Jesus em Nosso Lugar

Jesus em Nosso Lugar

“Jesus em Nosso Lugar”
(Lucas 23:13-25)
Série: Certeza em Tempos Incertos
Rev. Todd A. Linn, PhD
Primeira Igreja Batista de Henderson, Henderson
Peguem suas Bíblias e juntem-se a mim no Evangelho de Lucas, capítulo 23 (Pg 711; YouVersion).
Meu filho mais velho e eu estamos lendo juntos o livro de David Platt, Radical. Esta semana do capítulo 5:
Frequentemente pergunto aos membros de nossa igreja se eles são recebedores ou reprodutores da Palavra de Deus. Deixe-me ilustrar a diferença. Imagine-se no Sudão. Você entra em uma cabana de palha com um pequeno grupo de líderes de igrejas Sudaneses e você se senta para ensiná-los a Palavra de Deus, assim que você começa, você perde o contato visual com todos eles. Ninguém está olhando para você e você dificilmente vê os olhos deles o resto do tempo. A razão é porque eles estão anotando cada palavra que você diz. Depois eles vêm a você e dizem, “Mestre, vamos fazer tudo que aprendemos da Palavra de Deus, traduza isso para nossa língua e ensina isso em nossas tribos.” Eles não estavam ouvindo para receber, mas para reproduzir.
Agora viaje comigo para o culto contemporâneo nos Estados Unidos. Algumas pessoas têm suas Bíblias abertas, enquanto outras nem se quer possuem Bíblias com elas. Poucas pessoas anotam, mas para a maioria elas estão sentadas passivamente na audiência. Enquanto alguns estão provavelmente desengajados, outros estão atentamente focados no que o pregador está falando, ouvindo a Palavra de Deus para saber como aplicá-la às suas vidas. Mas a realidade é, poucos estão ouvindo para reproduzir. Nós somos, por natureza, recebedores. Mesmo que tenhamos o desejo de aprender a Palavra de Deus, nós ainda ouvimos a partir de uma mentalidade egoísta que está sempre questionando, o que posso tirar de tudo isso? Mas como temos visto, isso é Cristianismo não bíblico. E se mudássemos a pergunta toda vez que nos reuníssemos para aprender a Palavra de Deus? E se começássemos a pensar, como posso ouvir esta Palavra de forma que eu seja equipado para ensinar esta Palavra aos outros? Isso muda tudo.
Paramos na semana passada no verso 12, então prosseguiremos nesta manhã a partir do verso 13. Vocês vão se lembrar da última vez que os líderes Judeus tinham trazido Jesus diante de dois governantes com o propósito de condená-Lo. Eles nunca estiveram “a bordo” com os ensinamentos de Jesus de Nazaré e nunca creram nEle como sendo o Messias. Assim, eles trazem-no diante desses dois governantes; o Governador Romano Pôncio Pilatos e o Tetrarca da Galiléia Herodes Antipas. Ambos acharam Jesus inocente de qualquer transgressão, de qualquer coisa que mereça a morte. Então Herodes envia Jesus de volta para Pilatos e prosseguiremos do verso 13 com o que acontece a seguir.

Fiquemos de pé em honra à leitura da Palavra de Deus.
13 E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo,
14 Disse-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.
15 Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.
16 Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.
17 E era-lhe necessário soltar-lhes um pela festa.
18 Mas toda a multidão clamou a uma, dizendo: Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás.
19 O qual fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio.
20 Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.
21 Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.
22 Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei.
23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, prevaleciam.
24 Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
25 E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
Oremos.

Introdução:
Ao ler essa passagem eu quase sempre termino me identificando com Barrabás. Barrabás, que é culpado e condenado à morte, é libertado pelo Governador Romano Pôncio Pilatos. Jesus que é inocente de qualquer transgressão é condenado à morte. Alguém poderia até dizer que Jesus morreu no lugar de Barrabás. Jesus morreu como o substituto de Barrabás. Jesus morreu no lugar do pastor Todd. Jesus morreu em nosso lugar. Jesus morreu como nosso substituto.
Essa palavra substituto é geralmente usada para designar a substituição de uma coisa por outra de menor ou igual valor. Nós vamos a um restaurante e perguntamos se podemos substituir um item por outro, substituir salada por vegetais grelhados. Ou, no caso do meu filho mais novo, se podemos substituir batatas fritas por vegetais grelhados. Nós trocamos uma coisa por outra de menor ou igual valor.
