Direto do Coração

Direto do Coração

Lucas 6:43-45

Direto do Coração”

(Lucas 6:43-45)

Série: Certeza em Tempos Incertos

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson KY

(26-9-10)

  • Peguem suas Bíblias e abram em Lucas, capítulo 6.

Estamos pregando, versículo a versículo, através do Evangelho de Lucas e estamos em uma seção muito prática do Evangelho de Lucas, uma seção conhecida como o “Sermão da Planície”, chamada assim porque Jesus está pregando esse sermão no mesmo nível onde estão centenas de pessoas reunidas para ouvi-lO. O sermão é pregado primeiramente àqueles que são seguidores de Jesus Cristo e então nós mesmos encontramos quase que aplicação imediata como seguidores de Cristo.

Então ouvimos Jesus dizer que Cristãos têm que amar seus inimigos, dar àqueles que nos pedem, ser misericordiosos, apenas conforme nosso Pai celestial é misericordioso, “Não julgar”, “Não condenar” e ser perdoador. E a única forma dos Cristãos fazerem qualquer uma dessas coisas consistentemente, é ter um coração transformado. Quando Deus transforma nosso coração, nosso ser interior, pelo poder do Evangelho, nós então estamos em posição de fazer essas coisas: não ser julgador, amar nossos inimigos e perdoar. E isso é essencialmente o que Jesus diz nos poucos versículos que são o assunto de nosso texto esta manhã.

Suas Bíblias estão abertas? Vejam os versículos 43-45. Vamos ler esses versículos, mas quero que você veja o contexto deles. Tudo que precede esses versículos no Sermão da Planície, especialmente começando no versículo 27 em diante, todas as coisas que Jesus diz lá sobre amar nossos inimigos, fazendo o bem àqueles que nos odeiam, dando, sendo misericordiosos, não sendo julgadores, não condenando os outros, perdoando os outros, removendo a viga de nossos olhos – todas essas coisas são possíveis de fazermos de maneira consistente, somente se tivermos nossos corações transformados, que é o que Jesus diz nos versículos 43-45. Certo? Todos pegaram isso? Eu não quero ler os versículos 43-45 até que entendamos sua conexão a tudo que os precede.

  • Fiquemos de Pé para a leitura da Palavra de Deus.

43 “Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom.

44 Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas.

45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração”.

  • Oremos.

Introdução:

Muitos de vocês sabem que nesse verão passado nossa família fez uma viagem à área da baia de São Francisco ao norte da Califórnia. Em um dia viajamos pela baia no lar de minha infância em Walnut Creek. Eu iniciei o jardim de infância lá e o ensino fundamental, e nos mudamos antes de eu completar 11 anos de idade e então, tenho todas essas lembranças e revivi um monte delas e mostrei coisas aos meus meninos que foram muito pacientes com o velho pai querido. Conforme caminhamos pela minha velha vizinhança, eu quis localizar uma certa romãzeira. Eu me lembro de mim e meus amigos pegando romãs daquela romãzeira e comendo aquelas coisas e ficando vermelho para todo lado. O suco ficava em minha roupa e minha mãe ficava furiosa comigo. Então caminhamos para o lugar onde eu lembrava que o arbusto ficava e fiquei satisfeito de ver que ainda estava lá. Não apenas ainda estava lá, mas tinha crescido como uma árvore de 3 metros! Na verdade tinha romãs nela e tive que apanhar uma em homenagem aos velhos tempos, mesmo que ela não estivesse bem madura. Mas me lembro apenas de ficar empolgado que, após 35 anos, aquele pequeno arbusto havia se tornado uma árvore e ainda estava produzindo frutos.

Agora Jesus ensina que Cristãos são um tanto parecidos com essa árvore de romã. Começamos pequenos, tendo crido no Evangelho, Deus transforma nossos corações e começamos a crescer e dar frutos. E continuamos a crescer, ano após ano, década após década, e continuamos produzindo mais frutos. Pessoas podem chegar e olhar para nós e “nos checar”, tanto quanto eu chequei aquela romãzeira, e elas podem ver evidência de vida e vitalidade. Pessoas podem ver o fruto de nossas vidas. Pessoas podem ver evidência de que somos Cristãos pelo modo como amamos nossos inimigos, por não sermos julgadores, pela maneira como somos misericordiosos com os outros e pelo modo como perdoamos os outros. Esse é o fruto de nossas vidas que indica que somos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.

Vamos olhar para esses versículos novamente com mais cuidado e ter certeza de que os entendemos corretamente, versículo 43:

43 Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom.

