Como a Bíblia Chegou até nós e Por que Podemos Confiar Nela?

Como a Bíblia Chegou até nós e Por que Podemos Confiar Nela?

“Como a Bíblia Chegou até nós e Por que Podemos Confiar Nela?”

(2 Pedro 1:16-21)

Série: Respostas (3ª de 5)

Equipe de Pregadores com Revs.Todd A. Linn e Rich Stratton

(15-03-09) (Manhã)

 

Palavras em Preto: Todd A. Linn

Palavras em Vermelho: Rich Stratton

. Peguem a Palavra de Deus e abram em 2 Pedro, capítulo 1.

 

Nós continuamos nossa série de sermões chamada “Respostas”, e Rich e eu continuamos a fazer algumas “Pregações em Equipe” este mês de Março. Lembrem que nós estamos respondendo a 5 perguntas durante este mês, perguntas populares sobre Cristianismo e religião em geral. Nós estamos estudando essas perguntas tanto na Escola Dominical como no culto. Se você perdeu algum domingo lembre que você pode obter o sermão tanto no formato em áudio ou escrito, gratuitamente, visitando nosso endereço da Internet fbchenderson.org. A propósito, semana que vem é um momento especial para distribuir aqueles cartões de convite Resposta. Semana que vem nós vamos responder à pergunta: “Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam com pessoas boas?”

 

Eu quero relembrar vocês de alguns livros disponíveis na nossa biblioteca da igreja e livros disponíveis para venda através do escritório da nossa igreja: Primeiro, Josh McDoweel, Evidência que Requer um Veredicto. Outro que é útil, Lee Strobel, O Caso para Cristo. E lembrem, disponível por apenas 7 dólares, Resposta para Perguntas Difíceis que os Céticos fazem sobre a Fé Cristã, de Josh McDowell e Don Stewart. Este livro contem respostas curtas, sucintas para perguntas do tipo: “O Novo Testamento não foi mudado desde que foi copiado e recopiado ao longo da história?” Ou, como alguém pode acreditar no relato do Novo Testamento sobre a vida de Jesus, tendo em vista que foi escrito muito depois da Sua morte?” Ou, “O que são os Escritos do Mar Morto?” Ou, “O que é o Apócrifa? Por que esses livros são encontrados nas Bíblias Protestantes?”

 

A pergunta de hoje sobre a Bíblia será dirigida primordialmente a partir dessa passagem em 2 Pedro, capítulo 1. Nós vamos ler apenas alguns versículos do capítulo um e então, depois de orarmos, nós vamos ajustar esses versículos em seu próprio contexto para que possamos compreender corretamente o seu significado.

. Fiquem de pé em honra à leitura da palavra de Deus.

 

19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.

20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

. Orar.

 

Introdução:

 

A pergunta de hoje é: “Como a Bíblia chegou até nós e por que podemos confiar nela?” E é uma pergunta importante porque tudo o que cremos como Crentes é baseado na Bíblia. Tudo que cremos acerca de Jesus, tudo o que cremos sobre perdão, e tudo o que cremos sobre céu e inferno é o que vem da Bíblia. Então, como a Bíblia chegou até nós e por que podemos confiar nela?

 

Nós vamos falar sobre isso esta manhã, mas o que você vai dizer se um amigo seu pra quem você está tentando falar do evangelho diz: “Olha, eu simplesmente não acredito na Bíblia” e você não tem tempo de compartilhar com ele todas as razões pelas quais a se pode confiar na Bíblia, o que você faz? Isso aconteceu numa visita de FAITH na quarta-feira. Como você responde a essa afirmação: “Bem, eu simplesmente não acredito na Bíblia.” Eu gosto de perguntar a essa pessoa: “É possível que a Bíblia contenha pelo menos alguma verdade?” Um cético que seja honesto vai responder: “Sim”. Então diga: “Bom, tendo em vista que você acredita que a Bíblia contém alguma verdade, eu posso compartilhar com você o que a Bíblia tem a dizer?” E novamente, uma pessoa honesta vai permitir que você fale.

 

Há muito mais material disponível para responder a essa pergunta do que nós somos capazes de fornecer em apenas 45 minutos que nós temos juntos esta manhã, então nós vamos dar a vocês um panorama de coisas a serem consideradas sobre a Bíblia , as quais vêem à tona nessa passagem da Escritura.