No Colegial, uma professora substituta era geralmente considerada pela classe – infelizmente – como uma pessoa de menor valor que a professora usual. Se entrássemos em uma sala e encontrássemos uma professora substituta presente, concluíamos que teríamos um dia de folga – sem ofensas as professoras substitutas; isso é apenas como muitos em nossa escola pareciam trabalhar.
Mas novamente, “substituto” geralmente designa a troca de uma coisa por outra coisa de menor ou igual valor. Você nunca pode “negociar”, por assim dizer. Você não pode ir a um restaurante e pedir para substituir seus vegetais grelhados por outra porção de costeletas ou esperar que substituam sua salada verde por uma sobremesa gourmet – pelo menos não conheço nenhum lugar assim. Se você conhece um restaurante que faz isso, ajude um irmão e me conte!
Se você permitir uma analogia grosseira e não santa, existe uma substituição no Evangelho que permite um “negócio,” por assim dizer. No lugar de um criminoso condenado fica um Substituto; não outro criminoso, nem mesmo uma pessoa de igual valor e mérito, mas Um de muito maior valor e Um de honra inestimável, um Substituto como nenhum outro. Jesus morre em nosso lugar.
Agora eu quero prosseguir nesse texto e depois de compartilhar alguns pensamentos sobre o que significa Jesus ser o nosso substituto, o que significa Jesus estar em nosso lugar. Primeiro, vamos calcar nosso estudo no contexto da Palavra de Deus. Olhe para sua Bíblia.
No verso 13, Pilatos está colocando ordem no tribunal. Observou isso?
13 E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados, e o povo (ele está convocando a corte contra Jesus), verso 14:
14 Disse-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.
15 Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.
O ponto principal de Lucas ao dar os detalhes dessa passagem é que Jesus é inocente de qualquer transgressão. Essa é a sua ênfase principal, a inocência de Jesus. E o que é verdadeiro sobre Jesus historicamente nesse julgamento criminoso, também é verdadeiro teologicamente em Sua Pessoa. Ele é inocente de qualquer falta. Pedro diz em 1Pedro 1:19, Jesus é “um cordeiro sem mancha e sem defeito,” e baseado nisso Ele é o sacrifício perfeito, um Substituto perfeito, um Cordeiro perfeito que, conforme João Batista coloca, “tira o pecado do mundo! (João 1:29).”
E essa é a maior estória, a meta-narrativa, acontecendo aqui, mas Pilatos não conhece essa maior estória. Ele simplesmente acha Jesus inocente de qualquer transgressão, mas ele também sente a pressão de ter que fazer algo para satisfazer a ira dos líderes Judeus. Verso 16:
16 Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei.
Agora eu sei que é fácil nos pegarmos tentando encontrar algum tipo de compaixão por Pilatos, mas deveríamos resistir a essa ideia. Pilatos está muito mais preocupado em como essa situação vai se desenrolar politicamente, do que em fazer a coisa certa. Perceba a ironia do verso 16. Pilatos não acha culpa em Jesus por qualquer transgressão, mas o que ele diz que fará no verso 16? “Eu vou castigá-Lo – puni-Lo – e soltá-Lo.” Isso é como jogar o osso para um cachorro. Pilatos não se importa com Jesus, tanto quanto, se importa consigo mesmo, por seu sucesso político, por seu legado. Então ele pensa consigo mesmo, “Talvez isso satisfaça esses líderes Judeus fanáticos sedentos de sangue pela morte desse homem inocente. Vou apenas bater no homem, isso deve dar certo.”
Agora, minha tradução tem o verso 17 da seguinte maneira:
17 E era-lhe necessário soltar-lhes um pela festa.
Talvez você esteja usando uma tradução que não tenha o verso 17. Nos antigos manuscritos Gregos essa declaração não está presente e alguns sentem que a razão disso estar incluído em muitos manuscritos novos de Lucas é simplesmente porque os escirbas queriam que os leitores de Lucas soubessem a respeito desse fato de soltar um prisioneiro durante a Páscoa. Os outros escritores do Evangelho relatam essa tradição de soltar um prisioneiro durante a Páscoa, então alguns sentiram que isso deveria ser incluído aqui. Reconhecidamente, isso ajuda a explicar porque a multidão se manifesta da maneira que faz no verso 18:
18 Mas toda a multidão clamou a uma, dizendo: Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás.
Então existe essa tradição, você sabe, aparentemente um meio pelo qual as autoridades Romanas desejavam mostrar um pouco de misericórdia, permitindo que a multidão determinasse qual prisioneiro poderia ser libertado durante a Festa da Páscoa. Pilatos pensa que eles ficariam satisfeitos se ele liberasse Jesus, mas eles gritaram, “Fora daqui com este Homem, e solta-nos Barrabás.” Lucas nos conta o que Barrabás havia feito para estar preso, verso 19:
19 O qual fora lançado na prisão por causa de uma sedição feita na cidade, e de um homicídio.
20 Falou, pois, outra vez Pilatos, querendo soltar a Jesus.
21 Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o.
