Olhos Abertos para Ver a Cristo

Olhos Abertos para Ver a Cristo

“Olhos Abertos para Ver a Cristo”
(Lucas 24:13-35)
Série: Certeza em Tempos Incertos
Rev. Todd A. Linn, PhD
Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson
Peguem suas Bíblias e juntem-se a mim em Lucas, Capítulo 24 (Pg 712: YouVersion).
Nós temos caminhado, verso a verso, através do Evangelho de Lucas e estamos na reta final. Apenas mais duas mensagens em Lucas e completaremos nossa série intitulada, “Certeza em Tempos Incertos.”
Na semana passada vimos os primeiros doze versos do Capítulo 24 e nós lemos a respeito da sepultura vazia e estudamos a doutrina da ressurreição. O que temos na passagem de hoje é a primeira aparição real de Cristo no Evangelho de Lucas. E eu tenho que dizer, eu simplesmente amo esse relato da ressurreição em particular! Essa passagem sobre como Jesus encontra dois camaradas caminhando na estrada de Emaús é a minha aparição pós-ressurreição de Cristo favorita. Eu vou ler apenas os primeiros versos para começar e então vamos orar e pedir a Deus por ajuda para entendermos corretamente Sua Palavra.
Fiquemos de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

13 E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.
14 E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.
15 E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles.
16 Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
Oração.
Introdução:
Tenho dito frequentemente que a Bíblia é um “Livro dEle,” é um livro a respeito dEle. Verdadeiramente, todos os 66 livros da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, a Bíblia aponta para Jesus Cristo. Na verdade, uma das considerações mais interessantes da Bíblia é o surpreendente senso de unidade a despeito do fato de existirem tantos diferentes autores.
Pense nisso: a Bíblia contém uma soma total de 66 livros de Gênesis a Apocalipse. A Bíblia foi redigida por mais de 40 autores diferentes por um período de 1.500 anos em três línguas diferentes de origens e locais muito diferentes.
E enquanto a Bíblia cobre uma gama enorme de temas e tópicos, um tema e propósito maior percorre todo o corpo da Escritura: a necessidade do homem de se reconciliar com Deus e como essa necessidade é suprida em Jesus Cristo. Isso às vezes é chamado de, “o fio escarlate da redenção” que está tecido através das páginas da Escritura. A Bíblia é um “Livro dEle,” é sobre Ele.
Essa verdade está ilustrada em nosso texto nesta manhã. Vamos apenas caminhar através dessa passagem e seguir os passos desses dois camaradas que estão seguindo pela estrada. Eu arrumei o assunto sob três títulos descritivos: mistificação, explicação e celebração. Vamos olhar o primeiro:
I. Mistificação (13-24)
Aprendemos um pouco mais tarde que esses dois camaradas caminhando pela Estrada estão completamente mistificados. Eles estão desnorteados, perplexos, tristes e confusos. Eles estão caminhando pela Estrada que sai de Jerusalém e vai à Emaús, cerca de 11 km de viagem. E conforme estão caminhando Lucas nos conta no verso 14 que, “E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.”
Isto é, eles estavam falando a respeito da crucificação de Cristo e, a saber, o que eles haviam aprendido conforme registrado nos versos anteriores: a sepultura de Cristo está vazia e eles não podiam se quer imaginar o que estava acontecendo. Eles eram seguidores de Cristo, mas não podia fazer sentido para eles o aparente fim trágico da vida de seu Messias e que raios essa sepultura vazia supostamente significava.
Agora eu amo o verso 15. Vamos olhar novamente:
15 E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles.
Você não adora isso?! Eles estão caminhando pela estrada e conversando e então o Próprio Jesus aparece de trás e Ele se junta aos dois na conversa. Eles O reconheceram? Não. Mas perceba que Lucas não diz, “Eles não O reconheceram.” O que Lucas escreve no verso 16 é:
16 Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
Em outras palavras, os dois homens não reconheceram a Cristo porque Deus havia contido seus olhos. A gramática é um passivo divino. Eles não fizeram isso. Eles são passivos aqui. Deus impediu os homens de reconhecerem a Cristo.
Isso me lembra do grande evento histórico em 2 Reis onde os rei da Síria estava guerreando contra Israel e o rei envia caras maus para tentar matar o Profeta Eliseu. Os caras maus cercam a cidade onde Eliseu e seu servo estavam. O servo de Eliseu levanta pela manhã e vê o inimigo por toda parte e ele pensa, “O que nós vamos fazer agora?!” E a Bíblia diz que Eliseu responde, “16 Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 17 E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. (2 Reis 6:16-17).”
