Tende bom ânimo e Creia

Tende bom ânimo e Creia

“Tende bom ânimo e Creia!”

(Atos 27)

Série: A Igreja em Chamas

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, KY

(20-07-2008) (Manhã)

 

. Peguem a Palavra de Deus e abram em Atos, capítulo 27.

 

Nós temos caminhado pelo livro de Atos, versículo por versículo, enquanto estudamos a respeito da igreja primitiva – como a igreja começou em Jerusalém e como ela se espalhou largamente em cumprimento do Comissionamento do nosso Senhor para Seus crentes, para que levassem o Evangelho até os confins da terra.

 

Nesses últimos capítulos de Atos o enfoque tem sido o aprisionamento do Apóstolo Paulo. Ele tem sido falsamente acusado de muitas coisas e agora está sendo levado para comparecer diante de César em Roma. Nós estaremos lendo nesta manhã sobre a viagem de Paulo para Roma. A época é por volta de 50 d.C. Lucas é o escritor aqui no livro de Atos. Então vamos ler os primeiros versículos e orar, e a seguir vamos ver todo o capítulo nesta manhã.

 

. Fiquem de pé em honra à leitura da Palavra.

 

1 E, como se determinou que havíamos de navegar para a Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta.

2 E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedónio, de tessalônica.

3 E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.

4 E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários.

5 E, tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.

6 E, achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália, nos fez embarcar nele.

7 E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone

8 E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.

. Orar.

 

Introdução:

 

Nosso escritor, Lucas, poderia ter resumido todo o capítulo 27 em uma ou duas sentenças. Ele poderia ter somente escrito: “Então navegamos para Roma. Foi um pouco difícil, mas nós conseguimos e eis aqui o que acontece a seguir”. Mas eu também fico feliz que Lucas não tenha resumido o capítulo dessa maneira! Ele nos dá detalhes e nos conta, como vamos ver em instantes, sobre como Paulo e os outros naufragaram na ilha de Malta após uma terrível tempestade.

 

E eu acredito que tempestades perfeitas são normalmente usadas por você e por mim como uma metáfora da vida. Nós normalmente falamos “das tempestades da vida” ou falamos: “essa foi uma tempestade” ou “como os ventos sopraram durante aquele momento na minha vida”, e assim por diante.

 

E por isso, eu quero estudar esse capítulo com vocês enquanto estamos reunidos lembrando como nós podemos confiar em Deus para nos guiar durante os momentos tempestuosos em nossas vidas, como nós podemos “confiar e crer”. Porque pode bem ser que alguns de vocês estejam navegando em condições adversas no trabalho ou em sua saúde ou em suas finanças ou em seu casamento, ou você esteja preocupado com alguma coisa ou com alguém. E se não há nenhuma tempestade nesta manhã, e o sol está brilhando na sua vida e os ventos estão calmos, apenas lembre-se do antigo adágio: “Todos passamos por uma tempestade, estamos numa tempestade agora, ou estamos prestes a entrar em outra tempestade”.

 

Mas antes que mergulhemos de volta no texto, vamos dar uma olhada na viagem toda como é mostrada nesse mapa aqui (Fig.1). Eu não sei bem o quanto você pode enxergar isso. Paulo é colocado num navio em Cesaréia e eles viajam em direção norte para Sidom, depois Cilícia, depois Oeste para Mirra e Cnido, depois para baixo para Creta. Na viagem marítima antiga, os navios ficavam próximos da Costa do Mediterrâneo, evitando viajar em mar aberto. O que vocês vêem nesse gráfico, é que depois que eles deixam Creta, eles encontram uma tempestade e então eles vão naufragar na ilha de Malta. Aqui está um mapa em branco e preto que talvez seja mais fácil de visualizar (Fig.2).

