Forte na Fé, Glorificando a Deus

Forte na Fé, Glorificando a Deus

“Forte na Fé, Glorificando a Deus”

(Romanos 4:1-25)

Série: Sem Culpa!

Rev. Todda A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, KY

(07-06-09) (Manhã)

 

. Peguem a Palavra de Deus e abram em Romanos, capítulo 4.

 

Nós estamos caminhando, versículo por versículo, pelo poderoso livro de Romanos. Nossa série de mensagens tem o título “Sem Culpa”, sobretudo porque muito desse livro nos fala sobre como nós podemos nos apresentar diante de Deus livres da culpa e da condenação.

 

Antes de lermos o capítulo 4, nós precisamos nos lembrar do ensinamento da Bíblia no capítulo 3. O Apóstolo Paulo acabou de falar sobre como os Crentes são “justificados gratuitamente pela graça de Deus” através da fé em Cristo. Essa é a doutrina da justificação: que Deus declara justos os crentes, os declara “sem culpa” de pecado por causa do que Cristo fez no lugar deles.

 

O fato de podermos nos apresentar de forma adequada diante de Deus não acontece por causa das nossas obras de justiça, nossas boas obras e tudo mais. Paulo prossegue para ilustrar essa verdade indo para o Antigo Testamento.

 

. Fiquem de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

 

1 Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?

2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

. Orar.

 

Introdução:

 

Quando eu estudei jornalismo na Universidade do Estado da Geórgia, eu tive uma matéria introdutória que buscar ensinar que você deve falar o máximo que puder na menor quantidade de palavras possível. Isso fundamentalmente é o no que se constitui o jornalismo: dizer o máximo que puder, na menor quantidade de palavras possível. Isso é importante porque há muita coisa a ser impressa no jornal e a chave do negócio era colocar o máximo de histórias e o máximo de anúncios possível. E então nos eram dadas longas manchetes que nós tínhamos que reduzir à menor quantidade de palavras possível; e depois nos eram dadas as histórias, e nós tínhamos que fazer o mesmo. Frequentemente eu me lembro daquela sensação enquanto eu preparo os sermões baseados nas cartas de Paulo. Ele nos fornece tanta coisa, e é um enorme desafio ensinar e aplicar o que ele diz em poucas palavras.

 

Eu quero dar a vocês dois princípios dominantes sobre fé que eu espero que vocês se lembrem lá do capítulo 4. Todo o capítulo fala sobre nós sermos justificados pela fé. A mensagem tem o título: “Forte na fé, glorificando a Deus”. Como nós glorificamos a Deus – dando valor a Deus – através da fé? Primeiro, nós glorificamos a Deus quando nós compreendemos:

 

I.  Aceitação não é baseada na Performance

 

1 Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?

 

Abraão foi o pai fundador da nação Judaica. Paulo diz: “O que Abraão alcançou segundo a carne”, isso é, de acordo com essa questão”. Como ficou Abraão? Ele foi justificado – declarado justo –pelas suas obras ou pela sua fé?

 

2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.

 

Agora lembrem-se de que a palavra “justificado” significa “declarado justo”. Justificado significa “declarado justo”. Igreja, o que justificado significa? Declarado justo.Versículo 2 novamente: “Porque se Abraão foi justificado, o que significa declarado justo. Se Abraão foi declarado justo pelas obras, ele tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.”

 

3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

 

Essa é uma referência a Gênesis 15:6, a primeira vez que a justificação pela fé é claramente afirmada na Bíblia. Em Gênesis 15, o Senhor aparece a Abraão em uma visão. O Senhor levou Abraão pra fora e disse-lhe para olhar para as estrelas do céu e contá-las. Então o Senhor diz: “Essas estrelas representam quantos descendentes eu te darei.” Então, a Bíblia diz: “Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi imputado por justiça.” Ou seja, o Senhor declarou Abraão justo pela fé. Assim, Paulo ilustra a justificação pela fé em Abraão, bem lá atrás em Gênesis 15. A aceitação de Abraão não foi baseada em performance. Foi baseada na fé.