Uma outra maneira de dizer isso é, “Uma árvore é conhecida pelo fruto que produz.” Uma árvore é conhecida pelo fruto que ela produz. É o que Jesus diz no início do próximo versículo, versículo 44:

44 Toda árvore é reconhecida por seus frutos.

Isso é tão simples e direto que parece não ter sentido entrar em detalhe aqui. Eu quero dizer, todos entenderam isso, certo? Você vai a uma macieira e você encontra maçãs. Você vai a uma laranjeira e você encontra – o quê? Laranjas. Você não gosta quando as perguntas são fáceis?! Uma árvore é conhecida pelo fruto que ela produz. Então, mais uma vez no versículo 44:

44 Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas.

Muito bem, é isso que é tão legal nos ensinamentos de Jesus. Ele ensina uma coisa, mas você sabe que Ele está ensinando algo mais, certo? Quero dizer, você sabe que não é a preocupação principal de Jesus nos ensinar tudo sobre horticultura. Embora sejamos rápidos em acrescentar que enquanto a Bíblianão seja essencialmente um livro de ciência, o que ela ensina sobre ciência é verdadeiro porque Deus está por detrás de toda ciência. Deus criou o homem que observa o que o homem chama de ciência e toda verdade é a verdade de Deus onde quer que seja encontrada. Então não vamos permitir declarações impensadas que separam a Bíblia da ciência como se ambas fossem incompatíveis. Elas não são incompatíveis. A Bíblia e a ciência andam juntas perfeitamente.

Mas a preocupação principal de Jesus aqui não é ensinar sobre árvores frutíferas e espinheiros. Sua preocupação principal é ensinar sobre como somos parecidos com árvores frutíferas e espinheiros. Versículo 45:

45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração”.

Eu posso parafrasear isso? Versículo 45 ensina que “o que está dentro do homem sairá.” O que está dentro de uma pessoa vai sair. Qualquer que seja o caráter existente dentro de seu ser, eventualmente sairá pelas suas ações.

Adrian Rogers costumava dizer algo do tipo, “Se você quer ver do que é feito um homem, chacoalhe-o um pouco.” E o que ele quis dizer era que se você quisesse descobrir se um homem simpático é realmente simpático, apenas amarrote um pouco suas penas e veja o que acontece. Todos nós podemos agir como se fossemos simpáticos, bons e agradáveis por fora, mas é quem somos por dentro que produz fruto, mostrando às pessoas quem realmente somos. Assim, se você conhece um cara que fala sobre amor, misericórdia e paciência, como se ele tivesse tudo isso e alguém chega e bate na cara desse cara, ou rouba seu carro, ou o envergonha na frente dos outros, a maneira como esse homem reage determinará quem ele realmente é, porque sua resposta virá de dentro, direto do coração.

Quem nós somos por dentro determina o que fazemos por fora. Posso dizer isso novamente? Vale a pena escrever isso! “Quem somos por dentro determina o que fazemos por fora.”

Então deixe-me dar a vocês essas três coisas que precisamos esta semana. Primeiramente:

I. Cristãos são conhecidos pelo Fruto que Produzem

Se um homem diz que é seguidor de Jesus Cristo, esse homem irá produzir fruto e será bom fruto. Lembre-se do contexto! Se um homem ou uma mulher diz que são Cristãos, então eles darão evidência de sua Cristandade, amando seus inimigos, sendo misericordiosos com os outros, não sendo julgadores, não condenando os outros, perdoando os outros e removendo a trave de seus olhos. Cristãos são conhecidos pelo fruto que produzem. Se você é um Cristão, você irá amar seus inimigos. Você será misericordioso com os outros. Você irá perdoar.

A propósito, temos a confirmação aqui daquilo que dissemos inicialmente sobre a frase “Não Julgar” no versículo 27 é verdadeiro. Nós dissemos que a frase “Não Julgar” não significa o que tantas pessoas na cultura Americana de hoje querem dizer. Pessoas usam essa frase “Não Julgar” para excluir qualquer tipo de julgamento. Assim, algum pregador prega algo que não soa tão correto e alguém diz, “Bom, você não deveria julgar” ou alguém sai cambaleando de um bar, cheirando a álcool, senta atrás do volante de um carro e sai dirigindo. E outra pessoa assistindo a isso diz ao camarada que está próximo, “Bem, você sabe, você não deveria julgar.” Não é isso que “não julgar” significa. Conforme notamos anteriormente, quando Jesus diz “Não Julgar,” Ele não quer dizer que nunca faremos decisões baseadas no comportamento das pessoas. Ele apenas quer dizer que não devemos levantar nossos narizes diante dos outros como se fossemos melhores que eles, sendo julgadores. É diferente.

