco então sou forte.
De certa forma, Paulo está dizendo: “Se na minha fraqueza, se nas injúrias – ou seja, quando as pessoas me insultam – e se em minhas necessidades, e perseguições, e angústias eu posso vivenciar um sentimento maior da totalidade do poder de Cristo – então manda ver!” Ele está dizendo: “Eu quero que o poder de Cristo habite em mim, habite em mim nas minhas dificuldades, para que eu possa me fortalecer no Senhor.”
E Paulo diz: “Eu quero isso pelo amor a Cristo. Por amor a Cristo, eu, de boa vontade, enfrento insultos, necessidades, perseguições, e angústia, tudo por Cristo para que outros possam ver o poder de Cristo habitando em mim e glorifiquem-No.”
Agora, consideremos alguns princípios práticos sobre sofrimento que afloram do nosso estudo deste texto. Aqui estão cinco coisas que podemos concluir sobre por que Deus pode permitir coisas ruins acontecerem aos crentes. Primeiro:
I. Deus permite sofrimento para nos fazer humildes (7)
Paulo diz no versículo 7 que esse espinho na carne foi dado “para que não me exaltasse.” Ele na verdade diz isso duas vezes no versículo 7, em caso de não termos ouvido da primeira vez. Deus permitiu o espinho na carne de Paulo – fosse ele uma enfermidade física, uma doença, uma dificuldade externa de alguma espécie – para fazê-lo humilde.
Paulo era um ser humano como você e eu. Ele era tentado a se gloriar das revelações e visões que Deus lhe tinha dado. Quero dizer, imaginem esse cara de pé num culto dando seu testemunho. O cara antes dele diz como ele orou para receber Cristo durante a Escola Bíblica de Férias ou algo do tipo, e, então, Paulo levanta: “Eu estava na estrada para Damasco com o propósito de prender crentes, de repente, uma brilhante luz branca brilhou pra mim e o Próprio Jesus Cristo falou comigo.” Vocês sabem, ele se senta e então: “Alguém pode dar um testemunho comparado com esse?!” Ele tinha sido levado ao terceiro céu. Ele tinha visto e ouvido coisas que ninguém tinha. Deus queria manter seu homem humilde, então Ele permitiu esse espinho na carne, esse sofrimento, a fim de lembrar Paulo que Paulo não era nenhum tipo de superstar espiritual que está acima dos sofrimentos e dificuldades e necessidades de uma pessoa comum. Paulo era apenas um homem comum como qualquer outro e ele precisava de Deus como qualquer outra pessoa.
Algumas vezes, Deus permite que você e eu passemos por aflições para nos lembrar que Ele é Deus e nós não somos. Vejam, se as coisas estão sempre indo bem e nós vivenciamos uma “experiência no topo do monte” atrás da outra, nós somos tentados a nos esquecermos de Deus ou pensarmos que de alguma forma nós não precisamos realmente de Deus e então Deus permite que desçamos do topo da montanha e caminhemos pelo vale. Ele faz isso para nos lembrar que nós não somos nada sem Ele. Ele é Deus e nós não. Nós precisamos Dele. Isso nos conduz ao nosso segundo ponto:
II. Deus permite sofrimento para nos trazer para perto Dele (8)
Qual é a resposta de Paulo ao seu sofrimento por causa do espinho na carne? Versículo 8 diz que ele se voltou para Deus. Ele orou a Deus. Não perca isso! A resposta adequada para o sofrimento é nos voltarmos para Deus. Quando você enfrenta um problema ou uma dificuldade, ou quando você se vê em uma situação desafiadora, para onde você vai?
Muitos crentes rapidamente correm para alguém ou para alguma coisa. Eles se deparam com uma dificuldade no trabalho ou um problema pessoal, ou um problema no seu casamento ao invés de se voltarem para Deus eles se voltam para qualquer outra direção. Eles se voltam para amigos que não aconselham de acordo com a Bíblia. Alguns se voltam para drogas ou para comida, ou para o álcool. Alguns para os remédios. Alguns buscam a psicologia popular, ou Dr. Phil ou Dra. Laura. Alguns tentam fugir mergulhando no trabalho ou se escondendo no escuro, mas o problema continua lá. O que você faz quando sofre?
Vejam, Deus permite o sofrimento para nos aproximar Dele. Deus nos quer próximos Dele para que nós possamos encontrar nossa completa suficiência Nele. Os momentos em que eu me senti mais íntimo de Deus são aqueles quando eu passei pelas maiores dificuldades. Eu me pego de joelhos em oração dizendo: “Deus, me ajude. Eu preciso de Ti.” Deus permite que andemos pelo vale do desespero para que possamos ser fortalecidos pela Sua presença e cresçamos como crentes.