22 Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei.
Novamente, lembre-se que Lucas está enfatizando a inocência de Jesus. Três vezes – verso 4, 14 e 22 – três vezes Pilatos diz algo do tipo, “Eu não acho falta neste homem.”
23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, prevaleciam.
Os outros escritores do Evangelho nos contam que na verdade os líderes Judeus encitaram a multidão de forma a conseguirem o que queriam. Eles disseram à multidão o que falar e então houve esse grande alvoroço de pessoas gritando a Pilatos, “Crucifia-O, crucifica-O.” A Tradução Phillips traz, “Eles gritaram, gritaram sua exigência para que ele fosse crucificado [e] ganharam o dia com seu grito (Lucas 23:23-24),” e assim foi, verso 24:
24 Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
Pilatos cede à pressão do pedido deles. Agora, sermões e estudos bíblicos que lidam com a liderança falha de Pilatos e quão importante é para os líderes não ceder, não se comprometer e assim por diante, são sermões e estudos bíblicos que perdem o objetivo do propósito intencional de Lucas. Isso não é uma lição de liderança. É uma lição sobre a morte de Cristo. Verso 25:
25 E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
Ao invés de soltar Aquele que é inocente, Pilatos solta aquele que é culpado. Jesus permanece. Barrabás é liberado.
Eu me pergunto como teria sido essa cena quando o carcereiro disse a Barrabás que ele poderia ir. Ele fora considerado culpado de liderar uma rebelião na cidade e por matar alguém. Ele foi sentenciado à morte e o carcereiro vai à cela dele e diz, “Ei, Barrabás. Você pode ir.” O carcereiro abre a cela e gesticula para Barrabás sair. E não acho que Barrabás hesitou ou disse algo do tipo, “Bom, deve estar havendo algum engano.” Ele é um criminoso! Eu acho que ele levantou o mais rápido que pode e correu para fora da cela, do prédio e para as ruas, rindo ao longo do caminho.
No entanto, Jesus morreu em seu lugar. O que aconteceu simbolicamente com Barrabás não é o que acontece com todo Cristão? Pedro diz em 1Pedro 3:18(a), “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus.”
“Jesus em nosso lugar” significa que o justo sofreu pelo injusto, para levar-nos a Deus. Jesus morreu como nosso Substituto. Jesus morreu em nosso lugar.
Este é o coração do Evangelho, resumido sucintamente pelo Apóstolo Paulo em 2Coríntios 5:21, “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
Jesus morreu em nosso lugar, pagou o débito que devíamos, cumpriu a lei que quebramos. Jesus em nosso lugar. No restante do nosso tempo eu quero compartilhar algumas implicações importantes de “Jesus em nosso lugar.” O que isso significa? Número um:

Jesus em nosso Lugar…
Dá Significado à frase, “Deus Te Ama”
Com que frequência essa frase é usada na igreja contemporânea sem qualquer base teológica. Muitos pregadores, professores e Cristãos de todas as faixas acreditam que se apenas dissermos, “Deus Te Ama”, que de alguma forma as pessoas vão “pegar isso” e “serão movidas” e mudam o mundo. Deus te ama. Talvez se apenas mantivéssemos dizendo isso, as pessoas sentiriam: “Deus te ama, Deus te ama, Deus te ama.” Bem, o que isso significa? Como Deus me ama?
Paulo diz em Romanos 5:8, “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Como Deus demonstra Seu amor por nós? Enquanto éramos pecadores, Cristo morreu POR nós, morreu como nosso Substituto, morreu em nosso lugar. Paulo diz em Romanos 5:6-10: “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. 10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.”
Aqui está a profundidade do amor de Deus! Eu sou culpado de pecado. Eu sou Barrabás. Eu sou um transgressor da lei. Eu tenho violado a perfeita lei de Deus. Eu ouço Jesus dizer em Mateus 5:21-22:
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. 22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;” e eu digo a mim mesmo, “Culpado de assassinato.”
Eu ouço Jesus dizer em Mateus 5: 27-28:
“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” E eu digo a mim mesmo, “Culpado de adultério.”
