O Melhor Negócio de Todos

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(Romanos 3:21-31)

Série: Sem Culpa!

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, KY

 

. Abram a Palavra de Deus em Romanos, Cap 3.

 

Estamos fazemos nosso estudo do livro de Romanos, versículo por versículo. Pregamos versículo por versículo porque acreditamos que é a melhor maneira para entendermos corretamente o que Deus está dizendo para nós em Sua Palavra.

 

Sob o risco de soar dramática demais, deixe-me dizer que o texto desta noite é um dos mais gloriosos e grandiosos textos em toda Escritura. Se você tivesse que reunir uma Lista com as “10 Mais” dentre as passagens importantes, a passagem de hoje estaria nesta lista, especialmente os seis primeiros versículos dela.

 

O Apóstolo Paulo dá a resposta para o problema. Qual é o problema? O problema é que toda pessoa, em qualquer lugar, está inteira, e completa e compreensivelmente “perdida” e debaixo da ira de Deus. Esse é o problema. O problema é que a ira de Deus é voltada para todos nós por causa do nosso pecado. Nós estamos em apuros. Nós não podemos impressionar Deus com nossa bondade porque nenhum de nós – do ponto de vista de Deus – é bom. Sob a nossa perspectiva, sob a perspectiva da moral secular, nós achamos que estamos muito bem, mas sob a perspectiva de Deus nós não estamos. Somos pecadores e se nos apresentarmos diante de Deus de acordo com nossa própria justiça estaremos em apuros porque nossas boas obras e nossa justiça não O impressionam.

 

Vejam o versículo 21. “Mas agora”. Essas duas palavras! Ou seja, “Se preparem. Eu tenho boas novas. Eu não quero lhes falar sobre a justiça do homem – que não é justiça coisa alguma – eu quero falar sobre a justiça de Deus, uma justiça que pode ser sua”! Ouçam isso enquanto eu leio e em seguida oramos:

 

21 Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;

22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

 

. Orar.

 

Introdução:

 

Esta manhã vamos partir logo para o que interessa porque este texto é muito rico. Os professores de pregação dizem que você deve ter alguma piada, estória, citação, ilustração, vídeo, ou alguma coisa do tipo que chame a tentação de todo mundo. Vamos esquecer tudo isso. Se você precisa de algo que chame a atenção aqui está. Vamos acender um holofote sobre o Senhor Jesus Cristo para que você e eu nos apaixonemos por Ele da forma mais profunda e consideremo-No como o tesouro mais glorioso em todo o mundo. Eu quero que saiamos daqui, nesta noite, cheios de alegria no nosso Senhor.

 

O.k.? Então esse é objetivo: fazer brilhar uma luz sobre o Senhor Jesus, a fim de que nós O amemos mais profundamente e O tenhamos como o tesouro mais glorioso no mundo, vivendo aqui na alegria do Senhor. Ou se vocês preferirem, a primeira pergunta do Catecismo: “Qual é a principal finalidade do homem”? Resposta: A principal finalidade (ou propósito) do homem é glorificar a Deus e se alegrar nEle para sempre”. Então, lá vamos nós. Vamos ver como essa passagem da Escritura nos ajuda a fazer isso.

 

Eu quero falar com vocês sobre essa “justiça de Deus” e refletir sobre isso de várias formas enquanto examinamos esse texto. Primeiro:

 

I.  Considerem o Caminho da Justiça (21-23)

 

Mas antes de prosseguirmos, vamos definir “justiça”. Justiça é o que você precisa para se apresentar diante de Deus. Justiça é a coisa para a qual Deus olha quando Ele olha para você. Se você quer “entrar”, você precisa de justiça. Você tem?

O judeu achava que tinha. Se pensarmos em justiça como um cartão que você precisa para ter acesso à presença de Deus, o judeu orgulhosamente tinha o cartão dele. Mas o problema era que o cartão do judeu tinha todos os feitos daquele judeu. Eram todas as conquistas, um cartão escrito dos dois lados que dizia: “Eu obedeci esta lei e essa e não, fiz isso e fui bom naquela situação e andei na linha ali. Eu sou uma boa pessoa. Eu obedeci os mandamentos morais do Antigo Testamento. Eu guardei os 10 Mandamentos”.

