Lucas 3:1-20
“Marcas de Verdadeiros Crentes”
(Lucas 3:1-20)
Série: Certeza em Tempos Incertos
Rev. Todd A. Linn, PhD
Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson KY
23-5-10
Peguem suas Bíblias e abram por favor no Evangelho de Lucas, capítulo 3.
Há poucas semanas nós começamos uma série de mensagens no Evangelho de Lucas. Estamos caminhando por todo o livro porque é assim que Lucas deseja que o livro seja lido. Nós não vamos à Bíblia, selecionando aqui e ali, procurando por sermões. Nós lemos através da Bíblia e Deus nos dá mensagens. Ele nos fala Sua Palavra. Então, paramos no capítulo 2 e prosseguiremos nesta manhã no capítulo 3, onde Lucas introduz o ministério e a mensagem de João Batista.
Fiquemos de Pé em honra à leitura da Palavra de Deus.
1 E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,
2 Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.
3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados;
4 Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas.
5 Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão;
6 E toda a carne verá a salvação de Deus.
Introdução:
Um amigo meu na faculdade do Seminário do Sudeste na Carolina do Norte compartilhou comigo recentemente, que seu próximo livro de pregação seria ouvido. Ele disse que a maioria dos livros são escritos para ajudar o pregador a pregar, mas este seria um livro para ajudar os ouvintes a ouvir. Eu achei isso um projeto interessante porque ouvir a mensagem pregada é uma missão tão importante, quanto pregar a mensagem que é ouvida. Ambos não são fáceis e ambos requerem disciplina de trabalho duro. Nós estamos lidando aqui com a Palavra de Deus. Assim, somos inteligentes para fazer nossas as próprias palavras de Richard Baxter que disse, “Eu preguei como nunca tive a certeza de pregar novamente e como um homem morrendo para homens morrendo”.
João Batista era um grande pregador. Ele era “a voz do que clama no deserto”, um homem que não era interessado em ganhar seguidores para si mesmo, nem interessado em constituir multidões, mas interessado somente em preparar as pessoas para Aquele maior que ele, o Senhor Jesus Cristo.
Sua mensagem era convincente e exigia ser ouvida. E sua mensagem parece ter dividido as pessoas em dois grupos: aqueles que eram genuinamente salvos e aqueles que não eram. O primeiro grupo consistia daqueles cujos corações tinham sido verdadeiramente convertidos. O outro grupo consistia daqueles cujos corações não foram convertidos. Um grupo ouviu e foi transformado. O outro não ouviu e não foi transformado. E o mesmo será verdadeiro nesta manhã. A pregação da Palavra seguirá adiante e, pegando emprestado as palavras de Jesus, aqueles que “têm ouvidos, ouçam” e aqueles que não têm, não ouvirão.
Nesta congregação alguns ouvirão a Palavra de Deus e, como a semente plantada em solo fértil, brotará e dará frutos em suas vidas. Outros não ouvirão a Palavra de Deus, mas, talvez devido a milhares de coisas que estão se passando em suas mentes, ou a uma propensão para mentes-voadoras, ou devido às críticas em volta deles, seus corações não receberão a Palavra, mas a Palavra será para eles como uma semente jogada entre rochas ou espinhos. Não tem raiz e não dará fruto. E esta é pelo menos uma razão do porque às vezes falamos sobre aqueles que são verdadeiramente salvos na congregação e aqueles que não são. Ambos procuram o mesmo banco em nossa igreja. Ambos ouvem a mesma Palavra semana após semana, mas alguns têm verdadeiramente confessado a Cristo, enquanto alguns têm feito meramente uma falsa profissão. Nas palavras de:
JC Ryle, “A Igreja visível agora é um corpo misto. Crentes e não crentes, santos e não santos, convertidos e não convertidos agora são misturados em toda congregação, e frequentemente sentam lado a lado. Isso traspassa o poder do homem de separá-los. Falsa profissão de fé é frequentemente parecida com a verdadeira, e graça é frequentemente tão fraca e débil que, em muitos casos, o discernimento correto de caráter é uma impossibilidade. O joio e o trigo estarão sempre juntos até a volta do Senhor”.