 

Pedro é o autor desta carta que estamos estudando esta manhã e ele escreve esta carta em grande parte para refutar um falso ensinamento que está circulando nas igrejas.O falso ensino se refere à questão da segunda vinda do Senhor. Um número de pessoas estava ensinando falsamente que Jesus Cristo não iria literalmente retornar uma segunda vez. Nós não temos tempo para especular porque eles estavam achando isso, mas é a essa mentira que Pedro está se dirigindo aqui no final do capítulo um.

 

E o que Pedro faz em nosso texto desta manhã é dar algumas razões pelas quais os crentes podem estar certos de que Jesus Cristo vai voltar. Uma das razões tem a ver com a experiência pessoal de Pedro ao ver Jesus no Monte da Transfiguração e a outra razão tem a ver com as profecias do Antigo Testamento.

 

É a partir da defesa de Pedro sobre a segunda vinda do Senhor que nós recebemos os princípios tremendamente úteis para respondermos à pergunta de como a Bíblia chegou até nós, e por que podemos confiar nela. Então, se vocês nos permitirem, durante os próximos minutos nós gostaríamos de compartilhar com vocês acerca de algumas coisas a serem consideradas sobre a Bíblia; sobre as Escrituras. Primeiro:

 

I.  Considerem a Infalibilidade da Escritura (16-19)

 

A infalibilidade da Escritura se refere à certeza da Bíblia, sua confiabilidade, sua credibilidade e veracidade. Pedro cita a infalibilidade da Escritura como razão para crer que o Senhor vai voltar. Observem-no fazer esta afirmação no começo do versículo 16:

 

16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade.

 

Pedro está defendendo o retorno literal do Senhor, Sua segunda vinda, em contrapartida à acusação de que a segunda vinda não seja nada mais do que “fábulas artificialmente compostas” ou “estórias habilmente inventadas” como traz outra tradução. Falsos mestres estavam acusando Pedro e outros de fabricar ou “inventar” a história sobre a segunda vinda do Senhor. Pedro diz: “Não! Nós não seguimos algumas estórias “arranjadas” quando ensinamos a vocês a respeito da segunda vinda Dele.” Na verdade, Pedro diz: “nós mesmos vimos a Sua majestade”, e o que Pedro está querendo dizer com isso é que ele e outros literalmente viram a majestade real de Cristo durante a Sua primeira vinda. Especificamente, Pedro e outros viram a majestade de Cristo no Monte da Transfiguração. Vejam o versículo 17:

 

17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.

18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;

 

Vocês se lembram da transfiguração de Jesus? É mencionada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. A Bíblia diz que Pedro, Tiago e João estão com Jesus no topo de uma montanha e Jesus é transfigurado diante deles. Literalmente, o esplendor e a glória real de Deus – a natureza intrínseca e divina de Deus – irradia de Cristo. Não é como quando Moisés refletiu a glória de Deus. Aqui está Jesus revelando a glória de Deus. Era uma evidência de que Jesus era divino. Também era evidência de que Jesus, cuja glória real foi grandemente encoberta durante Sua primeira vinda, retornaria em glória revelada como Rei vitorioso em pleno esplendor e majestade. Assim, a transfiguração durante a primeira vinda do Senhor foi como uma amostra da segunda vinda do Senhor. Pedro diz: “Nós estávamos lá no monte. Nós sabemos o que vimos e sabemos o que ouvimos. Nós não apenas vimos a Sua majestade; nós ouvimos a Sua majestade!” Ele diz: “Nós ouvimos a voz de Deus quando Ele disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem tenho me comprazido.”

 

Assim, Pedro fala do seu próprio testemunho com relação ao que viu no Monte da Transfiguração. Ele se refere à transfiguração porque a transfiguração revela que Cristo é mais do que um homem. Revela Cristo como um rei divino, glorioso que retornará um dia pra estabelecer Seu glorioso reino e julgar toda a terra. E Pedro diz que a transfiguração lhe dá mais certeza, “mais confiança” da confiabilidade das Escrituras porque elas falam sobre a vinda do Senhor. Os profetas do Antigo Testamento falam da vinda do nosso Senhor para governar, reinar e julgar a terra. É isso que Pedro está querendo dizer no versículo 19:

 

19 E temos, mui firme (ou “mais confirmada”), a palavra dos profetas,

 

Pedro está dizendo: “Eu já tinha fé na confiabilidade das profecias do Antigo Testamento, mas quando eu testemunhei pessoalmente a transfiguração de Cristo, eu tive ainda mais fé na veracidade da Escritura. Ele tem em mente especificamente a confiabilidade nas profecias do Antigo Testamento cuja confiabilidade se estenderia a todo o Antigo Testamento.Vejam o que mais ele disse sobre as Escrituras no versículo 19:

 

19… à qual bem fazeis em estar atentos (ou seja, “prestem atenção às Escrituras!”), como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.