 

E Paulo foi longe nos Capítulos 1-3 ensinando que nenhuma pessoa pode ser justa por obedecer os mandamentos morais da Escritura. O judeu achava que poderia obter uma justiça obedecendo a leis do Antigo Testamento. O próprio Paulo, que era um judeu, diz: “Não senhor”! Esse nunca foi o intuito da lei moral. Ela nunca foi dada para que se você a obedecesse, então você pudesse “entrar”. Vejam o versículo 21:

 

21 Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;

 

A justiça de Deus “sem a lei” é revelada. O tipo de justiça que você precisa é uma justiça “sem a lei”. Nenhuma pessoa vai para o céu por ser uma boa pessoa, uma pessoa de moral. Você não pode impressionar a Deus com seu currículo pessoal de justiça. O Evangelho está no fato de que Deus revelou Sua justiça, uma justiça separada da lei, versículo 21:

 

tendo o testemunho da lei e dos profetas;

 

Isso significa simplesmente que o AT apontava para diante, apontava para frente , para essa justiça vindoura de Deus. A Lei e os Profetas testificam isso. Versículo 22:

 

22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.

 

Paulo está dizendo: “Se você tem carregado um cartão com seus próprios atos de justiça nele, um cartão no qual estão escritas todas as suas boas obras, você precisa saber que esse cartão é totalmente inútil para te fazer “entrar”. Você não pode impressionar a Deus, não pode ganhar o favor dEle, você não pode entrar no céu, não pode receber a benção dEle, você não pode fazer nada com seu registro de todos os seus feitos e conquistas escritos no cartão. Seu cartão é inútil. O que você precisa é de um cartão diferente! Você precisa de um cartão no qual esteja escrita a frase: “A justiça de Deus”! É disso que você precisa. Com você o obtém? A próxima frase lá no versículo 22: pela fé em Jesus Cristo. E essa é uma justiça disponível para todo mundo, versículo 22 novamente:

 

22…e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

 

Essa justiça está disponível para todo aquele que crê. Não há diferença, ou distinção de uma pessoa com relação a outra. Toda pessoa, seja Judeu ou Gentio, rico ou pobre, com instrução ou sem instrução, negro ou branco, pode receber essa justiça porque toda pessoa precisa dessa justiça. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

 

A maioria de nós sabe o versículo 23 de cor. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Isso não significa apenas que nós tentamos buscar Deus e ficamos separados. Nesse contexto, estar destituído da glória de Deus nos lembra o que Paulo escreveu em Romanos 1:23 sobre a humanidade separada da graça de Deus. Ele nos descreve como aqueles que “trocaram a glória de Deus” por outras coisas, trocando a verdade de Deus por mentira, adorando e servindo a criatura ao invés do Criador (1:25). Portanto, “estar destituído da glória de Deus” significa que nós naturalmente mudamos a glória de Deus, a verdade de Deus, por substitutos baratos e temporários. E é por isso que nós não temos alegria. Nós tentamos encontrar vida em coisas que não duram. Nós as colocamos acima de Deus, sejam elas nossas carreiras, nossa educação, nossa busca por sucesso material ou no mundo, nossas casas, carros, férias, até mesmo nossas famílias – todas essas são coisas que nós permitimos que tomem o lugar da glória de Deus. Deus nos fez para o propósito último de glorificá-Lo e de nos alegrarmos nEle para sempre. Nós não podemos concordar que nada tire a glória de Deus.

 

Assim, o caminho para essa justiça, o caminho para conseguir o que nós precisamos  para estarmos diante de Deus é – versículo 22 novamente – é pela fé em Jesus Cristo. Fé é o instrumento e Cristo é o objeto. Ouçam, isso é muito importante. Não é a “fé” em si que nos salva. Não é fé independente de qualquer coisa que nos concede uma justiça para nos apresentarmos diante de Deus. Algumas pessoas falam da sua “fé” como se fosse a fé sozinha que as salvasse. Fé não é nada sem um objeto. Eu preciso ter fé em alguma coisa ou alguém. Precisa haver um objeto. A fé cristã é uma fé objetiva. Nós temos fé “em Jesus Cristo.”