Se existe uma coisa que João nos ensina nesta passagem é uma das marcas que distinguem os verdadeiros crentes. Existem poucas coisas que são evidentes nas vidas de verdadeiros Cristãos que os separam dos falsos Cristãos, aqueles que meramente fizeram uma decisão de algum tipo, mas não são verdadeiramente salvos. Conforme olhamos para essas características, vamos primeiro notar que esta passagem se divide em duas partes, o ministério de João e a mensagem de João. Eu seguirei em frente e darei ambas as partes agora se isso ajuda vocês a ter uma espécie de esboço descritivo:
Considere o Ministério de João (1-6)
Considere a Mensagem de João (7-20)
Agora vamos prosseguir em nossa caminhada através desses versículos e perceber essas marcas de verdadeiros crentes.
Nos versículos 1 e seguintes, Lucas menciona nada menos que sete figuras históricas para deixar seus leitores saberem algo da organização do tempo em que ele estava escrevendo. Lembrando dos capítulos iniciais de seu Evangelho que ele está escrevendo em “ordem cronológica” (1:3) dos eventos e então ele dá o segundo plano antes de nos dizer como João começa seu ministério.
Se tivéssemos tempo, gastaríamos um tempo em duas frases que são necessárias para o ministério do Evangelho. Versículo 2, “veio…a palavra de Deus a João” e versículo 3, “E percorreu toda a terra ao redor do Jordão”. A palavra de Deus vem a um homem e então ele vai. Um homem não decide se tornar um pregador, do mesmo modo que ele decide se tornar um contabilista, ou um vendedor, ou um piloto. Ele não senta com um orientador e conclui que irá por em prática se tornar um pastor em algum lugar. Não, a palavra de Deus vem e o homem vai. Essa é pelo menos uma das razões pela qual as pessoas saem de muitas igrejas balançando suas cabeças e dizendo sobre o sermão, “Aquelas coisas que ele disse, eu mesmo poderia ter lido no papel ou nas revistas. Quero dizer, ele sabe muito sobre os eventos atuais, mas não tenho certeza do que ele está tentando fazer lá em cima”, isso é provável porque a Palavra de Deus não veio ao homem e ele foi sem ser enviado. A palavra de Deus veio e João foi. Versículo 3:
3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados;
A mensagem de João era essencialmente a mesma mensagem pregada mais tarde por Jesus e pela igreja primitiva. João pregou o Evangelho. Veja o versículo 18 adiante. Ele diz, “E assim, admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo”. A palavra “anunciava” é a palavra de onde temos evangelismo, dizer as Boas Novas. Isso é o Evangelho. Então a mensagem de João chamou as pessoas ao arrependimento, a deixarem seus pecados e se voltarem ao Único Deus Verdadeiro que perdoaria seus pecados fundamentado no Messias que viria. Aqueles que se arrependeram foram então batizados no Rio Jordão para mostrar a ruptura deles com a velha vida e o início de uma nova vida.
E Lucas nos diz que o ministério de João foi predito pelo Profeta Isaías 700 anos antes conforme escrito em Isaías, capítulo 40:
3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
4 Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.
5 E a glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do SENHOR o disse.
6 E toda a carne verá a salvação de Deus.
João Batista é a voz do que clama no deserto. Ele está preparando as pessoas para o Messias, Aquele que traz a salvação de Deus. João quer tornar o caminho suave para o Messias, algo semelhante ao preenchimento dos vales e trazendo as montanhas e montes abaixo, de forma que se faça um caminho nivelado para o Cristo que viria.
E a Bíblia diz que “multidões” vieram para serem batizadas por João. Esta é a marca do pregador moderno de um ministério bem sucedido! Que pregador hoje não sorriria com a expectativa de centenas de pessoas vindo a ele para serem batizadas? Então o que João diz, “Bem-vindos! Apenas assinem esse cartão ou diga esta pequena oração depois de mim e vocês estão dentro!” O que ele diz? Versículo 7:
7 Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?