 

OK, é para lá que vamos nesta manhã. Vamos segurar firme nos nossos salva-vidas e ir a bordo com o Apóstolo Paulo e vamos aprender sobre confiar em Deus para nos guiar nesta manhã. Se você está tomando nota, aqui está o primeiro ponto importante:

 

I. Confie em Deus para Guiar durante os momentos de Dificuldade (1-12)

 

O versículo um nos diz que Paulo está navegando com alguns “outros prisioneiros”. Muitos estudiosos acreditam que esses eram prisioneiros já condenados à morte, que vão morrer na Arena Romana como gladiadores. Quantos de vocês assistiram ao filme com Russell Crowe, “Gladiador”? O filme é ótimo, não é?! Então vocês têm esses prisioneiros com Paulo e depois vocês têm, versículo um diz, um centurião romano no navio, seu nome “Júlio”. Eu gosto desse cara. Ele se mostra um cara muito decente para com Paulo, concedendo certa liberdade a Paulo durante a viagem. Também a bordo está Aristarco, alguém que conhecia Paulo lá de Éfeso.

 

Então nós lemos como eles vão de um ponto para outro e então para Mirra, versículos 5 e 6 nos contam onde Paulo estava, num navio Alexandrino a caminho para Itália. Os navios normalmente viajavam de Alexandria no Egito carregando grãos para Roma. E por que eles carregavam grãos para Roma? Bem, aqueles de vocês familiarizados com história romana sabem quão importante “pão e circo” eram para o povo no Coliseu Romano. Então havia um navio de grãos a caminho da Itália e o centurião coloca Paulo e os outros nesse navio maior.

 

Nós paramos com o navio na ilha de Creta. Os versículos 7 e 8 nos dizem que os ventos começam a soprar e eles estão encontrando certa dificuldade. Houve uma certa dificuldade na viagem e eles pararam no porto conhecido como “Bons Portos” lá em Creta. Retomemos no versículo 9 agora:

 

9 E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,

 

Há uma pequena nota interessante aqui no versículo 9. Diz “o jejum já tinha passado”. Essa é uma referência ao Dia judaico da Expiação, um dia que ocorreu no final de Setembro ou no início de Outubro. Esse dia já tinha passado e o que Lucas está querendo dizer é: “Nós estamos entrando nos últimos meses quando as pessoas sábias não navegam mais”. Navegar era considerado perigoso depois de meados de setembro e o povo ficava fora dos mares durante os meses de inverno. Então Lucas está dizendo: “Nós estamos agora nos meses perigosos e precisamos encontrar um porto onde possamos passar o inverno”. E Paulo admoestava o pessoal no navio, versículo 10:

 

10 Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas.

 

Essas são palavras de um homem que tem experiência no mar. Em 2 Coríntios 11:25 Paulo diz que ele naufragou três vezes. Ele sabe do que está falando! Então ele pensa: “Eu acho que precisamos invernar por aqui pessoal. Vamos ficar aqui em Bons Portos.” Eu tenho uma foto disso também. Aqui está uma foto de Bons Portos (Fig 3). Parece bem bacana, não é? Aqui está uma outra foto dele (Fig 4). Então Paulo pensa: “Vamos apenas passar os meses de inverno aqui”. Versículo 11:

 

11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre, do que no que dizia Paulo.

12 E, como aquele porto não era cômodo para invernar (parecia ótimo para nós, não é?!), os mais deles foram de parecer que se partisse dali para ver se podiam chegar a Fenice, que é um porto de Creta que olha para o lado do vento da África e do Coro, e invernar ali.

 

O.K., a maioria do pessoal do navio fica pensando: “Tanto faz, Paulo. Nós vamos navegar um pouco mais ao longo da costa de Creta até chegarmos a Fênix”, que era cerca de 60 a 80 km rumo ao Oeste.

 

Nós estamos falando sobre confiar em Deus para nos guiar durante momentos de dificuldade. A história aqui nos lembra que nós, realmente, passamos por momentos de dificuldade. Qualquer “navegação tranqüila” que nós desfrutemos na vida não dura para sempre e sem demora, nós encontramos nosso navio começando a se deparar com ventos fortes e nós estamos procurando refúgio em algum porto tranqüilo. Tudo que eu quero fazer a essa altura é te lembrar que cada um de nós passa por momentos de dificuldade. Águas agitadas tomam várias formas em nossas vidas, mas cada um de nós enfrenta esses momentos e nós precisamos confiar em Deus para nos guiar ao atravessá-los. Ele está sempre lá. Precisamos nos lembrar disso. Ele sabe o que estamos passando. E às vezes fica pior, antes de melhorar. É isso que vamos ver a seguir. Aqui está o segundo ponto. Nós não apenas precisamos confiar em Deus para nos guiar durante os momentos de dificuldade, mas, número dois:

 

II. Confiar em Deus para Guiar durante os momentos de Desespero (13-26)

 

13 soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta.

