De Carpinteiro a Cristo

De Carpinteiro a Cristo

Lucas 4:14 – 30

De Carpinteiro a Cristo”

(Lucas 4:14-30)

Série: Certeza em Tempos Incertos

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson KY

(13-6-10)

 

  • Peguem suas Bíblias e abram em Lucas, capítulo 4.

Enquanto vocês estão abrindo lá, eu quero compartilhar com vocês, um de nossos breves “Momentos Missionários” dessa semana. Porque cada membro de nossa igreja é um missionário, nós reconhecemos a necessidade de ser missionário nas quatro áreas de Atos 1:8, comunidade, estado, país e continentes. Nós também oramos, damos ou vamos a essas quatro áreas. Então podemos “ir” para uma área e “orar” ou “dar” para as outras três áreas. Alguns “irão” para duas ou três áreas e “orarão” ou “darão” para as outras duas ou três áreas. Um de nossos membros está orando ou dando para três áreas e “indo” para outra, indo à comunidade, compartilhando o Evangelho bem aqui em Henderson. Vejam este curto vídeo.

**Vídeo, “Momentos Missionários” (2 minutos).

Se você ou sua família estiverem interessados em doar seu tempo para o Centro de Resposta, você tem uma oportunidade de fazer isso neste Sábado pela manhã. Mais informação está disponível no verso de seu boletim do Culto Semanal.

Em instantes estaremos lendo a passagem em Lucas, capítulo 4, começando no versículo 14. Aqui está a origem: Lucas tem nos dito nos capítulos iniciais que alguém está vindo, o Messias, o Salvador ungido de Deus. Então lemos sobre o Anjo Gabriel declarando que Jesus é o Cristo, o Messias. Nós lemos onde Simeão, o Profeta, declara que Jesus é o Cristo. Ana, a Profetisa, declara que Jesus é o Cristo. João Batista declara que Jesus é o Cristo. Agora, em nossa passagem nesta manhã, o próprio Jesus declara de Si mesmo que Ele é o Cristo. Conforme eu ler, ouça isso. Ouça Jesus Se declarando ser o Messias e ouça a reação da multidão à Sua declaração.

  • Fiquemos de Pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

 

14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.

15 E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era louvado.

16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.

17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,

19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.

20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?

23 E ele lhes disse: Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum.

24 E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.

25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome;

26 E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.

27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.

28 E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira.

29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem.

30 Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se.

  • Oremos.

Introdução:

Eu me lembro de pregar meu primeiro sermão em 1996 em Gainesville Geórgia conforme eu estava sentindo o chamado do Senhor para o Ministério do Evangelho em tempo integral. Eu me lembro de viajar para a igreja na noite anterior, entrando no santuário, passando na minha mente a mensagem e orando lá. Eu me lembro de pedir ao Senhor por algum tipo de resposta favorável da pregação, alguém vindo à frente para ser salvo ou reafirmando o compromisso com Cristo. Na manhã seguinte, o culto começou bem e entre um evento e a combinação com outros eventos, Deus confirmou Seu chamado em minha vida.

Não estou tão certo como eu me sentiria se as pessoas tivessem respondido ao meu primeiro sermão, da mesma forma que responderam ao primeiro sermão registrado de nosso Senhor. É o que temos aqui no texto, o primeiro sermão registrado na Escritura de nosso Senhor. E Seu primeiro sermão tem um ponto principal: Eu sou o Messias, o Cristo, a tão esperada “Boas Novas”. É isso. O que é notável aqui é a resposta ao sermão. As pessoas louvam a Jesus pelo Seu ministério na Galiléia, nós lemos isso nos dois primeiros versículos, versículos 14 e 15. Então, quando Jesus viaja 90 quilômetros para o sul e adentra em Nazaré, Sua cidade natal, e prega na sinagoga, as pessoas novamente respondem favoravelmente no começo, mas no final da mensagem, eles literalmente querem matá-Lo. Vocês notaram essa progressão assim que lemos a passagem um instante atrás? Eles vão do gostar dEle pelo o que Ele diz, para querer matá-Lo pelo o que Ele diz.