 

4 Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.

 

Se nós somos justificados ou declarados justos por nossas obras, por fazermos boas obras ou por sermos boas pessoas, então não há graça. Ao contrário, diz Paulo, aquele para o qual nós trabalhamos está em dívida conosco e precisa nos recompensar pelo que nós temos feito. Se você trabalhar 40 horas para uma empresa, então seu empregador está em dívida com você e você pode até exigir que ele te pague porque ele te deve. Paulo diz: “Nós não somos justificados dessa maneira. Nós não somos salvos dessa maneira. Deus não deve nada a homem algum.”

 

5 Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.

 

Justificação, ser declarado justo, não advém do fato de fazermos boas obras ou sermos boas pessoas. Aceitação não é baseada em performance. Justificação vem pela fé, por crer Nele – o Senhor – que justifica o ímpio. Paulo diz: “sua fé lhe é imputada como justiça.” Ou seja, através da crença, através da fé no Senhor, o Senhor – como um contador – credita ao crente justiça. Então Paulo diz: “Deixe-me dar outro exemplo do Antigo Testamento.”

 

6 Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:

7 Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos.

8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.

 

Paulo usa o Rei Davi como outro exemplo de um homem que foi justificado – declarado justo – pela sua fé. Ele usa Davi para ilustrar: a bem-aventurança do homem a quem Deus imputa” ou atribui “justiça sem as obras”. A referência de Paulo é o Salmo 32. Os Versículos 7-8 aqui em Romanos 4 são do Salmo 32. Esse é Davi, como um crente, um homem que pecou, clamando: “Bem-aventurados são aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são encobertos.” Cobertos pelo que? Cobertos pela justiça do Senhor. “Bem-aventurado é o homem a quem o Senhor não imputa” ou credita, ou leva em conta , ou atribui “pecado”.

 

Paulo está ensinando que essa idéia de ser declarado justo por Deus não é um ensinamento novo. Ela é encontrada no Antigo Testamento. Tanto Abraão como Davi foram justificados – declarados justos – não pelas obras – fazendo boas obras, sendo boas pessoas – mas pela fé. Eles foram salvos da mesma forma que as pessoas no Novo Testamento são salvas: pela graça através da fé.

 

9 Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.

10 Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.

 

Essa bem-aventurança da justificação – e nós poderíamos acrescentar, salvação e todas as bênçãos de estarmos corretos diante de Deus – essa bem-aventurança não vem apenas sobre o circunciso (o Judeu), mas também sobre o incircunciso (o Gentio). Paulo pergunta: “Quando Abraão foi justificado com justificação? Quando ele foi declarado justo? Foi antes ou depois de ser circuncidado?” E a resposta é antes. Em outras palavras, a “obra” da circuncisão, ou a “boa obra” da circuncisão não foi a base da salvação de Abraão. O selo da circuncisão veio depois que Abraão creu. Foi um sinal externo de uma crença e confiança interna no Senhor. Por quê? Porque a aceitação não é baseada em performance.

 

Gênesis 15 é onde lemos que Abraão foi salvo pela graça através da fé. Ele creu em Deus e isso foi lhe foi imputado por justiça. Gênesis 17 é onde nós lemos sobre a circuncisão. Capítulo 17, ocorre em algum momento entre 15 e 30 anos depois do capítulo 15. Isso é, Abraão foi salvo, foi justificado, lá no capítulo 15, antes da obra, da boa obra, da circuncisão. Esse é o argumento de Paulo.

 

11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada;

12 E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão.

 

Abraão foi circuncidado como um sinal, ou símbolo, ou selo, da justiça que vem pela fé. Ele foi salvo primeiro. Ele primeiro foi declarado justo. A circuncisão foi um sinal exterior posterior ou um símbolo de uma mudança interior prévia, assim como o batismo é um sinal exterior posterior de uma mudança interior que aconteceu previamente. A circuncisão não torna uma pessoa justa e nem o batismo. Nós primeiro somos salvos e depois batizados. Paulo prossegue para ensinar que Abraão é o pai não somente dos Judeus, mas de todo aquele que crê, todos os crentes incluindo nós.