 

A fé significa que nossos corações estão completamente abertos para Jesus Cristo. Nós cremos em tudo o que a Bíblia diz sobre Ele. Nós cremos que Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou da sepultura, e nós estamos entregando nossas vidas a Ele e nada é mais importante para nós, do que o senhorio dEle sobre nós. Este é o caminho da justiça. Nós precisamos ter fé no Senhor Jesus Cristo, crendo no que Ele é e no que Ele fez por nós na cruz.Especificamente, o que Ele fez? Número dois:

 

II.  Considerem a Obra da Justiça (24-26)

24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

 

Se nós colocamos nossa fé no Senhor Jesus Cristo, nós somos “justificados gratuitamente pela Sua graça”.Isso significa que nós somos “declarados justos” gratuitamente. Nós recebemos essa justiça como um gracioso presente gratuito. Graça é receber gratuitamente o favor de Deus quando nós merecíamos nada a não ser Sua ira. Isso é graça. Graça é receber gratuitamente o favor de Deus quando nós merecíamos somente a ira dEle.

 

Percebam isso. Paulo diz que se nós colocamos nossa fé no Senhor Jesus Cristo, Deus “nos justificará gratuitamente”. Ele vai nos declarar “justos”, Ele vai nos declarar “Sem culpa” gratuitamente pela Sua graça. Ser justificado é ser declarado justo. É um termo legal, um termo forense, um termo do tribunal. É como se eu me apresentasse diante de Deus completamente culpado pelo meu pecado. Meu pecado está em todo lugar, mas por causa da minha fé em Cristo, Deus diz – “Você, de agora em diante, é declarado justo. Eu te declaro “Sem culpa”.

 

Paulo ensina que a idéia popular nos dias dele estava errada – eu devo acrescentar que a dos nossos dias também. A idéia errada é de que, de alguma maneira se nós vivermos uma vida boa, então ao final da minha vida Deus me declara justo. Assim eu tento correr minha corrida na vida,  tentando viver uma boa vida e esperando que ao final Deus dirá: “OK, você tá dentro”. Observem isso, todos vocês: Paulo ensina que se nós colocamos nossa fé no Senhor Jesus Cristo, Deus nos declara justos não ao final da corrida, mas no início da corrida. No início!

 

E Ele simplesmente nos “declara” justos. Ele não nos “torna” justos. Há uma diferença. Nós não nos “tornamos justos”. Nós somos declarados justos. Isso é justificação. Quem merece isso?! Ninguém. É por isso que amamos o Senhor Jesus Cristo. Por causa da obra de justificação de Cristo que torna tudo isso possível.

 

O versículo 24 diz que nós somos justificados gratuitamente pela Sua graça “através da redenção que está em Jesus Cristo”. Cristo nos redime dos nossos pecados. Redenção é um termo que vem do mercado de escravo. Paulo ensinou em Romanos Capítulos 1 e 2 e agora no Capítulo 3 que todos nós estamos presos sob o poder do pecado. Jesus Cristo é a chave para nos libertar. Essa é a redenção. Ele é o caminho para nos livrarmos da nossa escravidão. Ele adquiriu nossa liberdade para que nós pudéssemos viver para Ele. Eu amo Jesus, você não ama?! Vejam o que mais nós aprendemos sobre o trabalho de justificação que Cristo adquiriu por nós.Versículo 25:

 

25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

 

Essa palavra “propiciação” significa primordialmente um “sacrifício de expiação que afasta a ira de Deus dos nossos pecados”. Significa que a morte sacrifical de Cristo satisfaz a justa raiva de Deus com relação aos nossos pecados. Lembram de Romanos 1:18? Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça”. A raiva de Deus está direcionada a nós por causa do nosso pecado. Deus apresenta Jesus Cristo como uma propiciação, um sacrifício que satisfaz Sua ira.

