Fortalecido pelo Sofrimento

Fortalecido pelo Sofrimento

“Fortalecido pelo Sofrimento”
(1 Pedro 3:18-22)
Série: Força na Adversidade
Rev. Todd A. Linn, PhD
Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson
Peguem suas Bíblias e juntem-se a mim em 1 Pedro, capítulo 3 (Pg 816; YouVersion).

Esses versos, versos 18-22, são muito interessantes no mínimo para se dizer. Essa passagem da Escritura tem feito com que muitos cocem suas cabeças. Martinho Lutero disse que essa passagem é, “mais obscura que qualquer outra passagem no Novo Testamento.”
Quando uma passagem não é clara, ela geralmente pode ser entendida do contexto imediato. Se permanecer não muito clara, deve ser comparada com outras passagens no contexto do livro no qual é encontrada e então comparada com toda a Bíblia.
O verso 17, “Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal.” Por que é melhor sofrer fazendo o bem? Certamente uma das razões é devido ao poder de nosso testemunho aos outros. Quando as pessoas veem você sofrendo pela justiça e confiando em Deus, crendo em seu coração que Cristo realmente está no controle, isso exerce um efeito sobre elas.
Se você sofre por fazer o mal isso realmente não atrai as pessoas a Deus. Elas olham para o seu sofrimento por fazer o mal e dizem, “Bem, ele atraiu isso,” mas quando você sofre por fazer o bem, as pessoas veem isso e Deus usa com frequência seu sofrimento para trazer as pessoas a Ele. Então Pedro prossegue no verso 18 e diz, “é isso o que Cristo fez, você sabe.” Verso 18, “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus…”
Agora, observe o verso que se segue imediatamente a esta passagem, capítulo 4, verso 1: “Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento…” isto quer dizer, prepare-se para sofrer. Armai-vos. Desde que Cristo sofreu por nós, prepare-se para sofrer. Assim, onde quer que aterrissemos tentando descobrir o que está no meio, essa passagem fala sobre como podemos nos preparar para sofrer, sobre o fortalecimento de Deus para enfrentar nosso sofrimento por Cristo.
Por favor, fiquemos de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
19 No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;
20 Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;
21 Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo;
22 O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
Oração.

Introdução:
Eu não imagino que o logotipo, “Chamado para Sofrer por Cristo,” seria um sucesso em se ganhar seguidores para Jesus, seria? Sofrimento não é legal. É algo que naturalmente tentamos evitar. Mesmo assim, conforme vimos nos estudos anteriores de 1Pedro, Deus nos fala que sofrer por Cristo é algo a se esperar.
Stephen Neil diz em seu livro História das Missões Cristãs que nos três primeiros séculos da igreja, quando a igreja foi espalhada como fogo, ele disse, “Todo Cristão sabia que cedo ou tarde ele teria que testificar sua fé ao custo de sua vida (Pg 43, conforme citado por John Piper, sermão: “Fortalecido para sofrer; Cristo, Noé e Batismo”).”
E isso não mudou hoje. Aprendemos há alguns Domingos à noite a quantidade de pessoas que morrem por Cristo todos os dias no mundo. A quantidade de mártires Cristãos ao redor do mundo, de acordo com a pesquisa do Seminário Teológico Gordon-Conwell (2010), é assombroso: por ano, uma média de 159.960 Cristãos ao redor do mundo são martirizados por sua fé. Isso dá 438 Cristãos mártires por dia.
É mais que necessário para nós como Cristãos na América nos lembrar que sofrimento é a norma da experiência Cristã. Perseguição e martírio não é e nunca foi exceção no mundo inteiro. Nossa nação é atípica da experiência normal do Cristianismo, especialmente pelo mundo e através da história.
Lembrar disso é de vital importância. Se conseguirmos isso, então quando sofrermos, teremos uma teologia saudável de sofrimento. Infelizmente, muitos Cristãos em nosso ocidente com contexto amplamente rico, assumem que estamos sempre seguros, ricos e felizes. Então quando esses Cristãos encontram algum tipo de sofrimento – quer sofram por serem Cristãos ou simplesmente sofrendo de modo genérico – essas pessoas sentem que são uma única minoria condenada de vítimas com quem Deus está bravo ou decidiu retirar Suas bênçãos.