Os crentes que eu mais admiro são aqueles que passaram por grandes problemas e mantiveram um testemunho cristão firme. Com eles eu quero aprender. O que quero dizer é que todo mundo tem dificuldades e nós poderíamos debater o dia inteiro a respeito de qual problema é maior, mas não é esse o caso. Deus permite dificuldades na nossa vida porque Ele quer que nós contemos com Ele. Paulo aprendeu isso e nenhum de nós que estamos ouvindo esta mensagem passamos por mais dificuldades que ele. Quando foi a última vez que alguém te espancou por você ser um seguidor de Cristo. Ou pedras foram arremessadas contra você até que você tenha sido dado como morto?
A.W.Tozier disse: “É duvidoso que Deus use alguém grandemente antes que Ele o tenha ferido consideravelmente.”
Você conhece pessoas que antes seguiam a Cristo, mas não seguem mais? Você conhece pessoas que eram fiéis na igreja, mas não vêem mais? Vocês sabem qual é a principal razão pela qual eles não estão mais aqui? É quase sempre porque quando eles encontraram a dificuldade, eles se voltaram para qualquer outra direção ao invés de se voltarem para Deus. Eles contaram com qualquer outra coisa ou pessoa ao invés de se aproximarem Daquele que provê a força e o conforto da Sua presença.
Aqui está o terceiro princípio:
III. Deus nem sempre remove o sofrimento (8-9)
Paulo diz que ele suplicou ao Senhor, em três ocasiões diferentes, para remover o espinho na carne, mas o Senhor não removeu o espinho. Deus nem sempre remove nosso sofrimento. Por quê?
Vocês sabem, é interessante: Deus nunca diz a Paulo porque Ele não vai remover o seu espinho na carne, ele simplesmente diz: “Minha graça te basta.” Deus não é obrigado a fazer aquilo que nós achamos que Ele deve fazer. Ele não é obrigado a fazer nada por nós. Ele nos criou. Ele é quem dá as cartas. E deve ser Ele porque Ele é quem Tudo sabe e Tudo conhece e Ele conhece o que é melhor para nós.
Deus sabe o que é melhor. Ele sabe que aprendendo a humildade e aprendendo a confiar Nele é mais importante do que nosso conforto. Ele sabe que nós aprendermos a confiar nele é mais importante do que vivermos uma vida tranqüila e sem problema. Deus quer que aprendamos essa lição. Se eu reclamar o tempo todo da minha situação, ficar de cabeça baixa, murmurando, lamentando, oprimido, e cantar: “ninguém sabe o que eu passei”, então eu claramente não aprendi a ser humilde e confiar em Deus. Com meu comportamento ranzinza estou revelando que eu realmente não confio em Deus; que eu realmente não acredito que Ele sabe o que é melhor.
Deus não removeu o espinho na carne de Paulo e Deus pode não remover o seu. Você está disposto a confiar Nele mesmo assim? De verdade?Aqui está o quarto princípio:
IV. Deus nos dá a habilidade para enfrentar o sofrimento (9)
A resposta do Senhor para a oração de Paulo para remover o espinho é: “Minha graça te basta.” Isso é, “Eu não vou remover o espinho.Confie em Mim. Eu não vou retirá-lo. Eu sei o que é melhor, mas Paulo: eu vou te ajudar a enfrentar isso. Eu vou te dar força para perseverar.”
Deus nos dá a habilidade para enfrentar o sofrimento. Ele diz: “Minha graça te basta.” Graça aqui é definida como “a força de Deus para nos ajudar durante a dificuldade.” Ele diz: “Minha força se aperfeiçoa na fraqueza.” Isso é, “Você vai conhecer o perfeito, fantástico poder da Minha força na sua fraqueza.” Deus pode ter dito: “Veja, Paulo, quando você está fraco, quando você para de depender de si mesmo, quando não tem mais para onde ir a não ser para Mim, então você vai receber Minha fantástica força para te conduzir em meio a dificuldade.”
Crente, o que quer que você esteja enfrentando agora, saiba que Deus vai te dar cada milésimo de força e sabedoria que você necessita para enfrentar isso.” Ele vai. Ele vai te guiar. A Sua graça te basta. Nunca vai faltar a Ele graça. Porque Ele é infinito, Ele tem uma reserva infinita. Ele vai te ajudar. Confie Nele.
Você pode estar enfrentando um problema no trabalho. Você pode estar enfrentando um problema na escola. Você pode estr encarando um problema de saúde que parece maior que sua vida. Você pode estar tendo dificuldades no seu casamento. Ouça: Deus vai te dar a habilidade para enfrentar se você simplesmente confiar nele. Não desista! Fica firme. Sua graça te basta. Ele te dá a habilidade para suportar o sofrimento.