 

Lembrem que a ira não significa que há um Deus cheio de raiva que está fora de controle e emocionalmente perturbado. A ira de Deus é adequada, santamente demonstrada de acordo com o que Ele vê nas pessoas que Ele ama. A ira de Deus está fundada no amor. O contrário do amor não é a ira. O contrário do amor é ódio. E o último estágio do ódio é a indiferença. Deus nos ama e Ele vê nosso pecado e Ele quer nos ver livres desse pecado e por isso Ele “propôs” Seu filho como uma “propiciação”.Um sacrifício que derramou o sangue dEle, que morreu para que nós pudéssemos “pela fé” receber a justiça dEle.

 

Essa palavra “propiciação” também tem um outro significado. Ela é usada vinte vezes na tradução grega do Antigo Testamento para se referir à cobertura de ouro da Arca da Aliança. Lembram da Arca da Aliança? A Arca continha os 10 Mandamentos, a vara de Arão e maná. A palavra “propiciação” também se refere ao trono da graça, a cobertura dourada da Arca da Aliança. No topo da Arca está o trono de Deus, o lugar sobre o qual o sacerdote Judeu espargiria o sangue do sacrifício animal que era feito para afastar a ira de Deus. Levítico 16 dá o motivo para tudo isso. Um dia do ano, o Dia do Sacrifício, o Sumo Sacerdote Judaico deveria entrar na parte mais interior do tabernáculo, por trás do véu, no que era chamado de “santo dos santos”. Esse era o lugar onde estava a Arca da Aliança. Dentro daquela Arca estavam os 10 Mandamentos, um lembrete de que uma lei desobedecida estava entre o homem cheio de pecado e o Deus Santo. O Sumo Sacerdote então oferecia sobre o trono da graça o sangue de um animal. Ele aspergiria o sangue daquele animal sete vezes sobre o trono da graça, a fim de afastar a ira de Deus sobre os pecados do povo. Assim, esse trono da graça se tornou o lugar de reconciliação entre o povo pecador e o Deus Santo.

 

Vocês vêm isso agora em Cristo? O que foi prefigurado no Tabernáculo do Antigo Testamento é cumprido em Cristo. O sacrifício animal era uma sombra, uma visão futura da vinda dAquele que viria para afastar a ira de Deus sobre os pecados das pessoas. O Escritor de Hebreus diz em Hebreus 9:12: Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Jesus Cristo é o trono da graça, o ponto de reconciliação entre o homem pecador e um Deus Santo. Versículo 25:

 

25…para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

 

Isso simplesmente se refere aos pecados “dantes cometidos” antes da vinda de Cristo, os pecados de todos aqueles que viveram antes de Cristo. Deus pacientemente, amorosamente, postergou Seu julgamento até a vinda de Cristo e Sua morte na cruz do Calvário, demonstrando dessa forma, “neste tempo presente”, no tempo do Calvário, “Sua justiça”. Paulo continua no final do versículo 26:

 

26…, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

 

Essa é uma boa frase. Deus é a um só tempo “justo” e “justificador”. Ele é justo. Isso quer dizer que Ele pune o pecado. Quem de nós quer um juiz que não seja justo? Ou seja, se um homem é pego em flagrante, roubando a bolsa de uma senhora, espancando ela sem dó a fim de roubá-la, imagine esse homem se apresentando diante do juiz e o juiz dizendo: “Ah, não tem problema. Eu sou um juiz amoroso. Você está livre”. Nós diríamos: “Eu quero justiça”! Deus é um Deus de amor que é justo. Ele precisa punir o pecado porque o Seu caráter exige isso. Portanto, vejam, esse é o melhor negócio de todos. Deus nos pune oferecendo o Filho dEle para receber o nosso castigo. Dessa forma Ele pode ser tanto “justo” e “justificador”. Ele pune nosso pecado em Cristo e nos declara justos.

 

Esse é um negócio inacreditavelmente incrível! E é um lembrete de que Jesus Cristo é Deus e homem. Ele é 100% Deus e 100% homem. Como homem, Cristo morre pelo homem, absorvendo o julgamento conseqüente do pecado. Como Deus, Cristo nos dá Sua Graça, Perdão e Justiça. Como Paulo coloca em 2 Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. Assim, tudo o que nós somos e fizemos se torna de Cristo. Tudo que Ele é e fez se torna nosso. Deus trata Cristo como se Ele tivesse feito o que nós fizemos. E Deus nos trata como se nós tivéssemos feito o que Ele fez. Isso não é simplesmente o melhor negócio do mundo?