Assim a passagem nos leva a considerar como nós estamos respondendo à pregação de nosso Senhor e como nós estamos respondendo ao Evangelho. Existem duas respostas que temos que dar. Primeiro:

I.  Nós Devemos reconhecer nossa necessidade Pessoal pelo Evangelho

A Bíblia diz no versículo 16 que Jesus veio a Nazaré, onde tinha sido criado. E como era de Seu costume, Ele foi à sinagoga no dia de Sábado. Faremos bem se pausarmos por um instante e sublinharmos a frase, “como era de Seu costume”. Isso era previsível em nosso Senhor, a rotina semanal de estar na casa de Deus todo Sábado. Isso era Seu costume. Isso era Sua prática habitual. Lucas não diz que Jesus foi somente quando Ele sentiu vontade, somente quando sua agenda permitia, somente quando Ele não estava tão cansado da semana anterior, somente quando tudo no culto de adoração na Sinagoga estava a Seu gosto. Não. Ele apenas foi. É isso o que essa frase significa. Era Seu costume. Ele foi porque Ele foi. O comportamento de adoração de nosso Senhor é para ser espelhado em Seus seguidores. Há um rico benefício espiritual para nós e para nossos familiares quando nós pré-determinamos estar na casa de Deus toda a semana como de costume, segundo um comportamento previsível, uma rotina semanal, uma expectativa, sem questionar. Estamos indo. Uma pequena criança pergunta a seu pai, “Por que estamos indo?” “Porque, filho, é o que fazemos. É nosso costume”. E semana após semana, após semana, comparecimento fiel à exposição da Escritura, participação nas ordenanças do Batismo e Ceia do Senhor, canto de canções, hinos e canções espirituais produz um homem ou uma mulher que ama ao Senhor Jesus Cristo. Que declaração poderosa e concisa é essa, “Como era de Seu costume”.

Então Jesus adentra à sinagoga no Sábado e fica de pé para ler. Era a Sua vez de pregar. De ministrar a exposição de um texto. Assim, versículo 17, Ele abre o livro de Isaías. Nesse ponto da história teria sido um manuscrito. Ele é familiarizado com este manuscrito do Velho Testamento e Ele o desenrola no ponto que conhecemos como Isaías 61. E Ele lê a passagem, “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu a pregar o Evangelho ao pobre, e ao cego, e por em liberdade aqueles que estão cativos”. E versículo 19, “A anunciar o ano aceitável do Senhor”, isto é, “o tempo do favor de nosso Senhor”.

Versículo 20, “E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele”. Por que? Porque agora Ele iria ministrar a exposição. Ele iria dar o significado e a aplicação desse texto. E Lucas nos dá as palavras iniciais de Seu sermão, versículo 21, “Então começou a dizer-lhes – em outras palavras, Ele disse mais que o que Lucas registra aqui – Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. É claro que, Ele disse mais que isso conforme o versículo 22 diz, “E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca;” Lucas providencia um sumário da exposição de nosso Senhor. Isso pode ser resumido com, “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. Em outras palavras, “Eu sou Ele. Eu sou as Boas Novas. Eu sou Aquele que é as Boas Novas para o pobre, que dá visão ao cego, que liberta os cativos. Hoje esta Escritura está cumprida em Mim”.

Jesus Cristo é a Boa Nova para o pobre, para ambos, economicamente e espiritualmente pobre. Na verdade, o que vemos no Evangelho de Lucas é a freqüente e contrastante comparação entre o rico e o pobre, a fim de mostrar aqueles que são mais conscientes de suas necessidades pessoais pelo Evangelho. Na Bíblia vemos o que também conhecemos ser verdadeiro por experiência que, aqueles que são pobres estão normalmente em melhor posição de enxergar suas necessidades pessoais pelo Evangelho, enquanto aqueles que são ricos são tipicamente menos propensos a ver suas necessidades pessoais pelo Evangelho. Os economicamente pobres são tipicamente mais sensíveis a sua pobreza espiritual.

Então, por exemplo, em Lucas 13, Lucas lembra a parábola do rico tolo, um homem autossuficiente que é totalmente cego à sua necessidade por riquezas espirituais. Em Lucas 15, lemos sobre o filho pródigo, um jovem que sai da riqueza para a pobreza e então ficou em uma posição na qual viu sua necessidade espiritual. Em Lucas 16, é o homem rico que falha em ver sua necessidade do Evangelho e morre e vai para o inferno, enquanto que o pobre homem, Lázaro, reconhece sua pobreza espiritual e estava, portanto, reclinado no seio de Abraão no céu. Em Lucas 18, é o jovem rico que se afasta de Jesus ressentido porque seu dinheiro era mais importante para ele que sua salvação. Em Lucas 21 é a viúva pobre que, colocando duas pequenas moedinhas no gazofilácio do templo, dá mais que todas as pessoas ricas juntas. Por que? Porque ela, em sua pobreza econômica, tinha sido libertada de sua pobreza espiritual.

Não é que os pobres sejam mais espirituais que os ricos ou que ter riqueza é de alguma forma intrinsicamente mau. Não é esse o ponto. O ponto é a verdade capturada pelo evangelista Billy Sunday quando ele disse, “O camarada que não tem dinheiro é pobre, mas o camarada que não tem nada, mas tem dinheiro, é ainda mais pobre”.