Mas é claro que temos de tomar decisões e fazer julgamento baseado no comportamento das pessoas. A razão pela qual vocês nomearam os homens que nomearam para servirem como diáconos é qual? – Porque vocês observaram seus comportamentos e fizeram um sério julgamento moral. Vocês leem a respeito dos primeiros diáconos em Atos 6 e então vocês leem sobre as qualificações dos diáconos em 1Timóteo 3 e vocês pensaram em homens cujo comportamento era consistente com aquelas qualificações e vocês os nomearam. Vocês fizeram um julgamento a respeito deles. Todos nós fazemos isso o tempo todo.

É por isso que Jesus diz “toda a árvore é conhecida pelo seu fruto.” Ele está dizendo, “Você pode determinar se uma pessoa é uma verdadeira seguidora de Cristo pela maneira como ela vive sua vida, pelo seu comportamento.”

Agora mais uma vez, contextualmente, isso significa que Cristãos irão amar seus inimigos, serão misericordiosos, irão perdoar e removerão a trave de seus olhos. Por que? Porque temos corações transformados.

Paulo diz em 2 Coríntios 5:17, “Se alguém está em Cristo, nova criatura é.” Quando recebemos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, Deus nos dá o Espírito Santo para habitar dentro de nós. E Paulo escreve em Gálatas 5 que quando temos o Espírito de Deus em nós, daremos o fruto do Espírito, fruto como “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.”

Então mais uma vez aqui está um lembrete de que não fazemos essas coisas, a fim de nos tornarmos Cristãos, mas fazemos essas coisas porque somos Cristãos. Não podemos ir para o céu por sermos bons porque nenhum de nós é perfeitamente bom. Então, não lemos o Sermão da Planície como condições que devem ser atingidas para sermos salvos. O padrão é a perfeição e nenhum de nós pode atingir o padrão perfeito. Quando falamos de Jesus morrendo na cruz por nós, devemos também lembrar que o Evangelho significa que Jesus viveu por nós. Ele viveu de acordo com o padrão perfeito. Ele nunca mentiu, Ele nunca deixou de perdoar, Ele sempre amou Seus inimigos. Ele foi perfeito. Se cremos em Jesus Cristo, então nós somos creditados com Sua perfeição. Assim, o Evangelho é que Jesus morreu para levar a punição que eu merecia por meu pecado, mas o Evangelho é também que Jesus viveu a vida perfeita que eu não poderia viver. É por isso que podemos cantar o coro do hino:

Vivendo, Ele me amou; morrendo, Ele me salvou;

Sepultado Ele levou meus pecados para longe;

Ressuscitando, Ele justificou por completo para sempre;

Um dia Ele voltará – O dia glorioso!

Mas novamente, “Vivendo, Ele me amou.” Jesus nos amou tanto que Ele viveu por nós a vida que não poderíamos viver por nós mesmos porque estávamos escravizados pelo pecado. Nós éramos escravos do pecado. Então Jesus vive e morre por nós para que possamos ser livres do pecado. E enquanto ainda não estamos perfeitos, agora temos a habilidade – o Espírito Santo em nós – para viver a vida que Deus quer que vivamos.

Assim, a razão de amarmos nossos inimigos, a razão de sermos misericordiosos, a razão de perdoarmos nosso cônjuge e nossas crianças, colega, o camarada que errou conosco no trabalho é porque nossos corações têm sido transformados pelo poder do Evangelho. Nós temos o Espírito Santo dentro de nós para viver a vida que Deus chamou os Cristãos para viver. Cristãos são conhecidos pelo fruto que eles produzem.

Por outro lado, se dizemos que somos Cristãos, mas não há fruto, então estamos nos enganando. JC Ryle diz, “Só existe um teste satisfatório do caráter religioso de um homem. Esse teste é sua conduta e conversa.” Ele acrescenta, “Que seja um princípio estabelecido…que quando um homem não produz fruto do Espírito, ele não tem o Espírito Santo dentro dele.

Cristãos são conhecidos pelo fruto que produzem. Em segundo lugar:

II. É Possível aos Cristãos dar Maus Frutos mas Não por muito Tempo

Porque não somos perfeitos, estaremos sujeitos ao erro de tempos em tempos. Escorregaremos em um pensamento pecaminoso, uma ação pecaminosa ou palavras pecaminosas.