Que declaração, não é mesmo? Muito diferente das noções populares de “pregação eficaz” de hoje, não é? Ele não diz, “Sejam bem-vindas, pessoas adoráveis. Deus ama vocês. Venham!” Ele diz, “cambada de cobras, se arrastando para longe do fogo, desejando escapar das chamas do julgamento!”
Nós podemos bem imaginar um dos discípulos de João o cutucando e dizendo baixinho, “João! Nunca iremos constituir seguidores desse jeito, homem! Maneira um pouco!” Mas João sente que um grande número dessas pessoas é insincero. Elas estão vindo pelo motivo errado. Elas estão vindo simplesmente para escaparem da ira de Deus, para “carimbar suas passagens”, se vocês assim preferirem. Não há arrependimento real, não há conversão real, apenas um desejo de fazer algo para poder ser perdoado. Então João prossegue no versículo 8:
8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.
Neste ponto podemos começar a ver algumas das marcas que identificam os verdadeiros crentes.
**Quatro Marcas dos Verdadeiros Crentes:
1) Nós devemos exercitar Fé Salvadora
A pregação de João era o Evangelho (relembrando o versículo 18). Ele alertou as pessoas para fugirem da ira que vem, recebendo as Boas Novas, o Evangelho, a verdade que seus pecados seriam perdoados no Messias que viria, revelado pouco depois na Pessoa de Jesus Cristo.
A Bíblia nos ensina claramente que há somente um caminho para sermos perdoados do pecado. Só há uma maneira de ir para o céu. Não é se juntando a uma igreja, nem sendo batizado, nem sendo uma boa pessoa. Isso vem pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo. Nós devemos crer que Jesus Cristo morreu na cruz por nossos pecados. Ele levou a punição que nós merecíamos. Ele morreu por nossos pecados, foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia para nossa justificação. Sem Cristo estamos perdidos e destinados ao inferno eterno devido ao nosso pecado. Com Cristo, nossos pecados são perdoados uma vez que O recebemos como o total Senhor sobre tudo que pensamos, fazemos, e agimos. Nós O recebemos como Salvador. Fazemos isso pela fé, crença e confiança nEle.
Esta é uma decisão que devemos fazer pessoalmente. Quando falamos de confiar em Cristo como uma decisão pessoal, não significa particular. Significa que nós pessoalmente, de nossa própria vontade, estamos colocando nossa fé em Cristo. Não estamos confiando na fé de alguém. Não estamos confiando em uma mãe ou avó espiritual. João diz no versículo 8, “e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão”.
João está dizendo que nós não podemos ir para o céu, escorados na fé de alguém. O fato de você vir de uma família Cristã, não significa absolutamente nada se você não colocou pessoalmente sua fé em Cristo. Sua descendência familiar não é o que te torna salvo. João diz, “Se Deus estivesse preocupado somente com o físico, ele poderia fazer descendentes físicos de matéria física, transformando pedras em pessoas”. Deus não está atrás disso. Ele está atrás do espiritual. Ele está atrás de sua confiança pessoal em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Você não pode nascer fisicamente na família de Deus. Você deve nascer espiritualmente, vir pessoalmente pela fé em Cristo.
Segundo:
2) Nós devemos verdadeiramente nos Arrepender
João diz no versículo 8 que os verdadeiros Crentes são para “produzir frutos dignos de arrependimento” que implica, é claro, que verdadeiro arrependimento é necessário para que alguém seja verdadeiramente salvo.
