Quão Grande é o nosso Deus

Quão Grande é o nosso Deus

Lucas 1:57-66

“Quão Grande é o nosso Deus”

(Lucas 1:57-66)

Série: Certeza em Tempos Incertos

Rev. Todd A. Linn, PhD

Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson KY

(28/3/10)

 

 

  • Peguem a Palavra de Deus e abram em Lucas, capítulo1.

 

Há poucas semanas atrás começamos uma série de mensagens através do Evangelho de Lucas e temos lido sobre o anúncio de dois miraculosos nascimentos. Nós lemos como o Anjo Gabriel falou a duas diferentes pessoas em dois diferentes locais, que dois diferentes filhos nasceriam, um João Batista, e o outro, o Senhor Jesus Cristo. Em um primeiro momento, o anjo apareceu a um homem chamado Zacarias enquanto ele estava servindo no templo. O anjo disse a esse velho homem, Zacarias, que sua esposa Isabel, também avançada em idade e estéril, e passada da idade de ter filhos, conceberia e teria um filho. Zacarias não creu no anjo e então o anjo atingiu Zacarias com mudez. A inabilidade de Zacarias em falar foi provavelmente acompanhada da inabilidade de ouvir. Em ambos os casos, Deus julgou Zacarias por falhar em crer. Este foi um julgamento que durou até o nascimento do bebê. Agora leremos o que acontece nove meses depois.

 

 

  • Fiquemos em pé em honra à leitura da Palavra de Deus.

 

57 E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho.

58 E os seus vizinhos e parentes ouviram que tinha Deus usado para com ela de grande misericórdia, e alegraram-se com ela.

59 E aconteceu que, ao oitavo dia, vieram circuncidar o menino, e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai.

60 E, respondendo sua mãe, disse: Não, porém será chamado João.

61 E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome.

62 E perguntaram por acenos ao pai como queria que lhe chamassem.

63 E, pedindo ele uma tabuinha de escrever, escreveu, dizendo: O seu nome é João. E todos se maravilharam.

64 E logo a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; e falava, louvando a Deus.

65 E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as montanhas da Judéia foram divulgadas todas estas coisas.

66 E todos os que as ouviam as conservavam em seus corações, dizendo: Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.

 

 

  • Oração.

 

 

Introdução:

 

 

Existe algo naturalmente intrigante sobre pessoas que comemoram aniversários junto conosco. Quase sempre ficamos surpresos quando alguém diz para gente, “Hoje é o seu aniversário? Bem, também é o meu aniversário!” “Tá brincando!” nós respondemos. E os fabricantes de cartões de feliz aniversário têm tirado vantagem disso. Você pode encontrar cartões que mostram um número de diferentes personalidades que compartilham da data do seu aniversário. Há também websites como o “famousbirthdays.com” onde você pode colocar a data do seu aniversário e encontrar um número de grandes e influentes pessoas que compartilham a mesma data do seu aniversário. E muitos jornais locais têm feito isso por anos. Então olhamos para a lista de nomes e vemos quem faz aniversário no mesmo dia que nós e experimentamos quase que um sentimento de parentesco com essas pessoas, como se de alguma forma, o fato de compartilharmos o mesmo dia de nascimento signifique que, talvez, sejamos muito parecidos, como se o nosso nascimento no mesmo dia, significasse que somos como essas pessoas que o mundo considera grandes e influentes.

 

Eu me lembro como fiquei desapontado por muitos anos quando olhei para o jornal em 30 de Junho para ver quem fazia aniversário no mesmo dia que eu, e lá estava somente um punhado de personalidades, a maioria deles mortos ou desconhecidos para mim. O único nome que eu reconhecia e que ainda estava vivo era o notório boxeador Mike Tyson. “O que isso significa?! Eu me tornarei como ele? Mordendo as orelhas das pessoas?!”

 

Quando vocês olham em suas Bíblias para o intervalo que Lucas dá ao lembrar o nascimento de João Batista, comparado ao intervalo dado ao lembrar do nascimento de Jesus, você vai notar que Lucas dá um intervalo maior a Jesus do que a João. É assim que deveria ser, ao lembrarmos do que o Anjo Gabriel disse a Zacarias, que seu filho João Batista seria “grande aos olhos do Senhor (1:15)”, ao passo do que o anjo disse a Maria que seu filho Jesus seria não apenas grande “aos olhos do Senhor”, mas “grande” ponto final (1:32). A grandeza de Jesus está fora de qualificação. A grandeza de Jesus não tem limites. Jesus é grande porque Deus é grande. Jesus é grande porque Ele é Deus.