São nesses momentos que precisamos nos lembrar de pregar o Evangelho a nós mesmos. Quando pecamos, imediatamente confessamos aquele pecado e vamos à cruz. Dizemos, “Deus, eu pequei. Obrigado por morrer por esse pecado que acabei de cometer, ou por esse pensamento pecaminoso, ou por essa palavra pecaminosa que acabei de falar. Me desculpe. Eu me arrependo. Me perdoe por ferir o Senhor e obrigado pela Sua graça e misericórdia, o Senhor já perdoou esse pecado através de Jesus Cristo meu Salvador. Eu Te amo Senhor, Amém.” E sentimos a alegria, o calor e a doce comunhão de nosso Pai celestial. Você percebe, o Evangelho não é só para o momento em que uma pessoa é salva, mas o Evangelho é para todo momento de todo o dia, conforme o Cristão ou a Cristã vive sua vida.

Então um Cristão pode dar mau fruto, mas ele não dará mau fruto por muito tempo porque o Espírito Santo irá convencê-lo de seu pecado e ele clamará a Deus e se arrependerá. Lembre-se, a evidência de que alguém é um Cristão, é revelada de um modo geral por produzir bom fruto.

Eu gosto de usar a figura de um gráfico. Se você puder imaginar um gráfico aqui nas minhas mãos, se esse ponto aqui representa o ponto no tempo quando recebi a Cristo e esse outro aqui o fim de minha vida, então o gráfico deveria parecer esta bela linha reta. A cada dia eu me torno mais parecido com Cristo, crescendo em minha santificação, até alcançar esse ponto aqui. É como deveria parecer, mas atualmente parece desse jeito (sobe, desce, sobe muito, cai muito, sobe, sobe). Assim, existem pontos onde posso cair (como o Rei Davi em seu pecado com Batseba e o assassinato do esposo dela, Urias), mas o padrão global é aquele que sobe.

Então se alguém diz que é um Cristão, mas não há padrão geral de crescimento, ele não é um Cristão. Por que? Porque “uma árvore é conhecida pelos frutos que produz,” porque, “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração,

Desse modo, é possível para um Cristão dar mau fruto, mas não por muito tempo. Quando ele faz algo que não deveria fazer ou diz algo que não deveria dizer, ele vai experimentar convicção do Espírito Santo dentro dele e ele se arrependerá.

Em seu comentário do Evangelho de Lucas, Ken Hughes fala sobre um homem que foi salvo pelo ministério de Martyn Lloyd-Jones. Eu acredito que li isso antes na biografia de Ian Murray’s sobre Lloyd-Jones. Hughes escreve sobre a conversão desse homem particularmente desbocado:

Seu discurso era tão blasfemo e obsceno que até os conhecidos mais durões ficaram doentes com ele, tanto que ele era quase sempre deixado sozinho. Depois de conhecer a Cristo, ele descobriu que não podia falar sem blasfemar. As palavras saiam antes mesmo que pudesse pensar. Ele estava adoecendo a si próprio pela obscenidade. Mas o livramento veio. Ele estava se vestindo para o trabalho e não conseguia encontrar suas meias. Instintivamente, ele gritou para sua esposa, “Eu não consigo encontrar as #*:°§? das minhas meias! Cadê as #*:°§? das meias?!” Conforme suas palavras ecoaram, a tristeza o apanhou, e ele se viu sobre sua cama e clamando alto, “Ó Senhor, limpa minha língua. Senhor, eu não posso pedir por um par de meias sem blasfemar. Por favor, tenha misericórdia de mim e me dê uma língua limpa.” Deitado lá, ele sabia que algo tinha acontecido. A partir daquele dia, nenhuma palavra imunda ou blasfema saiu de seus lábios.

Então sim, é possível para um Cristão dar mau fruto, mas não por muito tempo. Ele será tão convencido pelo Espírito Santo que ele clamará como Davi clamou no Salmo 51, “Deus tenha misericórdia de mim, um pecador! Cria em mim um coração puro!”

Então o que aprendemos? Cristãos são conhecidos pelo fruto que produzem e é possível para um Cristão dar mau fruto, mas não por muito tempo. Em terceiro lugar:

III. O fruto mais Óbvio que um Cristão pode dar é um Bom Falar

Versículo 45 novamente:

45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração.

O que está dentro do homem, o que está em seu coração, sairá e sairá através de seu falar. Deixe-me dizer isso novamente, o que está dentro do homem sairá no que ele fala.