Apenas considere o típico pedido de oração. É normalmente pela saúde de alguém, não é? “Pastor, ore pela terceira esposa do sogro do vizinho da minha tia.” Por que? “Porque ela tem bócio e eles não sabem o que fazer a respeito.” Certo, eu vou orar. Enquanto isso, ninguém precisa ser salvo em sua família? Com quem você compartilhou o Evangelho ultimamente? Alguma alma pela qual você está intercedendo? Eu também devo orar pelo chamado missionário de Deus em sua vida? Afinal de contas, não nos é prometida uma vida livre de problemas de saúde ou dias ruins.
Meu filho mais velho, Mateus, recentemente me aprsentou uma frase: “Os problemas do primeiro-mundo.” Quais são os problemas do primeiro-mundo? Bem, são, problemas de países privilegiados como o nosso em relação aos problemas vivenciados pelas pessoas em países do terceiro-mundo, que correspondem a ¾ da população mundial.
Problemas de primeiro-mundo são frustrações e reclamações que são vivenciadas somente por indivíduos privilegiados em países ricos como a América. Problemas de primeiro-mundo produzem sorrisos sarcásticos das pessoas de países de terceiro-mundo.
Problemas de primeiro-mundo são tipicamente usados como expressões cômicas para deixar mais leve os pequenos e tão chamados “problemas.” Na verdade, a frase se tornou um meme na internet e é frequentemente encontrada nos hashtags de usuários do Twitter. Exemplos de problemas de primeiro-mundo? Aqui está algumas linhas do Twitter e de outros lugares da internet. À propósito, não tem problema rir. Não se sintam culpados. É a realidade da situação. Problemas de primeiro-mundo:
“Ter que esperar 3 horas no aeroporto para ir de férias para o Caribe.”
“Os meus dois carros estão na loja.”
“Não consigo encontrar o equilíbrio certo entre meu ventilador e meu cobertor elétrico.”
Meus dias de trabalho são muito curtos, então fico entediado a maior parte do dia.”
“Eu tenho dois celulares e um iPod. A bateria está baixa nos três. Odeio quando isso acontece.”
“Meu tapete Persa não combina com o quarto.”
“Eu comi demais no almoço, mas então meu gerente trouxe bolo e biscoitos.”
“Essa meleca de protetor solar das mãos na tela do iPad.”
“Tenho que me vestir de forma a não parecer tão preguiçoso quando for pagar o jardineiro.”
Problemas de primeiro-mundo. Você se identifica? Alguns de vocês vivenciaram um problema de primeiro-mundo nesta manhã quando chegaram hoje e não encontraram uma vaga de estacionamento perto da entrada…para seu CARRO! Problema de primeiro-mundo.
A questão é que nossa experiência como Cristãos na América é a experiência de um povo privilegiado. Não deveríamos nos sentir culpados sobre isso se estivermos sendo bons mordomos de tudo o que Deus tem confiado a nós. Ao mesmo tempo, contudo, isso significa que nunca deveríamos ficar surpresos ao sofrer por seguir a Cristo.
Agora a passagem é sobre como Deus nos fortalece para momentos de sofrimento. Como somos fortalecidos para sofrer? Falamos anteriormente sobre como somos fortalecidos em nosso sofrimento ou através de nosso sofrimento (1Pedro 1:6-7), mas como somos fortalecidos para sofrer? Como podemos ser preparados para sofrer? O que Deus faz para nos fortalecer de forma que possamos ser capazes de resistir a momentos de grande provação e dificuldade?