Percebe, se alguma vez vemos a Cristo por Quem Ele é, é porque Deus abre nossos olhos para vê-lO. É por isso que dizemos que a salvação é pela graça, pela graça maravihosa de Deus. Porque estou morto em transgressões e pecados (Efésios 2:1) e preciso que meus olhos sejam abertos para ver a Cristo. Assim, o Cristão louva, “Uma vez estive perdido, mas agora fui encontrado, fui cego, mas agora vejo.” Deus abriu meus olhos para ver a Cristo! Maravilhosa graça.
Você pode estar próximo a Cristo e não reconhecê-lO. Quando eu era jovem, me lembro de frequentar a escola Dominical, a igreja e estar próximo a Cristo, mas nunca O reconheci. Eu realmente nunca O vi por Quem Ele é. Meus olhos não tinham sido abertos.
Agora nessa passagem, nós podemos raciocinar corretamente que Cristo está impedindo que esses dois camaradas O reconheçam, de forma que Ele tivesse uma oportunidade única de ensiná-los e explicá-los a necessidade de Sua morte e ressurreição e que Ele pudesse mostrar-lhes como Sua morte e ressurreição era o cumprimento da Escritura do Velho Testamento.
17 E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes?
Podemos perceber, apenas como um adendo, que caminhar pela estrada, tendo uma conversa espiritual era considerado uma coisa normal e boa. Se juntar a uma conversa como alguém estranho que estava passando, também era considerado socialmente aceitável. E ainda mais nas áreas rurais onde as pessoas caminhavam mais do que dirigiam, ainda é comum para as pessoas caminhar ao longo da estrada e se juntar na conversa com os outros.
Estou mais impressionado pelo conteúdo da conversa. Quantas conversas nós temos com amigos e conhecidos que são de natureza espiritual?
Deus diz em Deuteronômio 6:6-7, que devemos ter conversas espirituais com nossos familiares o tempo todo. Ele escreve, “6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.”
Alguns acham mais fácil conversar sobre qualquer coisa, mas não sobre coisas espirituais: tempo, esportes, trabalho, entretenimento. Jesus disse com razão em Mateus 12:34, “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.”
As coisas que você ama e estima mais, serão as coisas das quais você mais irá falar. Pense nisso na próxima vez que você iniciar uma conversa em seu trabalho, sala de aula, salão de beleza, barbeiro.
Então Jesus diz, “Do que vocês estão falando?” Ele já sabia? É claro que sim. Ele sabe de todas as coisas. Mas Ele pergunta de forma a extrair o entendimento deles a respeito dos eventos que cercavam a morte do Messias para que Ele pudesse explicar-lhes o que estava acontecendo. Assim, Ele pergunta, “Por que vocês estão tristes? Do que estão falando?”
18 E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias?
Esse camarada Cléopas está como quem diz, “O que?! Você não sabe o que aconteceu?! Todo mundo sabe sobre a morte de Cristo.” À propósito, essa declaração afirma a historicidade da crucificação e ressurreição, ilustrando a aceitação generalizada do fato de um Cristo crucificado 2.000 anos atrás e todas as circunstâncias em torno de Sua morte: “És tu só peregrino em Jerusalém?!” o mesmo que dizer: “Todo mundo sabe sobre isso!”
19 E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
20 E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram.
21 E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
22 É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro;
23 E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.
24 E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram.
Isso explica a mistificação deles. Veja a resposta imediata de Jesus no verso 25, “E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” Assim nos movemos da mistificação para a explicação conforme Jesus explica-lhes que tudo o que está acontecendo está predito nas Escrituras.
II. Explicação (25-27)
Veja novamente o verso 25:
25 E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Paráfrase: Vocês não conhecem a Bíblia? Vocês não conhecem as Escrituras do Velho Testamento? Verso 26:
26 Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
Em outras palavras: a prisão, morte, crucificação e ressurreição tudo faz parte do plano de Deus predito na Bíblia. Verso 27:
27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
Jesus “explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras.” Isto é, conforme eles caminhavam pela estrada, Jesus ensinou-lhes como a Bíblia aponta para Cristo. Ele ensinou-lhes como a Bíblia ensina a respeito do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Você não amaria ter estado lá nesse estudo bíblico?!
Explicação conduz à celebração no verso 28 e seguintes.

III. Celebração (28-35)
Eles estão prestes a ter seus olhos abertos.
28 E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe.
Jesus está aguardando por um convite para continuar a lição espiritual. E eles O convidam a prosseguir.
29 E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles.
Certo, então agora eles estão aparentemente em casa. E eles fazem o que a maioria de nós faz após uma longa jornada: eles decidem comer. E no verso 30:
30 E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o, e lho deu.
31 Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes.