Esse ensinamento não é apenas sobre não falar coisas más, embora seja. Também é importante para nós considerarmos com o que gastamos a maior parte de nosso tempo pensando, porque o que está em nossos corações sairá. Ralph Waldo Emerson disse, “Um homem é o que ele pensa durante o dia.” Isso é verdade. O que abunda no coração é o que sua boca fala.

Deixe-me dar um rápido exemplo. Dr Akin pregou uma poderosa mensagem na manhã do Domingo passado sobre alcançar as nações para Jesus Cristo. Foi poderoso e convincente. Eu acho que a maioria de nós sentiu isso enquanto ele estava pregando. Agora, por quanto tempo você se sentiu assim? Aquela mensagem entrou fundo em seu coração e permaneceu lá durante toda a semana? Você continuou pensando como gasta seu dinheiro e se mais poderia ser dado para missões mundiais? Você pensou sobre o que poderia fazer pessoalmente para alcançar as nações para Jesus Cristo? Por outro lado, poderíamos ouvir uma mensagem poderosa como essa, mas antes que o dia termine, teremos esquecido a maior parte disso e o tema de nossa conversa retorna para a última moda, filme, música ou comida porque é isso o que realmente está em nossos corações. Da abundância do coração fala a boca. Com o que você gasta a maior parte de seu tempo falando? Isso será muito parecido com o que você gasta a maior parte do seu tempo pensando.

Esse versículo também nos lembra a guardar nossas línguas e dizer apenas coisas que glorificam a Deus e edifica os outros. Falamos cerca de 16.000 palavras por dia. Alguns acham que as mulheres falam mais palavras que os homens.

Um marido lendo o jornal viu um estudo que dizia que as mulheres usam mais palavras que os homens. Ansioso em provar à sua esposa que estava certo o tempo todo ao acusá-la de falar demais, lhe mostrou os resultados do estudo. Lia-se, “Homens usam cerca de 15.000 palavras por dia, mas as mulheres usam 30.000.” A esposa pensou por um instante, e então finalmente disse a seu marido, “É porque nós temos que repetir tudo que dizemos.” Seu marido disse, “O que?”

A verdade é que é difícil encontrar estudos documentados que provam que as mulheres usam mais palavras que os homens. Há um estudo, contudo, que documenta o fato de que homens e mulheres, ambos usam 16.000 palavras por dia. Dado este fato, nós devemos refrear nossas línguas. Alguém disse, “Uma língua de sete centímetros pode matar uma pessoa de 1,80m de altura.”

Em Colossenses 4:6, Paulo diz, “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.”

Em Tiago 1:26, Tiago diz, “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!”

Em Provérbios 6: 16-19Salomão lista seis coisas que o Senhor odeia e uma delas é “aquele que provoca discórdia entre irmãos.” Quero que você se lembre disso na próxima vez que você estiver inclinado a dizer algo negativo sobre alguém da família desta igreja. O Senhor odeia aquele que semeia a discórdia entre os irmãos.

Lembre do provérbio de criança:

Se você guardar sua língua de escorregar, observe 5 coisas com cuidado: de quem você fala, a quem você fala, como, quando e onde fala.”

O pregador Gordon MacDonald fala de um tempo em que esteve no Japão em uma turnê com um amigo íntimo pessoal. Gordon diz, “Ele era um número de anos mais velho que eu. Enquanto caminhávamos pelas ruas de Yokohama, Japão, o nome de um amigo em comum veio a mente, e eu disse algo cruel sobre aquela pessoa. Foi algo sarcástico. Foi algo cínico. Foi de colocar a pessoa para baixo. Meu velho amigo parou, se virou, e me encarou até que seu rosto ficasse bem de frente ao meu. Com profundas, lentas palavras ele disse, ‘Gordon, um homem que diz que ama a Deus não diria algo desse tipo de um amigo.’

Gordon disse, “Ele poderia ter enfiado uma faca entre as minhas costelas, e a dor não teria sido menor. Ele fez o que um profeta faz. Mas sabe de uma coisa? Por dez mil vezes nos últimos vinte anos, eu tenho sido salvo de me fazer de idiota. Quando tenho sido tentado a dizer algo cruel sobre um irmão ou irmã, ouço a voz de meu amigo dizer, “Gordon, um homem que diz amar a Deus não falaria desse modo de um amigo.” [Gordon MacDonald, no sermão “Sentindo como Deus Sente,” áudio da Pregação de Hoje (#196)]

  • Fiquemos de Pé para orarmos.