 

Então conforme estudamos estes poucos versículos nesta manhã em nosso texto, é importante lembrar que estamos lendo sobre o nascimento de João Batista, uma grande pessoa, mas não a maior pessoa. A missão de João foi preparar o caminho para Jesus Cristo. O papel e o ministério de João foi preparar pessoas para Jesus e apontá-las para Jesus. Então enquanto estudamos nesta manhã sobre o nascimento de uma grande pessoa, João Batista, devemos nos lembrar que o próprio João diria que nosso estudo seria infrutífero, se de alguma forma perdêssemos o fato de que deveríamos estar muito mais interessados nAquele para quem o dedo de João estava sempre apontado, o Senhor Jesus Cristo. Quão grande é o nosso Deus.

 

Bem, vamos estudar esses dez versículos um pouco mais de perto e depois eu quero compartilhar com vocês alguns pontos para vocês levarem para casa nesta manhã, e que eu espero ser de grande ajuda para vocês, conforme viverem sua fé em Cristo nesta semana.

 

Com registros breves, Lucas recorda no versículo 57 que o tempo de Isabel havia completado para ela conceber, e ela teve um filho. Então aqui estão os vizinhos e parentes agora no versículo 58 para se juntarem na celebração do nascimento. Eles “ouviram que tinha Deus usado para com ela de grande misericórdia” e “alegraram-se com ela”. Até aqui tudo bem, mas então, no versículo 59, “E aconteceu que, ao oitavo dia, vieram circuncidar o menino” e é aqui que a dificuldade começa.

 

O problema não é a circuncisão. Circuncisão era tão antigo quanto Gênesis 17 quando Deus falou a Abraão que toda criança de oito dias em sua família, deveria ser circuncidada como um sinal do concerto entre Deus e Seu povo. Este ato de circuncisão foi uma lembrança perpétua de que o povo de Deus encontraria sua força, não em sua carne, mas no Único Verdadeiro Deus que os amou e cuidou deles e os colocou à parte como um povo especial. Não, circuncisão no oitavo dia não é o problema aqui no texto. O problema são todos esses membros da família e amigos que se ajuntaram.

 

É claro, família e amigos são uma benção para um jovem casal conforme eles se preparam para o nascimento da criança e então trazem a criança para o mundo. Alguns familiares e amigos estão lá para compartilharem na celebração, alguns talvez para ajudar, e quase todos para oferecer seus conselhos: “Qual será o nome da criança?” eles perguntam. E então começa: “Bem, se é um menino, nós o chamaremos assim e se for uma menina nós a chamaremos assim”. “Ah”, eles responderam, “Compreendemos. Bem, vocês consideraram esse nome ou aquele?” E talvez o casal force um daqueles necessários sorrisos e agradecem aos amigos e familiares por seus conselhos totalmente espontâneos de sabedoria.

 

Então no versículo 59 Lucas lembra que “e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai”. O “chamavam” no versículo 59 são os familiares e amigos. “E lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai”. Então observe a interação que se segue no versículo 60: “E, respondendo sua mãe, disse: Não, porém será chamado João”.

 

Agora isso deve resolver, certo? Eu quero dizer que esta mulher carregou por longos nove meses esta criança e então a dor da concepção em um tempo antes da ajuda dos médicos atuais, anestesia peridural e assim por diante. Para mim se alguém tinha o direito de nomear essa criança deveria ser a mãe. E toda mãe diz, “Amém!” Os familiares e amigos de Isabel dizem, “Você vai dar à criança, o nome do pai, não vai?” Isabel diz, “Não; ele será chamado João”. Então, nós esperaríamos que os familiares e amigos dissessem, “Ah, João! Bonito nome! Que Deus te abençoe ricamente Isabel”. Mas ao invés disso, o que lemos? Versículo 61, “E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome”. E o verdadeiro sentido é, “Você está louca Isabel?! Que tipo de nome é João?! Os nove meses de gravidez te fizeram perder a razão?!”

 

E isso é quase como que se eles tivessem concluído que Isabel está perdida e então se voltam exasperados para o pai, versículo 62: “E quanto a você Zacarias, o que você acha?” Bem, mesmo que o Anjo Gabriel já não tivesse dito a ele qual seria o nome do garoto, Zacarias seria esperto em dizer, “O que ela quiser! Nove meses ganhando peso, oscilando e o que ela já tem enfrentado e vai enfrentar, ela pode escolher o nome!”