E eu ouço Jesus dizer em Mateus 5:44:
“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;” e eu digo a mim mesmo, “Você não faz o que deveria fazer, Todd. Você é um violador da lei.”
Jesus diz para mim, “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus (Mateus 5:20),” e eu penso, “Como eu vou entrar?! A Bíblia diz em Romanos 3:23, “o salário do pecado é a morte.” Eu mereço morte, julgamento e inferno pelo meus pecados, Deus me ajude!
Romanos 5:28, “Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Cristo que é inocente, é considerado culpado para que nós que somos culpados, sejamos considerados inocentes.
Esta é a verdade simbolizada na semana que Jesus morreu na cruz, Páscoa, um dia santo celebrado por centenas e centenas de anos quando o povo de Deus ofereceu um cordeiro sem manchas ou defeito como substituto por seus pecados. Todo cordeiro Pascal apontou para frente, um sacrifício mais perfeito, um Substituto mais perfeito por nossos pecados, o Senhor Jesus Cristo, Jesus que viveu a vida que deveríamos ter vivido e morreu a morte que deveríamos ter morrido.
Essa é a teologia envolvendo a frase, “Deus te ama.” Essa é a teologia que ancora a verdade de João 3:16, “Deus tanto amou o mundo que deu Seu Unigênito – deu para morrer – para que todo aquele que nEle crê, não pereça mas tenha a vida eterna.”
Como isso é possível? Jesus em meu lugar. Jesus tomou o meu pecado sobre Si mesmo, suportou meu castigo, suportou a ira de Deus, morreu por mim para que eu pudesse ser salvo. Ele toma o que me pertence – pecado – e dá o que pertence a Ele – justiça. Essa é a teologia por trás da frase, “Deus te ama.”
Então vamos pensar sobre o que significa quando dizemos às pessoas, “Deus te ama.” Vamos nos certificar de que falamos de um Deus que demonstra Seu amor por nós nisto, que enquanto pecadores, Cristo morreu por nós (Romanos 5:8). Esse é um amor que eu posso sentir. Você apenas diz para mim tantas e tantas vezes, “Deus te ama,” isso realmente não significa muito para mim, mas quando você explica para mim que eu recebo Seu amor mesmo sendo um transgressor culpado, pecador, um violador da lei, assassino e rebelde contra Ele, bom agora eu começo a sentir Seu amor. E quando você me diz que eu mereço a morte por causa de minhas transgressões, pecados, violações, assassinato e rebelião, mas que Deus toma o meu lugar na cruz pelas minhas transgressões, pecado, violações, assassinato e rebelião, agora eu sinto o amor.
Jesus em nosso lugar dá significado à frase, “Deus te ama.” Em segundo lugar:
Jesus em nosso Lugar…
Torna Possível a Nossa Aceitação por Deus
Se eu confio em Cristo e O recebo como meu Senhor e Salvador isso significa que eu sempre estarei “em Cristo Jesus.” Eu estou em Cristo. Isso significa que Deus sempre me vê “em Cristo.” Isso significa que Deus olha para mim e vê meu pecado coberto pela justiça de Cristo. Citando nosso amigo Jerry Bridges no grande livro, O Evangelho para Verdadeira Vida, isso significa, “Eu sou aceito por Deus não baseado em meu desempenho pessoal, mas baseado na justiça infinita e perfeita de Cristo.”
Pilatos não achou falta nEle. Ele é, conforme diz Pedro em 1Pedro 1:19, “um cordeiro sem defeito e sem mancha.” Porque não há falta alguma nEle, então nós que estamos “nEle” também somos sem falta. Não há falta em Cristo e, portanto, Deus olha para nós que estamos “em Cristo” e diz, “Eu não acho falta em você.”
Paulo diz em Romanos 4:25, “Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação (NVI).” Ele morreu por nossos pecados e ressuscitou para que possamos ser justificados, declarados justos, declarados ‘sem culpa’ por pecado, aceitos por Deus.
Nós somos aceitos por Deus para sempre. Nós somos para sempre aceitos à vista de Deus. Não podemos fazer nada para perder essa aceitação, nem podemos fazer nada além para sermos mais aceitos. Nossa aceitação é encontrada somente em Cristo. Novamente, “Eu sou aceito por Deus não baseado em meu desempenho pessoal, mas baseado na justiça infinita e perfeita de Cristo.”