Bem, vamos dar uma olhada nesses cinco versos, versos 18-22, e então, depois de estudá-los, quero lhes dar alguns lembretes práticos. Mas antes vamos dar uma olhada mais de perto nesses versos. Lemos aqui a respeito de duas pessoas, Jesus Cristo e Noé. Assim lemos sobre o sofrimento de Jesus Cristo e do sofrimento de Noé. Verso 18:
18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
Olhamos esse verso brevemente na semana passada na preparação para a Ceia do Senhor. É um grande verso que resume a obra de Cristo na cruz. Pedro diz que Cristo sofreu “uma vez pelos pecados.” Ele sofreu uma única vez por todas. É uma forma concisa de dizer que Cristo pagou completamente a penalidade por nossos pecados. Ele é “o justo (singular)” que morreu pelos “injustos (plural).”
Cristo sofreu “para nos levar a Deus.” Ele sofreu e morreu para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. Nós precisávamos de reconciliação com Deus mas nossos pecados ficavam no caminho. Deus é santo e o homem impuro por causa do pecado. Então Jesus levou nossa punição sobre Si mesmo para que Ele pudesse nos levar a Deus.
Então, a última parte do verso 18 diz que Jesus foi “mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” Alguns de vocês têm traduções onde a palavra “Espírito” não está maiúscula e acho que deve permanecer minúscula porque Pedro está contrastando o reino físico com o reino espiritual, o reino de atividade do Espírito Santo. No reino espiritual, Cristo foi ressuscitado dos mortos.
Isso é importante porque no Novo Testamento geralmente este reino ‘espiritual’ é o reino que dura, permanente, eterno. Cristo sofreu fisicamente para que pudesse ter ganho espiritual, sendo o ganho espiritual “para levar-nos a Deus.” De maneira similar, nós Cristãos experimentamos com frequência sofrimento temporário neste mundo temporário sabendo que um dia receberemos o ganho espiritual, uma herança eterna quando formos para casa para estarmos com o Senhor.
Assim Cristo foi “vivificado pelo Espírito.” É nesse reino espiritual que Cristo tem proclamado Sua Palavra para todos os tempos. A segunda Pessoa da Trindade, o Filho de Deus, é eterno. Ele tem estado por aí para sempre. Você vai se lembrar que vimos anteriormente no capítulo 1, verso 11, onde Pedro diz que “o Espírito de Cristo” esteve nos profetas do Velho Testamento anos atrás (1Pedro 1:11) e que Ele revelou Sua mensagem sobre Seus sofrimentos futuros neles e através deles.
É neste mesmo reino espiritual que Cristo havia falado nos dias de Noé. Na verdade, Cristo falou através de Noé. Na segunda carta de Pedro, Pedro faz referência a Noé como “um pregador da justiça (2Pdro 2:5).” O “Espírito de Cristo” pregou através de Noé. Isso é o que Pedro diz a seguir. Fazendo referência – à última parte do verso 18 – o “reino espiritual” – Pedro continua no verso 19:
19 No qual (no reino espiritual) também foi, e (Cristo) pregou aos espíritos em prisão;
Isto é, no reino espiritual Cristo pregou às pessoas que agora estão na prisão do inferno. Eles já estiveram vivos nos dias de Noé, mas agora são espíritos na prisão do inferno porque rejeitaram a mensagem que Cristo pregou através de Noé, uma mensagem de arrependimento.
Então essas são pessoas que estiveram vivas nos dias de perseguição parecida com a perseguição enfrentada pelos leitores de Pedro. Essas são pessoas que, verso 20:
20 Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;
Pedro está dizendo que Cristo estava pregando através de Noé quando a arca estava sendo construída. Fascinante, não é?! Toda vez que testemunhamos, o Espírito de Cristo testemunha através de nós. Lembra do princípio da semana passada? “Quando eu falo de Cristo, Cristo fala através de mim.”
O Espírito de Cristo estava pregando através de Noé quando Noé estava construindo a arca e falando para todos entrarem nela. A mensagem de Noé era, “Ei! O julgamento está chegando. Arrependam-se e entrem na arca.” E o Espírito de Cristo pregou essa mensagem através de Noé.
Eles ouviram a Noé? Não. Pedro diz que eles eram “desobedientes.” E Pedro até destaca a “longanimidade Divina” de Deus, a incrível longanimidade ou paciência de Deus. Por quanto tempo Deus deu às pessoas a oportunidade de se arrependerem? Por quanto tempo Noé construiu a arca? 120 anos! Deus é muito paciente.