Vocês percebem, em Lucas 19, Zaqueu era rico. Ele tinha muito dinheiro. Mas pela graça de Deus seus olhos foram abertos para sua pobreza espiritual. Ele esteve cego para sua necessidade do Evangelho, mas agora ele podia ver. Pela graça de Deus seus olhos foram abertos para o fato de que seu dinheiro o havia prendido firmemente em sua necessidade. Ele esteve cativo a isso. Mas agora Jesus o tinha libertado dessa escravidão. Agora Zaqueu diz, “Veja, eu estou pronto para dividir muito desse dinheiro porque agora conheço a verdadeira riqueza”. Ele viu sua necessidade pessoal pelo Evangelho.

Nós também devemos nos posicionar entre o pobre, o cego e o cativo. Devemos nos ver dessa maneira também, se somos salvos. Fazer isso requer humildade. Uma das verdades infelizes sobre as tão chamadas pessoas religiosas no Novo Testamento é que, elas são as menos preocupadas com sua necessidade pelo Evangelho. Elas são ofendidas pela ideia de que precisam se arrepender e vir a Cristo.

As pessoas religiosas no Novo Testamento são muito parecidas com as pessoas religiosas de hoje. “Eu agradeço a Deus por não ser pobre, cego, e cativo! Eu sou uma boa pessoa. Fui criado da forma adequada. Sou moralmente correto. Tenho um emprego descente e contribuo de forma positiva para com a sociedade. Jesus, nós amamos Sua pregação. Isso nos faz sentir bem com relação a nós mesmos. Estamos muito felizes que Você tenha vindo falar essas palavras graciosas para todas as pessoas comuns, sujas, menos religiosas que precisam ouvi-las”.

Por um instante Jesus mostra que essa idéia do Evangelho está longe de estar correta. Ele pode ter dito, “Eu não estou certo de que vocês realmente saibam o que estou falando. Este Evangelho não é para aqueles que pensam que são saudáveis, ele é para aqueles que sabem que estão doentes. Não é apenas para vocês que se enxergam dentro do caminho, mas para aqueles que estão fora também”. E isso faz com que as pessoas mudem rapidamente suas opiniões sobre Jesus e, antes que você se dê conta disso, eles estão querendo matá-Lo.

Uma das maiores mudanças do ministério na América no Século 21 é levar as pessoas a entender que moralidade nem salva, nem impressiona a Deus. Ele não está satisfeito com nosso orgulho com relação a nossa bondade, nossa retidão na comunidade, nossos finos exemplos de moral. Ele quer que percebamos que somos pobres, miseráveis, cegos cativos.

E isso é moralmente correto, as boas pessoas, que muitas vezes são menos propensas a ver sua necessidade do Evangelho. “Não estamos em cativeiro! Somos livres. Você olha para um rato cuja cauda está dolorosamente presa a uma armadilha, ele está cativo, mas nós estamos bem”. Mas não há outro tipo de armadilha que prende um animal dentro de uma caixa, permitindo certa liberdade limitada, a liberdade de se mover e respirar? Mas ele ainda permanece preso, não é? Assim é a natureza do homem. Nós nem mesmo percebemos isso, mas estamos cativos. Nos movemos como se fossemos viver nesse planeta para sempre, mas estamos cegos para o fato de que nossa liberdade é uma liberdade com limitações. Nós livremente respiramos e nos movemos, mas o julgamento está chegando. Morreremos e estaremos na presença de nosso Criador. E Ele não estará satisfeito se começarmos a nos vangloriar de como fomos boas pessoas. Ele não ficará satisfeito como desperdiçamos nossas vidas perseguindo as coisas do mundo e com conquistas egoístas. Ele ficará satisfeito somente se temos nos curvado humildemente diante de nosso Senhor Jesus Cristo, tendo-O recebido como Salvador e Senhor e tendo vivido nossas vidas completamente dedicadas para o Reino.

Nós devemos reconhecer nossa necessidade pessoal do Evangelho. A outra resposta que este texto requer de nós é essa:

II. Nós Devemos reconhecer a Necessidade Global do Evangelho

Jesus apenas ouviu a multidão na sinagoga dizer, “e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?” E talvez essa última pergunta esteja enquadrada no negativo como se dissesse, “Espere um momento! Como pode este carpinteiro ser Cristo? Este não é o filho de José?”

Jesus sabe o que eles estão pensando e Ele certamente sabe como eles irão finalmente responder quanto a Ele ser o Messias. Então Ele diz no versículo 23, “Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum”. Em outras palavras, “Nós sabemos quem Você realmente é, apenas um garoto local de José! Se Você é realmente o Messias, prove fazendo alguns sinais sobrenaturais”. E Jesus responde esse provérbio com outro. Ele diz no versículo 24, “Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria”.