 

Agora eu amo isso no versículo 62: “E perguntaram por acenos ao pai – como queria que lhe chamassem”. Então aqui há uma sugestão de que o julgamento de Deus sobre Zacarias tinha incluído surdez, bem como o fato de ficar mudo. Eles fizeram sinais para ele. É claro, para ter certeza, nós temos uma tendência a supor, a partir de um problema excepcional, que talvez a infeliz pessoa seja também afligida em outras áreas.

 

Eu me lembro uma vez, quando peguei um tipo de vírus que me causou a perda da voz por dois dias. Eu estive trabalhando em um escritório particular e a recepcionista veio para me dizer que havia um telefonema para mim. Porque eu estava incapaz de falar, a recepcionista voltou para me dizer que tinha um telefonema para mim e disse, com voz alta incomum, “Sr Smith está ao telefone!” Eu me lembro de querer dizer, “Eu posso ouvir muito bem, eu apenas não posso falar!”

 

Então talvez isso esteja ocorrendo aqui no versículo 62 com as pessoas fazendo sinais para o pai da criança – que nome ele gostaria para o bebê. A maioria dos estudiosos pensa, contudo, que o julgamento de Zacarias de permanecer mudo, incluía um julgamento de surdez. Em ambos os casos, a Zacarias é perguntado de uma forma ou de outra, qual nome ele gostaria de dar à criança. Versículo 63, “E, pedindo ele uma tabuinha de escrever, escreveu, dizendo: O seu nome é João. E todos se maravilharam”. Essa tabuinha poderia ter sido uma lousa de madeira coberta com cera e é importante considerar o que João não escreve, assim como é importante considerar o que João escreve. Ele não escreve, “Eu acho que deveríamos chamá-lo João”. Ele nem mesmo escreve, “Seu nome será João”, mais que isso, ele escreve, “Seu nome é João”. Eu acredito que Zacarias aprendeu sua lição! Ele cria no Anjo Gabriel agora. Ele não estava mais impondo sua vontade sobre a vontade de Deus. Seu nome é João.

 

Não há surpresa ao lermos no próximo versículo, versículo 64, “E logo a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; e falava, louvando a Deus”. Em resposta à fé de Zacarias, Deus retira Seu julgamento e a primeira coisa que sai da boca de Zacarias é um louvor a Deus. Eu suponho que ele disse, “Aleluia”, a palavra hebraica para “Deus seja Louvado!” Essa é a coisa natural a se dizer em resposta à obra de Deus ou à oração respondida.

 

Há algumas semanas eu estive procurando minhas recordações do aniversário espiritual dos meninos. Eu compartilhei com vocês anteriormente que eu tenho uma cópia manuscrita do que aconteceu no dia em que meus dois garotos oraram para receber a Cristo. Eles têm apenas uma página do que ocorreu naquele dia, o que foi dito, e assim por diante. Eles são preciosos para nós e nós os lemos todos os anos para os nossos meninos, no aniversário do dia em que receberam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Bem, eu os tinha extraviado e procurei por eles em todos os lugares. Eu orei conforme procurei em meu escritório aqui na igreja, nos arquivos em casa e nas caixas na garagem. Finalmente, eu abri um folder em minha garagem e os encontrei, e espontaneamente clamei, “Louvado seja Deus!” E me senti meio tolo por ter gritado isso tão alto que olhei para a porta ao lado para ver se minha vizinha, Gail, estava do lado de fora. Ela não estava, então não me senti tão tolo, mas vocês sabem que isso é uma resposta natural ao trabalho do Senhor ou a uma oração respondida. Louvado seja o Senhor. Aleluia!

 

Então Lucas registra brevemente, de forma resumida, a resposta para tudo isso sobre o nascimento de João Batista no versículo 65. Ele escreve, “E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as montanhas da Judéia foram divulgadas todas estas coisas”. Notícia boa viaja rápido! Versículo 66, “E todos os que as ouviam as conservavam em seus corações, dizendo: Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele”.

 

Esta última frase, “E a mão do Senhor estava com ele”, era uma maneira comum no Velho Testamento de expressar a poderosa presença de Deus na vida de uma pessoa. A mão do Senhor estava com ele. Esta deveria ser a benção suprema que nós buscaríamos para nossas crianças, não que elas crescessem para serem populares, graciosas, famosas, ricas e bem sucedidas, mas que “a mão do Senhor estivesse com elas”.