Ele é o mesmo Deus paciente de hoje. Ele é paciente com os descrentes hoje, dando-lhes ainda outro dia para se arrependerem e serem salvos. Ele é paciente com os maridos descrentes de esposas Cristãs, adolescentes descrentes e colegas de trabalho descrentes. Deus não tem que nos dar uma chance, afinal de contas, mas Ele dá.
Assim essa passagem é sobre Cristo, no reino espiritual, pregando através de Noé para descrentes dos dias de Noé enquanto Noé estava construindo a arca.
Não teremos tempo para outros pontos de vista dessa passagem, pontos os quais não penso serem corretos. Alguns acreditam que essa passagem ensina que Cristo morreu na cruz e então desceu ao inferno para pregar às pessoas perdidas no inferno ou para pregar aos anjos no inferno e coisas do tipo, mas isso não parece certo para mim.
Certamente, a ideia de que pessoas perdidas no inferno recebem algum tipo de segunda chance para receber a Cristo vai de encontro a tudo o que a Bíblia ensina sobre o Evangelho. Hebreus 9:27 diz, “é designado ao homem morrer apenas uma vez e depois o julgamento.” Não há segunda chance depois da morte. Além disso, o espírito de Jesus foi estar com o Senhor imediatamente após a morte. Ele havia dito ao ladrão na cruz, “Hoje estarás Comigo no Paraíso (Lucas 23:43).”
Mais que isso, essa passagem ensina sobre o reino espiritual que Cristo esteve pregando através de Noé quando a arca estava sendo construída. Essa é a visão de Augustinho e outros bons e sábios estudiosos.
Aqueles nos dias de Noé rejeitaram a mensagem de Cristo. Somente 8 almas foram salvas através do julgamento do dilúvio. Pedro diz no fim do verso 20, “8 almas foram salvas através das águas,” através das águas do julgamento.
Parece que conforme Pedro fala de dilúvio nos dias de Noé, ele é lembrado das águas do batismo Cristão. Ele diz no verso 21:
21 Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação (melhor “apelo”) de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo;
As águas batismais correspondem ao escape das águas de julgamento do dilúvio. Batismo Cristão simboliza o escape do julgamento.
Pedro não está dizendo que o batismo nos salva. Nós sabemos que não somos salvos pelas nossas obras, mas pela graça através da fé em Cristo somente. Em outro lugar Pedro deixa claro que não somos salvos por qualquer coisa que façamos, mas por Quem conhecemos – Jesus Cristo – e o que Ele fez.
E mais que isso, Pedro está dizendo aqui que esse batismo é um “antítipo” ou “símbolo” de nossa salvação. Não é lavar a sujeira de nossos corpos, Pedro diz no verso 21, “não do despojamento da imundícia da carne,” mas, “mas da indagação (melhor “apelo”) de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.”
Isto é, “Nós clamamos ao Senhor, apelamos para Ele, nós ‘invocamos o nome do Senhor para sermos salvos (Romanos 10:13)’ através da ressurreição de Cristo.” Nós cremos na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. E isso é o que batismo retrata (Romanos 6:1-5).
Então poderíamos parafrasear Pedro da seguinte maneira: “Batismo não salva você – não o sinal físico exterior e cerimônia, mas a realidade espiritual interior que o batismo retrata.”
“A salvação é retratada através do batismo mas não no batismo.”
É claro, no Novo Testamento o batismo ocorreu logo após a salvação. E uma das razões disso foi devido a essa linda figura da morte e ressurreição. Então o batismo ocorreu logo após a conversão, tanto que um “Cristão não batizado” era algo contraditório.
E Pedro encerra essa imagem expandindo a ressurreição de Cristo. Ele diz após Cristo ressuscitar da morte, verso 22:
22 O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
Cristo triunfou sobre todos os Seus inimigos. Ele está agora “à destra de Deus” e tudo está sujeito a Ele – todos os anjos, demônios, poderes e assim por diante. Cristo governa sobre qualquer um e qualquer coisa. Ele é Senhor.