Agora isso é muito legal, não é mesmo?! É como se Jesus no partir do pão e dando a eles, Deus abriu seus olhos. E quem sabe, talvez naquele momento em que seus olhos foram abertos, a primeira coisa que viram foi a marca dos pregos nas mãos de Cristo? Não sei, mas Deus abriu os olhos deles para verem a Cristo por Quem Ele é. E então tão rápido quanto seus olhos foram abertos, Jesus desaparece de suas vistas. Fim do estudo bíblico!
32 E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?
Imagine esses dois camaradas sentados à mesa! Um diz ao outro, “Para onde Ele foi?!” O outro responde, “Não sei, Ele simplesmente desapareceu!” Ei, seu coração queimou como o meu enquanto Ele estava explicando as Escrituras pra gente?” “Sim! O meu também.” E eles decidiram naquela mesma hora – em alegre celebração – decidiram voltar mais que depressa para Jerusalém a fim de compartilhar essas boas novas com os 11 discípulos. Verso 33:
33 E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles,
34 Os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão.
Eu simplesmente adoro o modo como tudo isso se revela! Esses dois camaradas saltam da mesa e correm 11 km de volta para Jerusalém para contar para todo mundo que viram o Cristo ressurreto. Eles mal podiam esperar! E eles provavelmente combinaram quem iria contar, quem iria compartilhar o que e – falando sobre alguém roubando sua ideia! – tão logo chegaram ao lugar onde estavam os 11, pararam na porta, tomaram fôlego, entraram, caminharam até a sala e antes que pudessem falar uma palavra, os 11 falaram primeiro: “É verdade!” Eles gritaram, “O Senhor ressuscitou de fato e apareceu a Simão!” E somente agora os dois homens puderam compartilhar sua estória, verso 35:
35 E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão.
Mistificação, Explicação, Celebração.
Deixe-me compartilhar com vocês duas ações necessárias à luz de nosso estudo. Primeiramente:
1) Nós Devemos Interpretar as Escrituras Corretamente
Há poder nas Escrituras interpretadas corretamente. Verso 27 diz que Jesus, “explicou para eles em todas as Escrituras as coisas concernentes a Si próprio.” Essa palavra “explicou” no original Grego é a palavra da qual temos hermenêutica, a questão da interpretação bíblica. Jesus interpretou corretamente as Escrituras.
É a mesma palavra que ocorre novamente no verso 32 onde os dois homens dizem, “Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” É a mesma palavra: Jesus interpretou corretamente, abriu, expôs as Escrituras.
As Escrituras abertas corretamente, interpretada corretamente, faz com que os corações peguem fogo, corações se inflamam com a verdade que muda vidas para a glória de Deus.
Essa é uma das razões de sermos comprometidos com a pregação expositiva aqui, verso a verso através dos livros da Bíblia. Nós tomamos a abordagem de Jesus que – verso 27 – “expôs para eles,” explicou-lhes “todas as Escrituras” o que dEle se achava.
Interpretação correta das Escrituras significa que nós explicamos. Explicamos ou expomos a verdade, a verdade em “todas as Escrituras,” verdade no contexto da Palavra na qual ela é encontrada. Não estamos interessados em uma abordagem tópica onde apresentamos algum tópico e então folheamos nossas Bíblias para encontrar versos que parecem sustentar o queremos dizer. Muito além disso, abrimos nossas Bíblias e pegamos uma passagem e expomos texto após texto, explicando o que está lá e extraindo a aplicação do texto. Isso faz com que os corações peguem fogo.
A Bíblia interpretada corretamente é como um espelho, revelando nossos pecados e apontando para a nossa necessidade de perdão em Cristo. É um pouco parecido com o camarada que está apertando a mão de seu pastor depois do culto da manhã. Ele olha firmemente para seu pastor antes de dizer, “Seus sermões são poderosos, pensativos, bem pesquisados. Eu sempre posso me ver neles e quero que você pare com isso.”
Sim, a Bíblia é um livro autorizado que frequentemente nos corta como uma faca (Hebreus 4:12), apontando o que precisa de correção em nossas vidas. Mas Deus usa amavelmente essa faca da maneira que um cirurgião usa cuidadosamente um bisturi, trazendo cura necessária para nossas almas.
Devemos interpretar corretamente as Escrituras. Em segundo lugar:
2) Nós Devemos Identificar o Filho Corretamente
Como muitos hoje, os dois homens a caminho da vila de Emaús tinham a ideia errada de Jesus. Eles haviam incorretamente “O identificado.”
Eles acreditaram que Ele era algum tipo de Messias. Eles haviam dito lá no verso 21, “E nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel.” É claro, a ironia é que Jesus redimiu a Israel! Mas vocês percebem que eles tinham um tipo diferente de redenção em vista. Eles estavam buscando um Messias político, não um Messias espiritual.