Arrependimento são ambas as coisas, um “deixando de” e um “voltando-se para”. Nós deixamos nosso pecado e nos voltamos para o Senhor. Então vejam vocês que arrependimento é mais que apenas se desculpar por nossos pecados. É isso, certamente, mas é mais que isso! Se estamos apenas “pesarosos” por nossos pecados e vamos a Deus buscando por algo como “um passe livre do inferno”, então não nos arrependemos verdadeiramente. Nós meramente deixamos nosso pecado, mas nós realmente não nos voltamos para Deus. Nós recorremos a Ele somente para que possamos usá-LO para nosso benefício, tanto quanto “usaríamos” uma apólice de seguro contra incêndio. Nós realmente não queremos nos incomodar com a apólice, a menos que realmente necessitemos. Na verdade, nos ressentimos que tenhamos de usar a apólice. Isso é custoso e pode até ser desnecessário, mas, apenas para ter certeza, temos esta apólice “apenas para o caso de necessidade”. Nós não tratamos Deus desta maneira. Arrependimento é um deixar e um voltar-se para.
É por isso que agradecemos a Deus pelo ministério de João Batista. Um expositor o compara a lixa que é necessária para aparar as arestas, de modo que a tinta permaneça. A audácia de João, uma pregação que confrontava, era usada pelo Espírito Santo para eliminar as arestas dos corações das pessoas, a fim de que o Evangelho permanecesse.
Nós fazemos essas perguntas às vezes, não é? Nós perguntamos, “Aquela pessoa ouviu o Evangelho, mas parece que não permaneceu”. O que é isso? Poderia ser porque elas nunca, verdadeiramente se arrependeram? Elas apenas “deram as costas ao” pecado. Elas ficaram pesarosas por seus pecados. Elas queriam ter certeza de que iriam para o céu. Mas elas apenas “deixaram”, como a víbora que foge das chamas do julgamento, mas não “se volta para” o único e verdadeiro Deus e vive para esse Deus com coração, alma, mente e força.
Nós devemos nos lembrar disso em nosso evangelismo! Arrependimento verdadeiro requer ambas as coisas, um “deixando” e um “voltar-se para”. Não nos atrevamos a pedir às pessoas que abaixem suas cabeças e repitam conosco uma oração, a menos que o Espírito Santo esteja convencendo seus corações como uma lixa aparando as arestas para que o Evangelho entre e permaneça. Nós dizemos a elas que também devem “voltar-se para” o Senhor. Elas estão perdendo tempo repetindo uma oração, se não forem batizadas e não forem ativas numa igreja local. Arrependimento é um deixar e um volta-se para.
Então devemos exercitar fé salvadora, devemos verdadeiramente nos arrepender e terceiro:
3) Nós devemos ser Batizados
Nós não somos batizados para “termos” salvação. Salvação não é uma obra. Ninguém pode ser batizado até que seu coração seja primeiramente purificado e limpo através da conversão, através da fé e arrependimento. Ao mesmo tempo, contudo, batismo não é para ser isolado da fé e arrependimento como se isso fosse algo desnecessário, um passo opcional. Verdadeiros Cristãos são batizados. Eles mostram que têm, de fato, se arrependido; eles têm, de fato, deixado a velha vida e se voltaram para o Senhor. Ele é o número um agora. Assim como Ele morreu, foi sepultado e ressuscitou para uma nova vida, nós morremos para a velha vida e temos sido ressuscitados para caminhar em um novo modo de viver. Verdadeiros crentes serão batizados assim que possível, para demonstrar seu amor e comprometimento Àquele para quem eles se voltaram em arrependimento.
As marcas dos verdadeiros crentes inclui: devemos exercitar fé salvadora, devemos nos arrepender verdadeiramente e devemos ser batizados. Quarto:
4) Nós devemos Viver de Modo Diferente (dar frutos)
Nos versículos 8-9, João Batista alerta que verdadeiros crentes devem “dar frutos dignos de arrependimento”. Isso é, se alguém verdadeiramente se arrepende, você será capaz de falar porque a vida dele é diferente. Ele viverá uma vida que prova a sinceridade de seu arrependimento. As coisas que normalmente ele fazia, não formam mais um padrão dominante de sua vida. Ele é diferente. Há uma mudança visível na vida dele ou dela. Ele agora “dá frutos” que indica que ele tem um arrependimento verdadeiro. Assim como uma boa árvore dá bons frutos, evidência visível de uma fonte de vida, o verdadeiro crente vive sua vida diante dos outros de um modo a dar evidência visível de que realmente está vivo. Ele é diferente.