 

Agora, o que eu gostaria de fazer é dar para vocês, apenas alguns pontos “tirados” para considerarmos nesta manhã. De certa forma, estamos fazendo a mesma pergunta que as pessoas fizeram no último versículo, “Quem será, pois, este menino?” O que João Batista nos ensina? O que nós podemos vir a entender sobre Deus, até mesmo aqui, como resultado de nosso estudo do evento do nascimento daquele cujo dedo está apontado para Jesus Cristo? Primeiro:

 

 

1) Nós podemos conhecer verdadeira Alegria

 

 

Quando Gabriel apareceu primeiro a Zacarias, ele lhe disse que seu futuro filho, João Batista, traria alegria a muitas pessoas. Veja lá no versículo 14: “E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento”. O que lemos em nosso texto hoje é o cumprimento parcial dessa promessa. Nós lemos no versículo 58 que quando os familiares e vizinhos de Isabel ouviram como o Senhor tinha mostrado grande misericórdia a ela, “eles se alegraram com ela”. Alegria.

 

E a causa principal de alegria em nossos corações nesta manhã não tem muito a ver com o nascimento de João Batista, quanto tem a ver com o nascimento dAquele que de longe é muito maior que João. João prepara o caminho para Cristo. O acontecimento do nascimento de João antecipa um nascimento maior que se segue. João traz alegria a muitos do povo de Deus, mas, Lucas 2:10, Jesus Cristo trará “grande alegria, que será para todo o povo”.

 

Este texto nos lembra que nós podemos conhecer a verdadeira alegria. E nunca nos lembramos com tanta freqüência de que alegria Cristã é muito diferente de felicidade. Felicidade é uma emoção que pode ser sentida por todas as pessoas em algum nível em várias ocasiões. Você recebe um cheque pelos correios e você fica feliz. Você recebe um bom boletim escolar e fica feliz. O sol brilha e você fica feliz. O seu time vence o jogo e você fica feliz. Mas essa felicidade é uma felicidade que depende de resultados positivos, uma felicidade dependente das circunstâncias da vida. Então se o cheque não chega, ficamos tristes, se recebemos um boletim escolar ruim, ficamos tristes, e assim por diante.

 

Alegria Cristã, por outro lado, é constante, independente das circunstâncias. Podemos ter maus momentos, mas continuamos a ter alegria. A alegria está lá não importa o que aconteça. A alegria de conhecer a Deus através da fé em Jesus Cristo, alegria em ter nossos pecados perdoados, alegria de saber que não há mais culpa ou vergonha diante de Deus, essas são verdades que nos mantém olhando confiantemente para cima, conforme lutamos nesse mundo caído. Este texto nos lembra que podemos conhecer alegria verdadeira. Em segundo lugar, este texto nos lembra que:

 

 

2) Nós podemos conhecer verdadeiro Louvor

 

 

Zacarias nos ensina sobre o verdadeiro louvor. Ele foi acometido por mudez durante nove meses. Imagine: nove meses sendo irremediavelmente incapaz de falar! E nos últimos três meses as coisas só pioraram para Zacarias, assim que Maria veio morar com eles e Zacarias silenciosamente observa Isabel e Maria conversando constantemente uma com a outra.

 

O que você faria se você não pudesse falar por nove meses? Você provavelmente veria mais do que viu anteriormente e pensaria mais profundamente sobre as coisas do que antes. Em nosso mundo somos constantemente bombardeados com estímulos barulhentos que roubam nossas habilidades de refletir profundamente sobre as coisas. Poucos de nós parecem ter tempo para o silêncio. Algumas pessoas vivem com constante barulho de rádio ou TV o tempo todo na sala de estar como uma espécie de ambiente de apoio necessário para a vida. Você reserva um tempo diariamente para dar uma pausa para uma reflexão espiritual?

 

Semana passada eu li um artigo do New York Times que fazia referência a um estudo recente publicado no Jornal Ciência Psicológica. O estudo descobriu que aqueles que refletem profundamente com outros, tendem a ser mais felizes do que aqueles que meramente falam do tempo, esportes e assim por diante. Conversa vazia sobre os eventos comuns do dia a dia não evocam os mesmos tipos de sentimentos prazerosos, como fazem as discussões profundas sobre filosofia e teologia. É um estudo interessante.