 

13 Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

14 Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.

 

O argumento de Paulo é que esta salvação, incluindo justificação –ser declarado justo – não vem pelas obras, não pelas boas obras, mas pela fé. Nós não somos salvos por obedecermos à lei, os mandamentos morais da Escritura. Se Abraão tivesse sido salvo dessa maneira, Deus não o teria creditado justo pela fé. E então Paulo diz no versículo 15 que a lei traz a ira; porque onde não há lei não há transgressão. Quando nós tentamos guardar a lei, nós descobrimos o quanto nós frequentemente a violamos. Ela nos pune. É quase como se ele estivesse dizendo que a única forma de evitar a lei é não ter lei para violar. E o argumento todo é que nossa aceitação não é baseada em performance. Não somos salvos sendo boas pessoas ou fazendo boas obras.

 

16 Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (não judeus)

17 Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.

 

Abraão é o pai de todos nós na presença Dele em quem ele creu. Ou seja, aos olhos de Deus, Abraão é não somente o pai dos Judeus, mas pai dos Gentios também. Nossa fé é no Deus que pode fazer qualquer coisa, inclusive dar vida aos mortos e chamar a existência coisas que não existem, coisas como “muitas nações” que não existiam nos dias de Abraão, mas existem hoje.

 

Aceitação não é baseada em desempenho. Há duas formas cruciais para nós compreendermos isso. Nós precisamos compreendê-las no que se refere a se tornar um crente e viver como um crente. O que quero dizer com isso? Primeiro, vamos falar sobre o princípio pelo qual a aceitação não é baseada na performance  aplicável ao se tornar um crente.

 

Nós não podemos ganhar a aprovação de Deus, ou ganhar uma boa impressão perante Deus baseados em nossa performance. Esse é um dos argumentos primordiais de Paulo aqui nesta passagem. Mesmo Abraão, o pai dos Judeus, precisou ser justificado, precisou ser declarado justo. Mesmo Abraão e Davi precisaram crer, versículo 5, no Deus que “justifica o ímpio”. Abraão e Davi eram igualmente ímpios diante de Deus. Essa foi uma afirmação chocante para os ouvidos dos Judeus. Talvez choque alguns de nós hoje pensarmos em todas as pessoas em todos os lugares como sendo igualmente ímpias. Há duas categorias de pessoas: Justos e não justos. Há aqueles que são seguidores do Senhor e aqueles que não são. É isso.

 

Algumas vezes nós olhamos para essa ou aquela pessoa e nós comparamos tal pessoa com outra e nós dizemos: “Esse cara realmente, realmente, realmente precisa de Jesus.” No momento em que dizemos isso, nós traímos nossa crença verdadeira com relação à justiça. Quando nós dizemos: “Essa pessoa realmente, realmente precisa ser salva” o que estamos dizendo é que nós acreditamos que há pessoas que são “mais justas” do que outras. Há alguns que precisam de Jesus só um pouco e alguns que precisam dEle bastante. Nós precisamos nos lembrar diariamente do que Paulo está ensinando aqui nesses capítulos iniciais de Romanos. Não há um justo, nenhum um (3:10).” Somos todos não justos e igualmente precisamos da salvação. Não importa se roubamos dos outros, mentimos, enganamos e usamos metanfetaminas ou se  nós somos encantadores, atenciosos e doamos milhares de dólares para caridade. Somos igualmente ímpios e precisamos de justificação. Aceitação não é baseada em performance.

 

Isso é verdade não apenas com relação a se tornar um Crente, mas com relação a viver como um Crente. O princípio pelo qual nossa aceitação não é baseada em performance é verdadeiro todos os dias da nossa vida Cristã. Deixe-me dizer isso novamente. Nossa aceitação por Deus não é baseada em nossa performance ao vivermos a vida Cristã. É aqui que muitos que se dizem Crentes, e muitos Batistas, perdem a alegria da salvação.