 

John Newton, o compositor de “Maravilhosa Graça” escreveu outro hino que descreve a transferência dupla, de como é que Deus trata Cristo como se Ele tivesse feito o que nós fizemos e como se nós tivéssemos feito o que Ele fez. Ele escreve:

 

Ó Senhor, de quem não há nada oculto,

Quem vê o meu interior; diante de Ti eu sempre sou revelado exatamente como sou.

 

Desde que eu, por vezes, dificilmente posso suportar o que eu vejo em mim;

Como vil e imundo devo parecer santíssimo Deus para ti.

Mas uma vez que meu Salvador se coloca no meio, Aquele que derramou o Seu precioso sangue,

É Ele, em vez de mim, quando eu diante de Deus me apresento.

 

Assim, embora um pecador, estou seguro;

Ele suplica perante o trono Sua vida e morte em meu favor e chama de seus os meus pecados.

Que maravilhoso amor, que mistérios, brilham neste encontro

Minhas violações da lei são Suas e Sua obediência é minha.

 

E assim chegamos à consideração final, que podemos chamar de “maravilha da justiça”. Qual efeito tudo isso tem sobre nós?

 

III. Considerem a Maravilha da Justiça (27-31)

 

27 Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.

 

O argumento de Paulo aqui é que se a justiça de Deus é gratuitamente creditada em nosso favor, então nós não temos nada para nos gabar. Não fizemos nada para ganhar o favor de Deus. É por isso que ele diz no versículo 28:

 

28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.

 

Estão vendo? Nós não somos declarados justos pela nossas boas obras. Nós somos justificados pela fé separada das boas obras da lei. E Paulo diz:

 

29 É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,

30 Visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão.

 

Paulo está dizendo aqui que há esse único Deus que justifica todas as pessoas de uma única maneira. Todas as pessoas são declaradas justas da mesma maneira, seja Judeu ou Gentio, rico ou pobre etc.Talvez alguém diga: então para que serve a Lei do Antigo Testamento se não somos salvos por guardá-la”?

 

31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.

 

Isso é, a lei é simplesmente colocado no seu devido lugar. É a lei que nos aponta para Jesus, Aquele que obedece a lei perfeitamente, Aquele que disse em Mateus 5:17: Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir”. A lei nos direciona para Jesus. Nós lemos a Lei do Antigo Testamento com todos os seus mandamentos morais, leis como os 10 Mandamentos e nós dizemos: “Eu não consigo obedecer essas leis como eu deveria. O que eu vou fazer”? Isso é, “Eu estou tentando escrever todas as minhas boas obras em um cartão, mas não está ficando muito bom”. “Como é que algum dia eu vou ser capaz de me apresentar diante de Deus”?O Profeta Isaías parece nos conhecer muito bem, porque ele disse que todas as nossas justiças são como “trapo de imundícia”, parece que ele está falando diretamente conosco (Isaías 64:6). Como é que algum dia eu vou ser capaz de estar diante de Deus? E a resposta é: A partir da Lei, olhe para Jesus para quem a lei está apontando”.

 

. Fiquem de pé para oração.

 

Imagine que você tem um tumor crescendo dentro de você. Você foi ao médico e ele te disse para fazer alguns exames e ele se volta para você e diz: “Eu receio que tenha más notícias. É difícil para eu dizer isso. Trata-se de um câncer que podemos tratar. Podemos retirá-lo em tempo. Nós vamos conseguir e você vai ficar bem.” Você consideraria isso uma boa notícia? Com certeza! Vejam que a Bíblia primeiro nos dá a má notícia. Ela diz a todos nós que nós temos um problema e esse problema é o pecado. Mas foi tomada uma providência para nosso tratamento. Podemos ser curados e a cura é o Senhor Jesus Cristo. Podemos ser curados hoje se agirmos rapidamente, enquanto há tempo. Curvem suas cabeças comigo enquanto oramos.