Então é sério o assunto de viver de modo diferente e dar frutos que João diz no versículo 9, “E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo”. Isso é muito parecido com as palavras de nosso Senhor Jesus.
Alertando sobre os falsos professores que vão às pessoas como lobos vestidos em peles de cordeiro, Jesus diz algo que tem implcações no modo de reconhecer verdadeiros crentes de falsos crentes. Mateus 7:16-21:
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Nem todo mundo que diz ser crente é um crente. Verdadeiros crentes devem viver suas vidas de maneira diferente. Não é que eles sejam perfeitos e nunca pecarão novamente. Significa que agora eles odeiam seus pecados. Eles deixaram o pecado e se voltaram para Deus.
Vocês percebem a dureza disso, pregação-lixa como a de João é uma benção. Isso dá a certeza de que a tinta do Evangelho vai permanecer. Ela provoca uma resposta adequada que vem pelo poder da convicção do Espírito Santo. As pessoas são convencidas. Observem como elas respondem nos versículos 10 e seguintes:
10 E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois?
11 E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.
12 E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer?
13 E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.
14 E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo.
Por três vezes, pessoas diferentes lhe perguntaram, “O que devemos fazer?” Versículos 10, 12 e 14. O que devemos fazer? Esta é a pergunta de um verdadeiro crente. O que devemos fazer? Não precisamos implorar a verdadeiros crentes para fazer nada. Eles virão perguntando a eles mesmos. “O que devemos fazer?” Resposta: vivam suas vidas de maneira diferente agora. Dêem frutos provando a sinceridade de seus arrependimentos.
Então eu e vocês olhamos para os versículos 10, 12 e 14 e perguntamos a nós mesmos, “Eu sou generoso? Eu me alegro em dar? Eu tenho vontade de dar aos pobres? Eu sou honesto em meu trabalho? Eu estou intimidando os outros, usando poder sem sabedoria? Eu acuso as pessoas falsamente? Eu sou sempre verdadeiro? Eu estou satisfeito?”
15 E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo,
16 Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
17 Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.
18 E assim, admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo.
19 Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito,
20 Acrescentou a todas as outras ainda esta, a de encerrar João num cárcere.
João Batista deixa claro que ele não é o Messias prometido. O Messias está vindo e vindo breve. Ele é o Juiz supremo. Ele é Aquele que vai separar os verdadeiros crentes dos falsos crentes no Dia do Julgamento. Aqueles que deixaram seus pecados e se voltaram para Ele serão salvos. Aqueles que não, serão, versículo 17, “queimados com fogo que nunca se apaga”.
Conclusão:
Isto é, em essência, o que JC Ryle disse antes no começo de nossa mensagem. Lembram-se? Ele disse que em muitas congregações é muito difícil dizer quem são aqueles que são salvos, daqueles que não são. Ambos parecem iguais. Então ele diz, “o joio e o trigo continuarão juntos até a volta do Senhor”. E então:
“Mas haverá uma terrível separação no último dia. O infalível julgamento do Rei dos reis separará o joio do trigo, e separá-los-á para todo o sempre. Os justos serão ajuntados em um lugar de alegria e segurança. Os ímpios serão lançados para vergonha e desprezo eterno. No dia da grande peneira, cada um ocupará seu próprio lugar”.
Eu não poderia ser considerado um amado pregador do Evangelho se eu não concluísse nosso tempo juntos nesta manhã sem perguntar, “Você realmente colocou sua fé em Jesus Cristo? Você realmente se arrependeu? Você foi batizado? A sua vida é diferente?”
Fiquemos de pé para orarmos.