 

Justificação é uma realidade presente na vida Cristã. Nossa aceitação por Deus não é baseada em nossa performance, incluindo nossa contribuição mais recente para o Reino – seja ela um dízimo ou o fato de compartilharmos o Evangelho com alguém, ou uma visita a um encarcerado, ou ensinarmos em uma sala de EBD ou coisa do tipo. Nossa aceitação por Deus nunca é baseada no dever, no que fazemos como Crentes.

 

Os crentes que estão indo para o Brasil hoje para fazer trabalho missionário não são “mais aceitáveis” para Deus do que os crentes que vão ficar. Os crentes que ensinam na EBF esta semana não são “mais aceitáveis” para Deus do que os crentes que não vão participar. Por quê? Porque aceitação não é baseada no que nós fazemos, mas no que Cristo fez por nós.

 

Semelhantemente, nossa aceitação não é baseada no nosso erro mais recente. Um crente peca e sente como se tivesse perdido a sensação de ser aceito aos olhos de Deus. Não, Jesus pagou por completo todo pecado que você cometeu e vai cometer. Quando você peca, você confessa aquele pecado a Deus e se arrepende dele, mas saiba que sua aceitação diante dEle não se baseia na sua performance, mas sempre e para sempre na performance de Cristo no seu lugar.

 

Quando você peca, Deus para sempre te vê “em Cristo”. Sua fé em Jesus Cristo é a base da sua aceitação diante de Deus. É como se Deus para sempre dissesse de Cristo: “Este é o Meu Filho amado, em quem Eu Me comprazo” e quando Ele diz isso, Ele te vê junto com Seu Filho. Deus te inclui nessa afirmação! Aceitação não é baseada em performance.

 

Paulo mais adiante amplifica essa fé de Abraão. A partir do versículo 18 e seguintes nós vemos que fé não é somente importante do ponto de vista da justificação, mas fé é importante em nossa vida diária. O princípio mais importante aqui é que a fé fica mais forte quando o conhecimento aumenta.

 

II.  A Fé fica mais forte quando o Conhecimento aumenta

 

18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.

 

Abraão creu em Deus, Abraão teve fé em Deus, apesar das circunstâncias contrárias. ”em esperança, creu contra a esperança”. Essa idéia dele se tornar o pai de muitas nações era praticamente sem esperança.

 

19 E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.

 

Vejam, essa coisa não fazia o menor sentido. Como poderia Abraão se tornar o pai de muitas nações quando, primeiro de tudo, ele não tinha filho algum? E não apenas isso, mas ele tinha 99 anos de idade naquela época! Isso é, ele tinha 99 e sua mulher tinha 90. Imagine o dia seguinte quando ele conta isso para os colegas dele: “Eu vou ter tantos filhos quanto as estrelas no céu!” Eles riram. Pode apostar! Você já se olhou no espelho ultimamente?! Você e sua mulher já passaram da idade de procriar. Mas Abraão creu em Deus.

 

20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus,

21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.

22 Assim isso lhe foi também imputado como justiça.

 

Abraão não titubeou diante da promessa de Deus. Isso não quer dizer que Abraão num primeiro momento não ficou imaginando como tudo iria acontecer. Em Gênesis 17, quando Deus renova essa promessa, a Bíblia diz que Abraão caiu com seu rosto no chão e riu e disse em seu coração: “Eu já estou com quase 100 e minha esposa tem 90 – como é que pode?!” Fé não significa que nós não paramos para nos maravilhar diante do que é milagroso. Fé significa que, no final, nós descansamos completamente no Deus que pode fazer qualquer coisa.

 

Foi isso que Abraão fez. Ele conhecia os obstáculos, mas ele submeteu o seu conhecimento dos obstáculos ao conhecimento de Deus. Assim, ele creu, versículo 21: “que o que Ele tinha prometido era poderoso para o fazer.” E assim “isso lhe foi imputado como justiça”.

 

Alguns de vocês estão passando por momentos difíceis. Tudo que você vê são os obstáculos. Pegue o seu conhecimento dos obstáculos e submeta-os ao seu conhecimento de Deus.