 

Pedro então está dizendo que nós podemos confiar nas profecias do Antigo Testamento. Estarmos atentos. Prestar atenção nelas “como uma luz que alumia em lugar escuro”. Foi isso que Serena cantou antes na música baseada no Salmo 119:105: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho.” A Escritura é uma luz que brilha na escuridão. Ela nos guia. Sigam a luz.

 

Pedro diz que devemos estar atentos à luz das Escrituras “até que o dia amanheça”, isso é o dia da segunda vinda de Cristo, Seu retorno literal à terra quando “ a estrela da alva aparecerá em seus corações”. A “estrela da alva” é provavelmente uma referência ao próprio Cristo que retorna para preencher nossos corações de tal forma que as dúvidas persistentes ou ansiedade acerca do Seu retorno são completamente removidas.

 

Assim, quando Pedro menciona a transfiguração de Jesus ele diz que a realidade deste evento “torna mais certo” ou “dá mais certeza” ou “confirma” a confiabilidade da Escritura. Nós não temos tempo para examinar todas as profecias do Antigo Testamento que predizem a primeira e a segunda vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, mas Pedro nos relembra aqui nesta passagem que nós podemos descansar na certeza de cada uma delas porque toda a Escritura é confiável.

 

Em instantes, nós vamos ver a origem divina da Escritura e considerar suas implicações para as doutrinas da inspiração e da infalibilidade. Ou seja, porque um Deus perfeito que não tem erro é em última análise o autor da Bíblia, então sucede que este mesmo Deus guia os escritores para que a própria Bíblia seja completamente sem erro.

 

Na escola bíblica hoje, Rich disponibilizou um grande folheto, muito fácil de ler e acompanhar, chamado: “Por que confiar na Bíblia?” Ele tece detalhes de como podemos saber que a Bíblia tem sido copiada com exatidão ao longo dos anos e dá o número de manuscritos(ou seja, das cópias feitas à mão) da Bíblia que os arqueólogos têm descoberto ao longo dos anos e quão antigos eles são e assim por diante. É um folheto muito útil.

 

Deixe-me compartilhar com vocês um breve vídeo de Lee Strobel. Strobel é conhecido por escrever vários livros sobre o tema apologético, defendendo a fé. Ele antes era um cético e então ficou impressionado com a fidelidade histórica da Bíblia. Seu primeiro livro tem o título: The Case for Christ (ver nota da tradutora ao final). Dêem uma olhada neste vídeo:

 

[VIDEO CLIP: 2:20]

Strobel disse que os crentes têm uma vantagem enorme porque a verdade está do nosso lado! E está. Há muito mais manuscritos do Novo Testamento hoje do que de qualquer outro trabalho literário antigo. E realmente, quando você pensa sobre isso, é mais significativo do que o número de manuscritos do Antigo Testamento porque é no Novo Testamento que nó aprendemos a visão do Antigo Testamento quanto ao nosso Senhor Jesus.

 

Ou seja, se uma pessoa confessa ser um seguidor de Jesus Cristo, então ele vai querer sustentar a mesma visão da Escritura que o Senhor sustenta, certo? Jesus atesta o Antigo Testamento. Jesus atesta as histórias de Adão e Eva como pessoas reais. Ele atesta a veracidade histórica de Caim e Abel, de Noé e o dilúvio, da destruição de Sodoma e Gomorra – incluindo o fato da esposa de Ló ser transformada em estátua de sal – e a história de Jonas sendo engolido por um grande peixe. Ao se referir a essas histórias, nenhuma vez questiona a autenticidade delas. Se Jesus acreditou na exatidão histórica e na confiabilidade do Antigo Testamento, então assim deve fazer todo seguidor de Jesus.

 

Nós examinamos a infalibilidade da Escritura. Em segundo:

 

II.  Considerem a Fonte da Escritura (20-21)

 

Qual é a origem da Escritura? De onde ela se origina? Versículo 20 e seguintes:

 

20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.