O amor de Deus por mim é um amor que se derrama através de Seu perfeito amor por Seu Filho Jesus e o que Jesus fez na cruz como meu substituto. Assim, quando eu peco, Deus não vai me amar menos porque Seu amor é um amor perfeito que se derrama través de Seu Filho Jesus. Quando eu peco, Deus não vai me amar menos e quando eu faço as coisas certas, Deus não vai me amar mais. Cuidado com essa tendência para o legalismo! Nosso desempenho não aumenta a nossa aceitação por Deus! O amor de Deus é perfeitamente constante porque é um amor atado em Seu Filho Jesus Cristo, nosso Substituto.
Que alegria saber que quando estamos “em Cristo,” somos aceitos por Deus para sempre! O diabo quer nos fazer duvidar dessa aceitação.
Alguns de vocês lutam constantemente com a culpa e a vergonha. Culpa é o sentimento que temos e que diz, “Eu fiz uma coisa ruim.” Vergonha é o sentimento, “Eu sou uma má pessoa.” Jesus morreu e nos tornou aceitos diante de Deus apesar de ambas, culpa e vergonha.
Mas alguns de vocês ouvem Satanás sussurrar em seus ouvidos, “Você é uma pessoa má. Você é uma mãe incapaz, você é um pai ruim. Você é um adolescente falho.” É nesses momentos, Cristão, que você deve olhar para a cruz e ver Jesus lá que é seu Substituto perfeito, Aquele que é Perfeito em seu lugar, que colocou um fim em todos os seus pecados e te tornou aceitável a Deus para sempre.
Conforme o escritor do hino coloca:
Quando Satanás me tenta ao desespero
E me fala da culpa dentro de mim,
Para o alto eu olho e vejo Ele lá
Quem colocou um fim em todo meu pecado.
Porque um Salvador sem pecado morreu
Minha alma pecadora é considerada livre.
Porque Deus o justo é satisfeito
Para olhar para Ele e me perdoar.
Jesus em nosso lugar torna possível a nossa aceitação por Deus. Em terceiro lugar:
Jesus em nosso Lugar…
É o Conteúdo de nosso Testemunho Evangelístico
Essa é a mensagem do Evangelho. É isso o que temos que compartilhar com nossos amigos, parentes, companheiros e vizinhos. Quando compartilhamos o Evangelho de forma a tornar conhecida a glória de Deus da comunidade para os continentes, devemos contar a estória de Jesus em nosso lugar.
Não é o suficiente contar a nossos vizinhos que Deus os ama ou até que Deus mudou nossas vidas radicalmente. Devemos contar-lhes mais que apenas a estória do Evangelho. Devemos contar-lhes sobre Jesus em nosso lugar. Este é o conteúdo de nosso testemunho do Evangelho.
O verso que citamos anteriormente, 2 Coríntios 5:21, diz que “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus.”
Esse verso é a conclusão culminante do ensino de Paulo sobre compartilhar nosso testemunho do Evangelho. 2Coríntios 5:17-21:
17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
19 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus.
Você ouviu isso? Essa é a mensagem que compartilhamos com o perdido. Essa é a mensagem de Jesus em nosso lugar. Não é, “Deus apenas te ama e quer que você seja feliz,” é, “Deus está fazendo algo que Ele não precisa fazer. Ele está reconciliando o mundo consigo mesmo, sem atribuir suas transgressões a você, as quais você merece, mas reconciliando pecadores perdidos a Si mesmo através da morte de Seu Filho, Jesus Cristo, Jesus que nunca pecou, Jesus que foi feito pecado por nós – em nosso lugar como nosso Substituto – para que pudéssemos nos tornar nEle a justiça de Deus.”
Jesus em nosso lugar é o conteúdo de nosso testemunho do Evangelho.
Fiquemos de pé para orarmos.
É difícil ler Lucas 23 e não imaginar o que aconteceu a Barrabás após deixar a cela da prisão. Ele voltou para a turba, para a multidão que gritava, “Crucifica-O?” Ele seguiu a multidão, conforme seguiram a Jesus, carregando Sua cruz, condenado à morte? Ele assistiu à distância enquanto eles cravavam as mãos e os pés de Cristo e crucificavam Jesus? E ele se espantou, “Ele morreu em meu lugar?”
Você viu Jesus lá na cruz do Calvário? Você já foi à cruz como um pecador culpado e afirmou a verdade, “Jesus em Meu Lugar?” Confie nEle nesse instante.
“Senhor Jesus Cristo, eu admito que estou mais fraco e pecador como jamais estive antes, mas, através do Senhor, Eu sou mais amado e aceito como jamais ousei imaginar. Eu Te agradeço por pagar minha dívida, suportando minha punição e oferecendo perdão. Eu deixo meu pecado e Te recebo como meu Salvador.”