 

23 Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta,

24 Mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;

25 O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.

 

Assim nós também podemos receber a mesma justificação tendo o mesmo tipo de fé que Abraão teve. Se nós crermos em Deus, então Deus vai creditar justiça para nós. Nós cremos que Deus ressuscitou Cristo da morte e nós seremos justificados. Nós precisamos crer que Jesus “foi entregue por causa das nossas ofensas”. Ou seja, Ele morreu pelos nossos pecados. E então nós precisamos crer que Jesus “ressuscitou para nossa justificação”. Ele ressuscitou da morte para que nós possamos ser declarados justos, declarados “Sem culpa”. Vocês podem ver que a ressurreição corporal de Cristo é absolutamente essencial. Nós não podemos ser declarados justos sem a ressurreição.

 

Esse segundo princípio é que a fé fica mais forte quando o conhecimento aumenta. Versículos 20-21 dizem que Abraão “não duvidou da promessa de Deus com descrença, mas foi fortalecido na fé, dando glória a Deus. “Abraão deu glória a Deus”. Abraão deu glória a Deus – ele deu importância a Deus, à grandeza de Deus – como? Sendo forte na fé. E como Abraão foi forte na fé? Versículo 21: “E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.”

 

Abraão foi forte na fé porque ele estava “certíssimo” com relação ao caráter de Deus. Isso sugere uma reflexão sobre o assunto, uma verificação das possibilidades, uma reflexão sobre o caráter e natureza, e atributos de Deus. Depois de pensar acerca do que ele sabia sobre Deus, Abraão aplicou aquele conhecimento e estava tão “certíssimo” de que Deus era capaz de cumprir Sua promessa de fazer esse homem de 99 anos e sua esposa de 90 anos pais orgulhosos de uma multidão de nações.

 

Como nós precisamos compreender isso! Você quer ser forte na fé? Quantos de vocês querem ser fortes na fé? Quantos de vocês querem ser conhecidos como pessoas de grande fé? Nós temos a idéia errada do que seja ser forte na fé, ou grande na fé. Nós achamos que isso significa se arquear, fechando os olhos, ranger os dentes e dizer: “Eu vou ser forte na fé, ainda que isso me mate!” Não é assim que se faz.

 

Nos tornamos fortes na fé, glorificando assim o Senhor, dando o devido valor à grandeza de Deus, conhecendo a Deus e aplicando o que sabemos.

 

O centurião que procurou Jesus pedindo que Ele curasse Seu servo simplesmente disse: “O Senhor não precisa ir e fazer nada. Apenas diga uma palavra e ele será curado.” Em resposta, Jesus disse: “Nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. (Lucas 7:1-9)”.O centurião não tentou reunir toda a sua fé. Ele simplesmente pegou o conhecimento que ele tinha sobre Jesus e pôs em prática.

 

Quanto mais sabemos sobre o Senhor, e aplicamos o que sabemos, maior será nossa fé. Por isso é tão importante aprender regularmente sobre Deus na escola dominical, no culto, na leitura diária da Bíblia e assim por diante. Não fazemos essas coisas simplesmente por fazer, como escravos obrigados, fazendo o que “é esperado que façamos”. Nós fazemos essas coisas porque é fazendo que nós aprendemos sobre esse Deus. E quanto mais aprendemos sobre Ele, maior será nossa fé. Mas precisamos por em prática o que nós aprendemos.

 

No barco, os discípulos falharam ao aplicar o que eles sabiam sobre Jesus. Quando a tempestade piorou, eles acordaram Jesus e Ele disse: “Onde está vossa fé?” Vocês não sabem quem sou Eu? Você quer ter uma fé grande? Você quer ter a fé de Abraão. Você pode. Ela vem quando se conhece a Deus. Você precisa conhecê-Lo, aprender Dele, crescer no seu entendimento sobre Ele, e então por em prática todo aquele conhecimento à sua situação. Não pense que sua fé é demais. Pense que seu Deus é demais. A Fé fica mais forte quando o conhecimento aumenta.

 

. Fiquem de pé para oração.