 

Zacarias tinha muito tempo para refletir espiritualmente sobre os assuntos profundos de teologia: nove meses! E finalmente Deus retira a proibição de falar e Zacarias pode falar e a primeira coisa que Zacarias faz é louvar a Deus. A mais completa expressão desse louvor é encontrada na profecia de Zacarias localizada mais adiante no capítulo. Estudaremos isso mais para frente. É a profecia mais cheia de louvor e admiração a respeito do Senhor Jesus Cristo. Mas é interessante, não é mesmo, que a primeira coisa que sai da boca de Zacarias depois de nove meses de silêncio é louvor a Deus.

 

Se estivéssemos no lugar de Zacarias, qual seria a primeira coisa que teríamos dito após nove meses? Sem dúvida seria muito difícil para muitos de nós, não falar de nós mesmos: “Ah, você não faz idéia o que eu passei nesses nove meses! Eu não podia falar e isso foi terrível! Você não tem idéia do que é ser eu!”

 

Saibam que uma pequena aflição nos serve bem. Nove meses de silêncio faz com que Zacarias pense profundamente em seu relacionamento com Deus. Isso não é o mesmo que a benção de sofrer tribulações e problemas? É isso o que Paulo diz mais tarde em Romanos 5:3-4, “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança”, uma esperança que “não desaponta”, mas uma esperança que é uma expectativa confiante de que tudo está bem por causa do amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

 

Deus permite uma pequena aflição para nos trazer para mais perto de Seu lado. Deus permite um pequeno sofrimento para que pensemos profundamente sobre o que realmente importa neste mundo e chegarmos a Ele de joelhos com mais freqüência. E quando Deus finalmente age no tempo certo, de acordo com Seu plano perfeito e vontade perfeita, conhecemos alguma coisa sobre louvor verdadeiro. Nós clamamos, “Aleluia! Louvado seja o Senhor!”

 

Então este texto ensina que podemos conhecer alegria verdadeira e louvor verdadeiro. Em terceiro lugar, este texto ensina que:

 

 

3) Nós podemos conhecer verdadeiro Temor

 

 

Versículo 65 diz que “E veio temor sobre todos os seus vizinhos”.  Temor Bíblico de Deus tem mais a ver com admiração e reverência do que se sentir assustado. Temor de Deus é refletir sobre a santidade de Deus e o poder de Deus e do fato incrivelmente surpreendente de que Deus oferece graça no meio de tanta santidade e poder.

 

A razão de “veio temor sobre todos os seus vizinhos” no versículo 65 é devido ao que Deus fez com Zacarias no versículo 64: “E logo a boca se lhe abriu, e a língua se lhe soltou; e falava, louvando a Deus”.

 

A palavra “logo” ali no começo do versículo 64 sugere que é como se Deus mal pudesse esperar para restaurar a voz de Zacarias. Esta é a obra de um Deus poderoso e gracioso. Deus poderia ter mantido Zacarias mudo para o resto de sua vida e nós poderíamos até concluir que Zacarias mereceu tamanho julgamento. Mas Deus escolhe livremente, restaurar a voz de Zacarias, baseado em nada de bom em Zacarias, simplesmente na escolha graciosa e soberana de Deus.

 

Isso parece um pouco com o pai na estória que Lucas vai nos contar mais tarde, o pai e o filho pródigo. O filho tem seu “discurso de perdão” todo pronto. Ele sabe o que ele vai dizer para o seu pai, pedindo pelo perdão de seus pecados, mas antes que o filho pudesse colocar isso para fora de sua boca, o pai corre em direção ao filho e graciosamente o perdoa e o abençoa com todos os tipos de bênçãos.

 

É assim que Deus age. É assim que este Deus forte, poderoso e maravilhoso age. Sim, Ele é santo. Sim, Ele é onipotente, onipresente e onisciente. Mas Ele também é um Deus gracioso, lento em se irar, e abundante em misericórdia. É por isso que tememos a Deus. É por isso que O reverenciamos e O respeitamos e nos curvamos diante dEle admirados, porque em Cristo Jesus nós sabemos algo do que ocorreu ao filho pródigo. Nós sabemos algo da “Maravilhosa Graça” a qual o coral cantou mais cedo. E se Zacarias pôde dizer, “Uma vez fui mudo, mas agora falo”, nós podemos dizer, “Uma vez estive perdido, mas agora fui encontrado, fui cego, mas agora vejo”.

 

  • Fiquem de Pé para orarmos.