21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

 

Pedro diz no versículo 20 que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” e o significado aqui é que “nenhuma profecia da Escritura se origina do homem.” O contexto confirma isso como diz o versículo 21 “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum.” A idéia é que a Escritura não tem origem no homem. O homem não é a fonte final da Escritura. Ou seja, Moisés não levantou simplesmente um dia e falou: “Eu vou escrever um livro.” Ao contrário, a fonte ou origem primária da Escritura é Deus. Versículo 21 novamente:

 

21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

 

Os escritores da Escritura foram guiados por Deus. Eles falaram “conforme foram movidos (ou guiados) pelo Espírito Santo.” Deus supervisionou seus escritos. Deus usou vários escritores da Escritura, usando suas origens e personalidades variadas e suas experiências. E supervisionou o processou para que, enquanto tais escritores escolhiam suas próprias palavras e se expressavam livremente, Deus assegurasse que o Ele queria que fosse dito fosse dito através deles.

 

Novamente, Pedro tem em mente especificamente a profecia do Antigo Testamento, mas o que é verdade com relação à profecia do Antigo Testamento é verdade com relação a Todo o Antigo Testamento. O versículo 20 tem a frase: “profecia da Escritura”. Reparem: “da Escritura”. Não são apenas as partes proféticas da Escritura que são de origem divina, mas ao contrário, a profecia é divina e confiável porque é uma profecia da Escritura.

 

E o que é verdade com relação à Escritura do Antigo Testamento é verdade com relação à Escritura do Novo Testamento. Deus supervisionou o escrito do Novo Testamento da mesma forma.É por isso que Jesus pode dizer em João 16:13: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.”

 

Assim, de uma forma bem real, a Bíblia é a confluência de duas naturezas: Deus e homem. O homem escreve as Escrituras, mas Deus observa a escrita, garantido que somente o que Ele deseja seja escrito, e, assim, protege contra o erro em sua forma original.

 

É essa união intrínseca de duas naturezas que torna a Bíblia tão diferente de qualquer outro livro. Assim como o Filho de Deus é uma pessoa com duas naturezas; divina e humana, assim, a Bíblia é um livro com duas naturezas; divina e humana. Assim como Jesus Cristo não tem pecado, a Bíblia não contem erro. Há alguns que falam de “contradição” na Bíblia. Mas na verdade não existe nenhuma. Podem existir contradições “aparentes”, como quando o autor de um Evangelho dá informações sob sua perspectiva e outro escritor relata a partir da perspectiva dele, mas não há contradições. A maior parte das pequenas dificuldades são facilmente explicadas com um pouco mais de estudo.

 

Mas como todas essas Escrituras, todos esses livros da Bíblia, acabaram em um único livro, o livro que agora temos nas mãos? Quem determinou quais livros seriam parte da Bíblia? Bem, vamos falar um pouco sobre o cânon da Escritura.

 

A palavra “cânon” é uma palavra grega que significa “regra” ou “padrão” para medida. Aplicada teologicamente, o cânon se refere aos livros padrão ou normativos da Bíblia. Isso é, o cânon se refere apenas aqueles livros que devem ser incluídos na Bíblia.

 

Ao tempo de Cristo, o cânon do Antigo Testamento incluía somente 39 livros da Bíblia que nós temos hoje em nossa Bíblia Protestante. Então ambos, Jesus e a comunidade judaica consideravam os 39 livros do Antigo Testamento como os únicos livros inspirados da Bíblia. Não foi até 1546 no Concílio de Trento que a Igreja Católica decretou que os 14 livros da apócrifa deveriam ser incluídos no cânon. A palavra “apócrifa” significa “escondido” ou “secreto” e se refere aos 14 livros aceitos pela Igreja Católica como Escritura divina .

 

Há razões muito boas para rejeitar os livros da apócrifa. Primeiro, o Judaísmo nunca aceitou os livros apócrifas como sendo divinamente inspirados. Grandes líderes judaicos como Filo e Josefo rejeitaram a apócrifa. Em segundo lugar, e mais importante, Jesus e os apóstolos não aceitaram a apócrifa. Enquanto Jesus faz citações de vários livros do Antigo Testamento, você nunca vai encontrar Jesus fazendo citação da apócrifa. Além do que, a maior parte dos pais da igreja primitiva rejeitaram a apócrifa. Novamente, não foi antes de 1546 que a Igreja Católica acrescentou os livros da apócrifa na sua Bíblia, em parte para defender ensinamentos não bíblicos, como orar pelos mortos e a doutrina do purgatório.

 

Na época de Cristo havia 39 livros do Antigo Testamento. Com o crescimento da igreja nos primeiros séculos, as Escrituras do Novo Testamento eram copiadas e levadas de uma igreja para outra e, de tempos em tempos, outros escritos chegavam às igrejas. Mas, em 397 d.C., o Conselho da Igreja de Cartago reconheceu somente os 27 livros do nosso Novo Testamento como sendo livros oficiais. Ouçam novamente: Os líderes da igreja reconheceram quais livros faziam parte do cânon usando um critério específico. O Conselho não atribuiu autoridade aos 27 livros. Ao contrário, eles reconheceram a autoridade natural daqueles livros. E esses 27 livros foram reconhecidos como sendo os únicos livros oficiais do Novo Testamento.