Jesus tinha, de fato, redimido a Israel, mas não foi uma redenção que significou liberdade da opressão política. Foi uma redenção que estabeleceu liberdade da opressão espiritual. Cristo não veio para salvar homens de soldados, mas para salvar homens do pecado.
Essa é a razão de Jesus dar a esses dois camaradas a lição bíblica que Ele dá. Ele lhes ensina que era necessário que o Messias morresse, fosse sepultado e ressuscitasse dos mortos. Somente através da morte de Cristo e ressurreição o homem pode ser perdoado do pecado. Ele morreu por nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação (Romanos 4:25).
Podemos nos perguntar qual Escritura Jesus usou durante aqueles 11 km de caminhada de Jerusalém a Emaús. Quem sabe?! Na realidade, Jesus contou aos dois não só a respeito de Sua morte, sepultamento e ressurreição, mas novamente – verso 27 – “Ele explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras.”
O conjunto da Bíblia aponta para Cristo.
Jesus começou Seu ministério com esses ensinamentos, os ensinamentos que os profetas do Velho Testamento predisseram de Sua vinda. Você se lembra de Lucas 4 quando Jesus começou Seu ministério terreno? Ouça novamente o que Ele disse naquele dia fatídico:
Lucas 4:16-21:
16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.
17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
A Bíblia aponta para Cristo. Filipe ensinou a mesma coisa ao eunuco Etíope em Atos 8. O eunuco está lendo o Velho Testamento e em Atos 8:35, “Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.”
Quando Pedro pregou a Cornélio, o que ele falou sobre Cristo? Atos 10:43, “A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nEle crêem receberão o perdão dos pecados pelo Seu nome.”
Toda a Bíblia aponta para Jesus. O Velho Testamento é um “Livro dEle,” é sobre Ele. Todo livro do Velho Testamento sussurra Seu nome.
Por exemplo, Livro de Gênesis, lembra de Adão? Adão falhou no teste no Jardim do Éden e seu pecado foi imputado a nós.
Jesus é o verdadeiro e melhor Adão que passou no teste no jardim e cuja obediência é imputada a nós.
Lembra de Abel que foi assassinado e cujo sangue clamou por condenação?
Jesus é o verdadeiro e melhor Abel que, embora morto sendo inocente, tem sangue que clama, não por nossa condenação, mas para absolvição.
Jesus é o verdadeiro e melhor Abraão que respondeu ao chamado de Deus para deixar todo o conforto e família para ir ao vazio sem saber para onde ia a fim de criar um novo povo de Deus.
Jesus é o verdadeiro e melhor Isaque que não só foi oferecido pelo seu pai no monte, mas foi verdadeiramente sacrificado por nós. E quando Deus disse a Abraão, “Agora sei que Me amas porque não negaste teu filho, teu único filho que amas, a Mim,” agora posso olhar para Deus levando Seu Filho para a montanha e sacrificando-O e dizer, “Agora sabemos que nos ama porque não nos negaste Teu Filho, Teu único Filho que amas, a nós.”
Jesus é o verdadeiro e melhor Jacó que lutou e levou o golpe de justiça que merecíamos, então nós, como Jacó, só recebemos as feridas da graça para nos acordar e nos disciplinar.
Jesus é o verdadeiro e melhor José que, à destra do rei, perdoa aqueles que o traíram e o venderam e usam seu novo poder para salvá-los.
Jesus é o verdadeiro e melhor Moisés que se coloca no intervalo entre o povo e o Senhor e quem medeia uma nova aliança.
Jesus é a verdadeira e melhor Pedra de Moisés que, atingida pelo cajado da justiça de Deus, agora nos dá água no deserto.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jó, o verdadeiro sofredor inocente, que então intercede por nós e salva seus (tolos) amigos.
Lembra quando Davi lutou contra Golias?
Jesus é o verdadeiro e melhor Davi cuja vitória se torna a vitória de seu povo, embora nunca tenham levantado uma pedra para efetuar isso por eles mesmos.
Jesus é a verdadeira e melhor Ester que não só se arriscou deixando o palácio terreno, mas perdeu o celestial, que não só arriscou sua vida, mas a deu para salvar seu povo.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jonas que foi lançado na tempestade para que pudéssemos ser trazidos.
Jesus é o Cordeiro Pascal, inocente, perfeito, desamparado, assassinado de forma que o anjo da morte passará sobre nós. Ele é o templo verdadeiro, o verdadeiro profeta, o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro rei, o sacrifício verdadeiro, o verdadeiro cordeiro, a verdadeira luz, o verdadeiro pão.
A Bíblia não é verdadeiramente sobre você – é sobre Ele. (fonte desconhecida)
Fiquemos de pé para orarmos.