 

Parecia que tudo ia ficar bem. O vento sul soprava “brandamente”, uma brisa bem agradável. E, “lhes pareceu terem já o que desejavam”, foram para Omar. Talvez alguns deles devem ter olhado para Paulo e sorrido para ele dizendo: “Parece que você estava errado e nós estávamos certos”!

 

14 Mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado Euro-aquilão.

 

Essa é a palavra para os fortes ventos que vieram das montanhas do norte. A palavra “pé-de-vento” aí no versículo 14 é a tradução da palavra original grega da qual nós temos a palavra inglesa “tufão”. Muito forte para se navegar tranqüilo! Versículo 15:

 

15 E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.

16 E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel.

 

O batel era o pequeno barco que era normalmente rebocado atrás do navio. Durante águas turbulentas ele ficaria seguro e não batia no barco nem se perdia.

 

17 E, levado este para cima (o termo náutico é “amarras”, amarrando longos cabos ao redor do casco para firmá-lo), usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa.

 

Esse local no versículo 17 conhecido como “Sirte” era um lugar de cardumes e areia movediça, algo como que um cemitério de navio naqueles dias. Era um tipo de “Triângulo das Bermudas” do século primeiro.

 

18 E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio.

19 E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.

20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.

 

Viram como as coisas mudaram rapidamente? O versículo 20 diz que eles nem sabiam mais onde estavam. “Nem sol nem estrelas apareciam há muitos dias”. Era assim que os navegadores se orientavam ao navegar naquela época. Eles usaram um instrumento chamado sextante para ajudá-los a navegar, mas esse instrumento dependida do sol durante o dia e da lua e das estrelas à noite e eles não tinham nenhum. Então Lucas escreve no versículo 20: “fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos”. Agora vejam os versículos 21-26:

 

21 E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.

22 Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. (Como ele sabe disso? Versículo 23…)

23 Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,

24 Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. (isto é, você vai ser salvo, Paulo, e os que estão com você também)

25 Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito.

26 É, contudo, necessário irmos dar numa ilha.

 

Enquanto os navegadores não tinham condições de obter direcionamento da luz do sol e da lua, Paulo recebe direcionamento da luz da Palavra de Deus. Um anjo de Deus apareceu a ele e disse: “Não temas”. Isso significa que Paulo deve ter sentido medo. Até Paulo estava com medo. Até Paulo chegou ao ponto de desespero. Mas no momento oportuno, Deus envia Sua palavra para encorajá-lo, e Paulo compartilha aquela palavra de encorajamento com os outros. Vejam novamente o versículo 25:

 

“Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito”. Esse versículo é por si só um sermão! Sublinhe esse versículo na sua Bíblia. Sublinhe esse versículo na Bíblia da pessoa ao seu lado! Sublinhe-o em qualquer lugar. “Tende bom ânimo, porque eu creio que há de acontecer assim como a mim me foi dito”.

 

Alguns de vocês nesta manhã precisam “ter bom ânimo e crer”. Deus te deu a Palavra dEle, a Bíblia Sagrada. Essa é a maneira primordial através da qual Ele fala conosco hoje. E você e eu precisamos “ter bom ânimo e confiar que as coisas vão acontecer do que jeito que nos foi dito” em Sua palavra.

 

Quando você estiver preocupado com a maneira que você vai resolver sua situação conjugal, tenha bom ânimo e creia, Lucas 1:37: “Pois nada é impossível para Deus”.

 

Quando você estiver preocupado a respeito de como você vai se sair esse ano na escola, tenha bom ânimo e creia, Filipenses 4:13: “Tudo posso naquele que me fortalece”.