Ele diz isso porque Ele sabe que as pessoas em Seu próprio país O rejeitariam, assim como eles rejeitaram os profetas do Velho Testamento. E nos versículos que lemos mais cedo, versículos 25-27, Jesus ilustra como os profetas Elias e Eliseu foram melhores recebidos fora de Israel. Eles não foram recebidos tão bem entre seu próprio povo, como se estivessem “dentro do perímetro”. Não, seus ministros foram melhores recebidos fora de Israel, não entre os Judeus, mas entre os Gentios. Então Jesus lhes lembra nesses versículos que Deus enviou Elias, não a uma viúva Judia, mas a uma viúva Gentia na região de Sidom (Fenícia). Deus enviou Eliseu não a um leproso Judeu, mas a um leproso Gentio que precisava ser limpo, Naamã o Sírio.

E quando esses Judeus ouvem que o Evangelho, as Boas Novas, não é o que eles pensaram que era, Boas Novas para “boas pessoas”, pessoas religiosamente favorecidas, pessoas da elite, mas Boas Novas para pessoas comuns, sujas, Gentios também, bem – vocês sabem como isso termina! Versículos 28-29: “E todos, na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem”. Eles tentaram matá-Lo! Mas ainda não era a Sua hora, então o versículo 30 diz, “Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se”.

Mas não antes de Jesus começar Seu ministério terreno, podemos ver a sombra da cruz imediatamente aparecendo e crescendo bastante a cada dia que se passava, escurescendo Seu caminho até que Ele chega em Jerusalém três anos mais tarde e é sentenciado à morte.

Não é impressionante como as pessoas se movem de “Boa pregação Jesus!” para “Nós queremos matá-Lo Jesus!?” eles gostaram da pregação até o momento em que ela exigiu uma mudança pessoal da parte deles. Eles gostaram da pregação só até o momento em que ela exigiu arrependimento. Não é suficiente dizer ao pregador após o sermão, “Boa pregação! Gostei da mensagem de hoje!” Devemos responder à pregação com arrependimento, nos voltando para Deus em resposta à mensagem.

Então JC Ryle diz:

“Vamos nos examinar com frequência neste ponto importante. Vamos ver que efeito prático é produzido em nossos corações e vidas pela pregação que dizemos gostar. Isso vai nos conduzir ao verdadeiro arrependimento em direção a Deus, e fé vívida em direção ao nosso Senhor Jesus Cristo? Isso vai nos conduzir a esforços semanais para cessar com o pecado e resisitir ao diabo? Estes são os frutos que sermões devem produzir se eles estão realmente nos fazendo bem. Sem tais frutos, uma admiração meramente estéril é totalmente inútil. Não é prova da graça. Não salva a alma”.

As pessoas de Nazaré rejeitam as Boas Novas, então Jesus leva as Boas Novas para outro lugar. E assim que Ele vai, Ele lhes ensina que as Boas Novas não é tudo o que eles pensam que é. Os Judeus pensam que é algo que eles pessoalmente não precisam porque eles crêem que são pessoas moralmente corretas. Eles perderam o ponto de que o Messias veio, não para libertar os Judeus de seus opressores Gentios, mas que o Messias tinha vindo para criar um novo “povo de Deus”, um povo constituído tanto de Judeu quanto de Gentio. E quando as pessoas ouvem sobre os Gentios vindo para o reino, isso as deixam furiosas.

Esta passagem é um pouco parecida com uma em Mateus 8 onde Jesus está falando ao Centurião Romano que pede para que Ele venha e cure seu servo. Jesus diz para a multidão, “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes (Mateus 8: 11-12)”.

Jesus diz, “muitos virão do oriente e do ocidente”. Muitos virão do Egito, Grécia, Líbia, Turquia, Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Tailândia, China, India e Indonésia. Ele está redimindo um povo de toda tribo, nação e língua. E aqueles que pensaram que eles eram os recipientes exclusivos das Boas Novas foram “lançados nas trevas exteriores”. Assim, devemos reconhecer não somente nossa necessidade pessoal do Evangelho, mas devemos reconhecer a necessidade global pelo Evangelho.

Jesus repreende o modo etnocêntrico de pensar deles. Ele os repreende pelo seu preconceito racial, por pensarem que seu próprio povo era de alguma forma mais favorecido que todas as outras nações da terra.

Você pensa dessa maneira? Você se ressente em levar o Evangelho às nações? Você olha para todas as pessoas no Irã ou Afeganistão como pessoas menos dignas de ouvir o Evangelho, pessoas sujas que realmente não merecem o Evangelho? Você ouve a Palavra de Deus convencendo seu coração, expondo seus sentimentos de superioridade religiosa? Que Deus possa ter misericórdia de nós e nos conduza ao reconhecimento de nossa necessidade pessoal do Evangelho e a necessidade global do Evangelho.

  • Fiquemos de Pé para orarmos.