Aqui está o último princípio:
V. Deus permite o sofrimento para direcionar outros para Cristo (9-10)
Eu realmente acredito que há um fio evangelístico que percorre os versículos 9 e 10. quando Paulo aprende que Deus vai lhe dar Sua força, Seu poder, para enfrentar problemas e aflições, Paulo pensa: “Manda ver!” Entenda o seguinte: Deus não está dizendo: “Eu não vou te ajudar a se fortalecer. Ele está dizendo: “Eu vou te dar Minha graça e Minha força. Eu tenho muito dela em meu celeiro divino e eu vou derramá-la sobre você, dá-la a você.” Paulo diz: “Eu recebo!” Vejam novamente a segunda parte do versículo 9:
“De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” Ele acrescenta no versículo 10: “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias” – por quê?– por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.”
Paulo está dizendo: “Se o meu sofrimento resulta na plenitude do poder de Cristo habitando em mim, então eu quero tanto sofrimento quanto eu puder agüentar.” Você poderia dizer isso? “Se minhas aflições resultam no poder de Cristo sendo evidenciado em mim e através de mim, então que venham as aflições.”
Paulo diz no versículo 10 que ele quer isso “por amor de Cristo.” Ele diz: “Eu, de boa vontade, suportarei insultos, fraquezas perseguições e angústias, tudo por Cristo para que outros possam ver o poder de Cristo habitando em mim e glorifiquem-No.” Paulo viveu “por amor de Cristo.”Ele viveu para Cristo. Sua vida estava entranhada com a do Filho de Deus. Então Paulo diz: “Se o meu sofrimento me aproxima de Cristo e revela o poder de Cristo, então eu sofrerei qualquer coisa por amor a Cristo, pela causa de Cristo.”
Vejam, há um tom evangelístico aqui. Se você olhasse para o Apóstolo Paulo, você veria um cara que era “fraco” para os padrões do mundo. Pelo que podemos dizer das Escrituras e da tradição da igreja, Paulo não era um cara que causava impressão em termos de natureza física ou carisma. Exteriormente, ele parecia fraco e comum. Mas vejam, Deus se alegra em se demonstrar forte no que é fraco e comum. É como Paulo disse lá em 1 Corintios 1:27: “Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes”. Deus tem prazer em trabalhar em e através dos crentes “fracos” e frágeis”porque quando Ele os usa fica claro que Ele sozinho fez isso e Ele recebe a glória por isso.
Então, quando você olhava para Paulo, você via um cara fraco e comum. Mas quando Paulo falava sobre o Senhor Jesus Cristo ficava claro que ele era um homem que gastava tempo com Deus. O poder de Cristo habitava nele. Sim, Paulo sofreu muito, mas ele nunca perdeu sua fé em Cristo. Ao contrário, ele se tornou mais forte no enhor e o poder de Cristo emanava dele. E este poder atraía almas para Cristo.
Alguns domingos atrás, nós tivemos nosso culto com testemunho e eu realmente gostei de ouvir muitos testemunhos variados – alguns sobre salvação, outros sobre dízimo, e muitos sobre o amor da família da igreja. Mas um dos testemunhos mais tocantes veio de Agnes Whitfield. A maior parte de vocês sabe que Agnes sofre de paralisia cerebral e está confinada numa cadeira de rodas. E Agnes queria dar um testemunho e eu fui até onde ela estava e segurei o microfone enquanto ela nos contava a história na Bíblia do evangelho de João, capítulo 9. Ela contou sobre o homem que era cego desde nascença, que nunca tinha visto um dia em sua vida. Nós podemos dizer que a cegueira era o “espinho na carne dele”. E Jesus estava lá e os discípulos perguntaram a Jesus: “quem pecou para que esse homem nascesse cego? Foi o próprio homem que pecou ou os pais dele pecaram para que ele nascesse cego?” E Jesus respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.”
Agnes nos lembrou que Deus permitiu que esse homem nascesse cego para que Deus glorificasse a Si mesmo na condição física daquele homem. E então Agnes disse que se Deus pode ser glorificado nela através da paralisia cerebral dela, então ela estava feliz em deixar que Ele Se glorificasse através da vida dela.
Esse é um testemunho poderoso. E isso é um lembrete para nós, o que quer que soframos, quaisquer que sejam as dificuldades, os desafios, os problemas as perseguições que enfrentamos, Deus está conosco e Ele sabe o que Ele está fazendo. Ele está nos atraindo para perto Dele para que possamos experimentar o poder de Cristo nas nossas vidas.
. Fiquem de pé para oração.