 

Quando você estiver preocupado a respeito de como vai solucionar os problemas financeiros, tenha bom ânimo e creia, Filipenses  4:19: “O meu Deus suprirá toas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus”.

 

III. Confie em Deus para Guiar durante os momentos de Perigo (27-44)

 

Deus nos dá a promessa da Sua Palavra e então nós usamos aquela promessa quando passamos pela tempestade. Nós usamos aquela promessa até mesmo quando nosso navio naufraga.

 

27 E, quando chegou a décima quarta noite, sendo impelidos de um e outro lado no mar Adriático, lá pela meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra. (provavelmente por causa do barulho das ondas, ondas quebrando na terra)

28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.

 

Uma braça era 1,8 metros. Então eles pegaram essas cordas com pesos na ponta e jogaram-nas dentro da água. Daí, eles ficam: “20 braças, 15 braças” ou, 36 metros, 27 metros”. Eles sabem que estão se aproximando da terra.

 

29 E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia. (Você já se sentiu assim, orando “desejando que apenas viesse o dia”)

 

30 Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa,

 

Eu acho isso meio engraçado. Há esses marinheiros tentando escapar do navio. A propósito, se os marinheiros estão tentando escapar do navio, quão terrível é a tempestade? Eles estavam descendo o esquife, a pequena dinga, ou bote, e estavam assobiando: “Nós estamos apenas baixando essa âncora”.

 

31 Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.

 

Paulo está pensando: “A Palavra de Deus, Sua promessa de salvar, é condicionada a nossa obediência em crer nEle”.

 

32 Então os soldados cortaram os cabos do batel, e o deixaram cair.

33 E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.

34 Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.

 

Os marinheiros não estavam comendo por causa da braveza do mar e eles não tinham apetite. Então Paulo diz: “Lembram o que eu disse? Tende bom ânimo e creia”. E então Paulo dá o exemplo:

 

35 E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer.

 

Por falar nisso, esse é um bom modelo para nós. Eu espero que você ore em público. Eu espero que “você dê graças a Deus na presença de outros”. Ele dá o exemplo para eles tanto ao dar graças como ao crer em Deus. Os homens no navio são encorajados pela fé de Paulo.

 

36 E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.

37 E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas.

38 E, refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.

 

Que diferença uma pessoa pode fazer! Havia 276 homens no navio incluindo Paulo. Você tem Paulo e outros 275. Que diferença um homem pode fazer diante de centenas de pessoas no seu local de trabalho! Que diferença uma mulher pode fazer diante de centenas na sua comunidade! Que diferença um menino ou menina podem fazer diante de centenas na escola! Tende bom ânimo e creia e outros terão bom ânimo e crerão também. Esse é o direcionamento de Deus através do perigo:

 

39 E, sendo já dia, não conheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia, e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.

40 E, levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia.

41 Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.

42 Então a idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.

43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra;

44 E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo.

 

Eles ainda não sabiam, mas o lugar em que eles pararam era a ilha de Malta. Aqui está uma foto de Malta hoje (Fig. 5). Muito bonito, não? O versículo 39 descreve “uma enseada que tinha praia”. Esse lugar hoje é chamado “Enseada de São Paulo”. Quer ver uma foto dela? Aqui está (Fig.6). É um lugar lindo com clima perfeito. É lá que eles naufragaram. Um lugar bem bonito para se naufragar!

 

Sabem no que eu pensei quando estava lendo esses últimos versículos e quando eu li sobre como Deus guiou durante os momentos de perigo? Eu pensei na música “Maravilhosa Graça”. Eu pensei naquele terceiro verso maravilhoso: “Por muitos perigos, trabalhos pesados e armadilhas, Eu já passei. Essa graça que me trouxe em segurança de tão longe, E graça vai me levar para o lar”. Você conhece esse verso?  Ele é real para você? Tende bom ânimo e creia. Cantem comigo: Por muitos perigos, trabalhos pesados e armadilhas, Eu já passei. Essa graça que me trouxe em segurança de tão longe, E graça vai me levar para o lar”. . Fiquem de pé para oração.