Agora, falamos a respeito de como essa passagem nos prepara para momentos de perseguição e sofrimento por seguir a Jesus.
**Como Somos Fortalecidos para Sofrer?
1. Lembre-se de que Você não está Sozinho.
Cristo também sofreu (verso 18). O ponto principal aqui nesses versos é que como os leitores da carta de Pedro nos dias de Pedro e como Cristãos de hoje, Cristo também sofreu. Você não está sozinho. Jesus sofreu e Ele sabe o que você está passando.
O diabo quer que você pense que Deus te esqueceu. Deus não te esqueceu. Ele está com você sempre e Ele jamais te deixará nem te abandonará. Você não está só. Cristo também sofreu por você, “deixando um exemplo para que você siga Seus passos (1Pedro 1:21).”
2. Lembre-se de que Cristo está no Controle.
O verso 22 ensina que Jesus Cristo tem autoridade absoluta sobre todas as coisas, sobre todo ser angelical, principados e potestades, incluindo o próprio diabo. Essa ideia de lembrar que Cristo está no controle é parecida com a frase que estudamos na semana passada, no verso 15, “santificai ao Senhor em vossos corações.” No coração do coração de vocês, creiam – de verdade creiam – que Cristo está no controle de tudo em sua vida.
3. Lembre-se de Seu Destino Final.
Noé sabia que Deus estava salvando a ele através do sofrimento e trazendo-o para outro mundo, não sabia? Noé sabia disso. Ele resistiu à tempestade – literalmente! – e se preparou para um lugar melhor. Ele aguentou 120 anos de perseguição, olhando para frente para um novo lar, um lugar melhor depois do dilúvio.
Noé era uma minoria justa como os leitores de Pedro e como você e eu. Ele estava cercado por descrentes hostis como os leitores de Pedro e como você e eu. Mas ele lembrou que este mundo não era seu lar. Ele era um residente temporário, uma alienígena, construindo uma arca para levá-lo a um lugar melhor. Cristãos, lembrem-se de que este mundo não é o seu destino final.
4. Lembre-se não se Sinta Desencorajado a Testemunhar.
Não se sinta desencorajado por resultados pequenos. Noé pregou por 120 anos e só conseguiu 8 conversões. Alguns de vocês têm testemunhado no trabalho, na escola, etc; e se sentem desencorajados com os resultados. Lembrem-se que Deus não te chamou para ser um “sucesso,” mas “fiel.” E lembrem-se do princípio encorajador: “Quando eu falo de Cristo, Cristo fala através de mim.”
5. Lembre-se que nossa Maior Necessidade é estarmos Prontos para o Julgamento.
Isso é especialmente importante dado que somos residentes temporários em um lar de “Primeiro-Mundo.”
Nossa maior necessidade não é estarmos confortáveis, desfrutarmos de uma saúde perfeita e ter muito dinheiro. Nossa maior necessidade é ter nossos pecados perdoados e sermos salvos do julgamento que está vindo.
Noé pregou sobre o julgamento próximo. Nosso julgamento está próximo. Pedro diz em 2Pedro 3:10, “o dia do Senhor virá como um ladrão de noite.” Nossa maior necessidade é estarmos preparados para o julgamento. Nossa maior necessidade é sermos salvos da miséria eterna no inferno.
Seguir a Cristo é um chamado ao sofrimento, mas é um sofrimento temporário. É um sofrimento neste tempo presente que “não é digno de ser comparado com a glória que em nós há de ser revelada (Romanos 8:18).”
Então sejamos honestos com os não-Cristãos. Nós diremos às pessoas perdidas, “Sim, vir para Cristo significa que você vai sofrer. Não é saúde, riqueza, prosperidade. Nem é, ‘Venha para Cristo para uma vida significativa.’ Muito além, é, ‘Venha para Cristo e sim, sofra, mas saiba que este sofrimento te salva do sofrimento eterno no inferno.”

Fiquemos de pé para orarmos.