 

E esses são os que existem – 27. Ocasionalmente, alguém pergunta: “Bom, e se alguém encontrar um outro livro antigo datando da época do novo Testamento? E se um arqueólogo escavar um outro livro? Nós o acrescentaríamos à Bíblia?” Mas, vejam, não há outros livros bíblicos. Todos os que viveram durante os primeiros séculos sabiam e tinham acesso ao número total dos livros bíblicos. E eles reconheceram aqueles livros como oficiais, aqueles que tinham sido escritos por um apóstolo ou companheiro de um apóstolo. Assim são os 27 livros. Eles são os únicos que carregam a marca da inspiração divina.

 

Vocês sabem, a Bíblia é um livro diferente de qualquer outro. Ela contém uma soma total de 66 livros de Gênesis a Apocalipse. É escrito por mais de 40 autores diferentes escrevendo em um período de cerca de 1500 anos, em três continentes diferentes e em 3 línguas diferentes, de posições e lugares vastamente diferentes. E conquanto a Bíblia abranja uma enorme gama de tópicos e temas, um tema principal, um fio escarlate permeia regularmente ao longo de todas as páginas da Bíblia: “Jesus está vindo. Jesus está aqui. Jesus voltará!”

 

Nós examinamos a Certeza da Escritura e a Fonte da Escritura. Finalmente:

 

III.  Considerem a Significância da Escritura…

 

O que devemos fazer com a Bíblia? O que devemos fazer com a Bíblia diante do fato de que ela tem sua origem no Próprio Deus e que Deus de forma sobrenatural guiou os homens a escrever o que Deus quis que nós lêssemos? Nós precisamos fazer três coisas:

. Aprendê-la!

 

Lê-la. Nenhum outro livro tem o poder de mudar sua vida como a Bíblia. Nenhum outro livro pode te guiar a Deus como a Bíblia. Nenhum outro livro pode trazer o perdão para seus pecados, ou curar seu sofrimento, ou restaurar seu casamento, ou te dar a paz como a Bíblia. Aprenda-a. A seguir:

. Ame-a!

Ame-a! É escrita por Deus. Nenhum outro livro na livraria foi escrito por Deus. A Bíblia não é endereçada: “A quem possa interessar.” É escrita para você. E a Bíblia é o único livro cujo autor está presente quando você o lê. A Bíblia é escrita para você. Aprenda-a! Ame-a.

.Viva-a!

Certifique-se de que a Bíblia é a base da sua vida – e viva-a.

 

Eu ouvi Dave Stone, pastor da Igreja Cristã Sudoeste em Louisville, contar sobre um cara que assistiu à construção de um edifício perto da casa dele. Ele assistiu todos os dias ou quase todos, durante o período que eles estavam construindo. Ele disse que primeiro eles colocaram uma grande plataforma de cimento. E alguns dias depois eles trouxeram uma enorme caixa prata e eles colocaram-na naquela plataforma. E o cara que assistia pensou: “Bem, ali deve ser onde eles guardam as ferramentas ou algo assim.” Mas ele reparou que durante as semanas seguintes eles começaram a colocar a armação ao redor daquela caixa prata. E então eles adicionaram o revestimento. E o cara pensou: “Isso parece estranho” e ele ficou curioso e foi até lá e perguntou a eles: “o que vocês estão construindo?” Eles disseram: “Estamos construindo um banco.” E a grande caixa prata que ele vira era a caixa-forte. Era a parte mais importante da construção. Por causa do seu tamanho, peso e importância, eles tinham que construir tudo ao redor dela porque mais tarde ela não passaria pela porta.

 

Então, Dave disse: “Quando você contrói um banco, você primeiro constrói aquilo que é mais importante para o banco, os valores. Daí, você constrói tudo ao redor daquilo. O que a caixa forte é para o banco, a Bíblia é para nossas vidas, a base para nossas amizades, nosso local de trabalho, nosso lar, nosso casamento, e nossa igreja. A Bíblia é a caixa-forte que é preenchida com riquezas insondáveis. Ela contém tesouros valiosos que abrem a porta para o perdão do pecado e uma vida abundante.”

. Fiquem de pé para oração.

 

Nota da tradutora: Este livro ainda não tem versão em português, a tradução seria Em defesa de Cristo.